Nesta semana natalina de um ano em que a vida foi artigo de luxo, nada mais coerente do que celebrar justamente ela: a vida. O natal! Mas não a festa cristã. Natal mesmo, o substantivo. Nascimento. E ninguém melhor para falar sobre vida numa hora dessas do que uma mãe em pleno puerpério. Mas não qualquer mãe. Esse episódio do VAsurfarGINA conta as experiências de uma mãe que pariu da forma mais natural possível, logo depois de um mergulho no mar, e que 15 dias depois já remava de volta para ele. Uma mãe que está longe de romantizar a maternidade, mas que também transmite tranquilidade ao invocar um poder da natureza que tem sido surrupiado conforme o mundo vai se tornando cada vez mais artificial, tecnológico e virtual.
Uma mãe surfista que não parece ter medo de transformações, mudanças e mutações físicas ou emocionais, e que ao mesmo tempo em que expressa na agitação corporal sua inquietude individual, transmite o domínio tranquilo de quem sabe que a vida, assim como o surf e o mar, não tem controle.
Neste episódio, Carol Bridi conversa com Marina Palacio, designer gráfico que começou a surfar meio por acaso aos 21 anos e foi, aos poucos, criando coragem para deixar a intensa vida profissional de freelancer na maior cidade do Brasil para viver em uma praia tranquila, onde intensificou sua relação com o surf, fez amigos e formou família. Hoje, aos 36 anos, é mãe de dois filhos e não consegue ficar longe do mar. Tem o João, de dois anos, e ganhou a Maria Luiza no último dia 23 de novembro. Quinze dias depois do parto, voltou a surfar.
Essa conversa é o presente de Natal que deixamos aqui para vocês porque presente que é bom mesmo tem que ser dividido. Então, dá o play e, se curtir, compartilha com o mundo, que esse ano, especialmente esse ano, precisamos de mais vida do que nunca. E aqui, na voz da Marina, está a vida crua, real e, por isso mesmo, de uma beleza sem igual.