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Britney, LGBTQ, Neutralidade, Direitos Humanos, portas fechadas, mas todos juntos em Sevilha?

Confesso que nem sei por onde começar, tal o tamanho do disparate. No caso Britney nunca quis acreditar, mas as evidências são tão fortes e os media tão credíveis que começa a parecer impossível ser uma invenção para vender discos, da mesma forma que o que aconteceu recentemente na Hungria só pode ser uma brincadeira de muito mau gosto, associada à resposta que se pensava ser politicamente correcta - da neutralidade - e que se transformou num enorme constrangimento político, sem esquecer, claro está, mais uma medida avulsa que faz primeiras páginas, nos ocupa a atenção e produz comentários, de um Governo que deixa os filhos em casa e vai a Sevilha com os seus enteados.

Eu tenho tentado ignorar as notícias, mas é impossível ignorar a dimensão do absurdo em que a nossa vida se transformou. Dizem-me que tenho de me manter informada e estar a par do que se passa, mas o disparate assume uma proporção que se torna difícil assimilar. Infelizmente, também ignorar.

O que fazer?

Há várias opções, uma das quais é tentarmos continuar com a nossa vida, escapando entre os pingos da chuva, como se não fosse nada connosco. Por acaso até é, porque inevitavelmente o que está na ventoinha acaba por vir cá parar. E não vai cheirar bem.

A outra opção é estarmos muito atentos, numa tentativa um pouco inglória, na verdade, para anteciparmos o que aí vem e vivermos a nossa vidinha sem grandes dramas. Azar, o drama é colectivo e não há como lhe escapar.

Finalmente, fugir. O problema é: para onde, uma vez que tudo isto - a doença, a desigualdade, a injustiça, a corrupção e a falta de noção espalharam-se pelo Mundo e não há para onde ir.

Vejamos: se uma mulher - não é uma, são muitas, mas esta é a protagonista - perde o controlo sobre o seu corpo, a sua vida e os seus bens porque um dia se foi abaixo e 13 anos depois continua a ser tratada como louca, o que poderá acontecer a cada uma de nós no futuro? Se um país recua, numa espécie de inversão de marcha, em relação a direitos que foram sendo adquiridos, introduzindo a proibição e assumindo a discriminação da identidade e expressão de género e se outro lava as mãos como Pilates porque isso é lá com eles, o que pode, também aqui, acontecer à expressão da orientação sexual e à representação identitária de uma comunidade que foi sempre enfiada no armário, sem convite para de lá sair? Estaremos num retrocesso colectivo, como se tivéssemos novamente 13 anos, e estivéssemos na idade do armário? De que falamos, quando falamos de direitos e de que direitos falamos quando apenas uma pequena percentagem da população vota, elegendo, tropegamente quem se senta no poder? É outro fenómeno sobre o qual não se fala, provavelmente porque estamos ou a ignorar, a tentar escapar ou assumidamente a fugir, e que nos abre boca de espanto sobre os que, vacinados e chipados, devidamente certificados, se desloquem a Sevilha para apoiar a selecção. A sério?

Enfim.

Fiquemos a ouvir o podcast mais instagramável de sempre que já vai para o 5º episódio e que fala de coisas sobre as quais (também) vale a pena pensar:

Podemos ser um fenómeno instagramável? - ou isto de ser famoso no instagram.

Viver sem redes sociais. Será possível? - dicas para gerir a nossa presença social.

O que são e como são as redes sociais - o fenómeno da construção em rede.

Perfeição, aceitação - sobre auto-estima, confiança, amor próprio.

Próximo: tudo se paga, até o sucesso… Subscreve e recebe em primeira mão!

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Depois de ouvirem todos os episódios, peguem em cinco peças de roupa que já não adorem, que já não sirvam ou que tenham sido erro de casting e dirijam-se ao evento de trocas mais cool que conheço: Chama-se Mind The Switch, acontece, com todas as precauções e segurança, no domingo, em Caxias e é um must para quem quer roupa nova, mas sente aquela culpa em comprar.

Espreitem aqui, diverti-me bastante a preparar este reels para o instagram!

Na Sábado, falei do tempo. Sim, do tempo.

💋💋💋

até para a semana!



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radioAmorBy Paula Cordeiro