Beauvoir nos disse que "O opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os próprios oprimidos" . A dialética Senhor e Escravo discutida pelo Hegel e que foi tão utilizada por outros pensadores já evidenciava a dinâmica dessa violência simbólica. O Senhor só é senhor porque é enxergado enquanto tal. Em casa relação de opressão o Senhor precisa de uma series de atributos que o coloque enquanto autoridade de algo para que seja visto enquanto Senhor. Mulheres desde a infância são socializadas para confiar demasiadamente no Outro pq aprendem que são frágeis demais para confrontar a realidade. Mulheres não eram vistas enquanto seres racionais porque eram muito sentimentais e, por isso, precisavam de alguém para pensar por elas. Nos habituamos a ser seres que sentem insegurança em pensar por conta própria. Fomos também socializadas para sermos sempre boazinhas e nunca desagradar. Mas a arte do questionamento é fundamentalmente a arte do desagradar. Como podemos questionar a realidade e tentar mudá-la se tememos causar desconforto no outro? Acreditamos que a nossa entrada na vida pública e o acesso à educação formal ( conquista recente, inclusive) nos garantiu a autonomia intelectual. Mas, infelizmente, não serão os livros que irão nos libertar se não formos capazes de confiar no nosso próprio potencial de questionar aquilo que se vê, que se lê e que sente. A confiança em si e na própria autonomia intelectual só é possível quando somos capazes de nos afirmar e confrontar a realidade. Para muito além da quantidade de coisas que lemos, comos somos capazes de mobilizar o conhecimento seja teórico ou prático para duvidar, questionar e se rebelar? Sem autonomia intelectual não há libertação, e não podemos questionar a realidade se não abrimos mão das nossas idealizações, seja do mundo ou seja a respeito do outro. Ei, mulher, não tema pensar por conta própria você é capaz de se cuidar de si sozinha

Nos  stories eu falei rapidamente sobre o desejo, o que desejamos e o como  eles nos movimentam. Fiquei muito afim de compartilhar com vocês essa  aula do curso " Educando afetos com Espinoza".

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O que desejamos e  como desejamos? Desejamos realmente ter saúde mental e inteligência  emocional? Se sim, o quanto você está disposta a lutar por isso, qual é o  valor disso pra você e quanto você pagaria para tal!?

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Milhares  de pessoas, diariamente são capazes de mover céus e terra na tentativa  de obter o amor do outro. Muitas vezes passam por cima de si em nome dos  próprios desejos. O desejo tem realmente esse poder de nos movimentar.  Mas por que não conseguimos fazer esse movimento com outras coisas que  achamos que desejamos? Será realmente que desejamos elas? Nessa aula  aqui eu falo sobre a natureza dos desejos.

O desejo não constitui  nada além de outra coisa que a essência do Ser Humano. Nós desejamos  aquilo que nos permite nos realizar em nós mesmos. Nesse sentido,  Espinoza define o desejo pelo termo de Conatus " o esforço de perseverar  no seu próprio Ser". O Desejo é o meio que permite o Ser humano de se  tornar aquilo que ele é. É através do desejo que nos expandimos e nos  realizamos existencialmente, mas, para isso, é preciso aprender a  escolher, conscientemente o que se deseja.

Seguindo esse raciocínio, responda as questões abaixo:

🔹  1 - Pense nas coisas ou eventos que você mais desejou. O que você  gostaria de se tornar graças a eles?? Visualize a pessoa que você seria  se você tivesse realizado esse desejo. Em seguida, visualize a pessoa  que você seria se você não tivesse necessidades das coisas que você  deseja.

🔹 2 - Qual é o papel da falta na constituição dos seus  desejos? Você deseja sistematicamente aquilo que te falta? Seria a  dificuldade ou a impossibilidade que reforçar seus desejos, ou ao  contrário, o sentimento de uma possibilidade, de uma abertura ou de uma  oportunidade? Pense numa pessoa que você ama muito, imagine que ela  esteja longe de você, a distância aumentou ou diminuiu seu desejo por  ela?

🔹 Para mais informações sobre o Curso Educando Nossos Afetos com Espinoza, acesse o link na bio ou nos destaques ❤️

Nessa live eu  trouxe uma perspectiva crítica a respeito da escolha das pautas  passadas na televisão. Bourdieu entende a televisão enquanto um campo de  poder, que busca o lucro através do Ibope e da audiência, que se  submete à uma lógica de mercado e que para isso mobiliza os afetos do  público para reter a atenção. A televisão possui um poder simbólico  determinante que é capaz de construir ou de interferir numa visão de  mundo, e, consequentemente, nas ações sociais que interferem diferente  na política e na manutenção de uma lógica dominante.

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O BBB não é  apenas um laboratório social e perverso, ele é um programa de  entretenimento produtor de visões de mundo por mobilizar os afetos  sociais e interfere decisivamente na manutenção de uma lógica de  mercado.

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Por fim, cheguei a conclusão que existem outras formas  melhores de se alienar sem contribuir para manutenção da lógica  dominante. Por exemplo, tomar cerveja ouvindo um pagodinho com os amigos

Live que contou com a participação maravilhosa da @mamatraca pra contextualizar e discutir a participação e o SILENCIAMENTO de  mulheres mães dentro da política e de partidos que se dizem  progressistas como o @psol50 todo meu apoio à @raquelmarquessp

Concluo  essa live dizendo : Não existe transformação social com o SILENCIAMENTO  de mulheres mães que defendem pautas voltadas pra criança e  adolescentes.

.petit_oiseauu

Esse podcast foi criado a partir de uma live no meu instagram, petit_oiseauu , no dia 10 de janeiro de 2021. 

Esse podcast é uma adaptação da live "Comportamento de massa e processo de individuação: Diálogo entre Simone Weil e Jung" no meu instagram @petit_oiseauu com a Psicológa Junguiana, Amanda Estima @estimativas.psi no dia 23 de janeiro de 2021. 

Episódio 2: Você sabe o que aprender? O conhecimento pra você é objeto de consumo ou de  libertação?

Episódio 1: O que são as três meditações?