Quem põe a mão no arado [Lc 9.57-62]

Introdução

2025 - O Ano do Serviço - seria o Ano do Voluntariado?

Estamos no Ano do Serviço, como tema central que vai nortear o planejamento, a estratégia, as decisões, eventos que a Igreja vai investir seus esforços e recursos em 2025;

Em paralelo (coincidentemente) iniciamos o ano sem o Pr Presidente (por tempo integral), o que chama a Igreja a uma postura de maior disponibilidade, engajamento, com o propósito de suprir esta ausência no dia a dia da Igreja;

Temos ouvido certos comentários, inquietações, de modo geral, sobre a importância e a necessidade de maior “voluntariado” por parte dos membros da Igreja no desenvolvimento de suas atividades, que são muitas e diversas...

O irmão basicamente comentou que muitas pessoas e Igrejas hoje falam do “voluntariado” como algo importante, rico, necessário, benéfico, etc, sem o qual a Igreja parece não funcionar, não cumprir sua missão,

_mas que relação realmente haveria entre este conceito de voluntariado moderno e o que o NT supostamente falaria sobre o tema?

Falamos de manhã da riquíssima ilustração de Paulo falando da Noiva de Cristo, a Igreja do Senhor, com um corpo (humano) composto de inúmeros membros, cada qual com sua função específica e altamente necessária para o bom funcionamento deste corpo traz uma beleza e uma clareza muito grande ao tema - 1 Corinthians 12:12–20

na conhecida Grande Comissão de Matthew 28:18–20 “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”,

tradução minha: “… indo [a todas as nações da terra sobre as quais eu tenho toda autoridade] (gerúndio), portanto, façam discípulos [de todas as nações para onde vão -> ordem central], [como?] batizando e ensinando...

A ordem central de Jesus era de: “Fazer discípulos”, que é a tradução de um único verbo do original grego: μαθητεύω fazer, produzir um discípulo, fazer com que alguém se torne um discípulo, se tornar um seguidor (não no sentido atual das redes sociais)se tornar um aluno (de um mestre específico) instruir alguém, ensinar alguém, tornar alguém um imitador de um determinado mestre não fazemos ideia da conexão profunda de obediência existente entre mestre e aluno naquele tempo então, de um ponto de vista do NT, o que seria: _ser um discípulo de Cristo, afinal de contas???

Isaías, um homem na contramão de seu tempo

Texto Biblico Base [Isaías 6.1-4]

Isaiah 6:1–4 [ARA] “No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono,e as abas de suas vestes enchiam o templo.

Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.”

Introdução: Profetas do AT - Peregrinos e Forasteiros

Um homem na contramão de seu tempo

1. Já se sentiu um verdadeiro estranho, quase um extraterrestre em um mundo em que você não se encaixa?

2. Já teve a sensação de que não consegue mais falar a mesma língua das pessoas do mundo em que você vive?

3. Às vezes a gente se sente assim, o que gera certo desconforto, certa estranheza com as pessoas com quem a gente convive na família, na vizinhança, no trabalho, na escola, até mesmo na “igreja”!

4. De certa forma, é assim mesmo que deveria ser, não deveríamos nos sentir em casa, à vontade, a partir do momento que somos estrangeiros, peregrinos em um mundo que é inimigo do nosso Deus.

a. Como bem disse Pedro em sua carta: 1 Peter 2:11 [ARA] “Amados, exorto-vos, como peregrinose forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma,”

b. Jesus, em sua oração sacerdotal disse ao Pai: John 17:15–16 [ARA] “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou.”

5. O grande desafio do ministério profético que vemos nas Escrituras sempre foi “o andar na contramão do modo de vida reinante”.

6. os profetas eram guardiões da Lei, atalaias, vigilantes, servos de Deus que tinham uma visão de mundo diferente

7. Isaías não seria uma exceção, pelo contrário, pois o profeta mais messiânico do AT pagaria um preço alto pela relevância do seu ministério;

Tudo é uma questão de ponto de vista! Será?

1. O que pontos de vista muito divergentes acerca do mesmo tema podem demonstrar?

a. Do ponto de vista humano, a pluralidade ou complementaridade de ideias, se considerada de forma adequada, trará crescimento, evolução de determinado conhecimento, melhoria de processos, solução de problemas, etc. E isso é um fato.

b. Mas, quando se trata de parear a nossa visão de mundo com a de Deus, a história muda de figura:

i. Citações de: Oswald Chambers (Baptist Evangelist Lecturer and Missionary); a. DRAPER, Edythe, Livro de Citações do Mundo Cristão, 2009

ii. A visão natural e a visão bíblica do homem são diferentes:

iii. o ponto de vista natural é que o homem é um grande ser em formação, suas realizações são uma promessa maravilhosa do que ele será;

iv. o ponto de vista bíblico é que o homem é uma ruína magnífica do que Deus o projetou para ser.

v. e a segunda citação de Oswald Chambers vi. Escuridão é o meu ponto de vista, meu direito para mim mesmo, a Luz é o ponto de vista de Deus.

2. O que a Bíblia nos ensina acerca de pontos de vistas conflitantes (entre Deus e homens)?

a. Isaiah 55:8–9“Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.”

b. um dos resultados nefastos da queda foi um profundo comprometimento da bússola de valores da humanidade em relação à vida

c. há uma narrativa interessante nos evangelhos onde pontos de vista humanos são constratados com aquilo que Cristo tem em mente. Esta história encontra-se em Lucas 7, com seu relato paralelo em Mateus 8, que nos conta acerca da cura de servo, um escravo que pertencia a um oficial romano.

Desde o final dos anos 60 com a criação de uma rede de comunicação entre computadores de aplicação militar e o Pentágono, à criação da Arpanet que permitiu a conexão remota entre computadores de Universidades, à criação do e-mail e protocolos de comunicação nos anos 70, culminando com o surgimento do WWW nos anos 90, o que permitiu a comunicação global entre computadores conectados e finalmente o invento e popularização dos smartfones, que permitiu levar a internet para dentro dos bolsos de cada indivíduo, a Internet se tornou, sem dúvida, um dos fenômenos tecnológicos mais marcantes e influentes do mundo moderno.

Com a democratização da internet por meio dos celulares, um fenômeno ainda mais recente foi o surgimento dos “influenciadores digitais”, pessoas que compartilham qualquer coisa de suas vidas, 24 horas por dia, moldam o pensamento das massas em geral, muito mais do que a TV.

Essas pessoas se tornam “modelos”, e isso abre muitas portas, algumas boas, outras...

Todas as luzes apagadas, Então todos acendem suas lanterninhas no verso 3

No princípio Deus criou os céus e a terra

Gn 1.1-5 (1) No princípio criou Deus os céus e a terra. (2) A terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo, mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas. (3) Disse Deus: haja luz. E houve luz. (4) Viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas. (5) E Deus chamou à luz dia, e às trevas noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.

Afinal, o que é a escuridão? O que podemos dizer sobre o que são as trevas?

Basicamente, veremos que a escuridão trata-se “apenas” da ausência da luz

Gn 1.1-5 (1) No princípio criou Deus os céus e a terra. (2) A terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo, mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas.

[Heb: tehom] águas profundas; oceano; lençol freático; águas; inundação de águas.

Palavra ocorre 36 vezes, quase sempre poéticas, em todos os períodos históricos.

Significa: “águas profundas” cuja superfície congela quando fria: “As águas estão escondidas como uma pedra, e a face do abismo está congelada” (Jó 38:30).

No Sl. 135:6 tehom é usado para o “oceano” em contraste com os mares: “Tudo o que o Senhor quis, ele fez no céu e na terra, nos mares e em todos os lugares profundos [em todo o oceano]” (cf. Sl. 148:7 et al.).

1Pe 1:1-5 Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos que são forasteiros da Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, (2) eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas.

(3) Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, (4) para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros (5) que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo.

Certo sábado, Jesus passando pelas searas (plantações), seus discípulos tiveram fome, colheram algumas espigas e foram criticados por fariseus.

_Teus discípulos fazem o que não é lícito fazer no sábado (Mt 12.2), ou seja...

1. Jesus cita Davi comendo os pães da proposição quando fugia de Saul (1 Sm 21);

2. Também cita que os sacerdotes “violavam” o sábado nas atividades do Templo;

3. Então Jesus declara que ele era maior do que o Templo (mais importante, relevante);

4. E declara novamente: ...se soubésseis o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos (citando Os 6.6), não teríeis condenado inocentes (seus discípulos)...

_Porque o Filho do Homem é Senhor do sábado;–Considerando a intolerância daqueles homens, como será que receberam tal declaração?

A narrativa contrasta o amor profundo de uma mulher que a leva a fazer uma exatravagante oferta de unção com a usura e a cobiça do traidor do Filho do Homem por causa de dinheiro.

Mark 14.1-11 Dali a dois dias, era a Páscoa e a Festa dos Pães Asmos; e os principais sacerdotes e os escribas procuravam como o prenderiam, à traição, e o matariam. 2 Pois diziam: Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo 3 Estando ele em Betânia, reclinado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher trazendo um vaso de alabastro com preciosíssimo perfume de nardo puro; e, quebrando o alabastro, derramou o bálsamo sobre a cabeça de Jesus. 4 Indignaram-se alguns entre si e diziam: Para que este desperdício de bálsamo? 5 Porque este perfume poderia ser vendido por mais de trezentos denários e dar-se aos pobres. E murmuravam contra ela. 6 Mas Jesus disse: Deixai-a; por que a molestais? Ela praticou boa ação para comigo. 7 Porque os pobres, sempre os tendes convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem, mas a mim nem sempre me tendes. 8 Ela fez o que pôde: antecipou-se a ungir-me para a sepultura. 9 Em verdade vos digo: onde for pregado em todo o mundo o evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua. 10 E Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os principais sacerdotes, para lhes entregar Jesus. 11 Eles, ouvindo-o, alegraram-se e lhe prometeram dinheiro; nesse meio tempo, buscava ele uma boa ocasião para o entregar.

Em resposta ao comportamento preconceituoso, separatista de Pedro, Barnabé e outros cristãos judeus que estavam na Igreja gentia de Antioquia, Paulo responde: 14 Quando, porém, vi que não procediam corretamente segundo a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: se, sendo tu judeu, vives como gentio e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus? 15 Nós, judeus por natureza e não pecadores dentre os gentios, 16 sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado.

19.1 Concluindo Jesus seu ministério na Galileia, Jesus foi para o território da Judeia, além do Jordão, multidões o seguiam, ele curava a todos, enquanto o fim chegava...

Mt 19.16 E eis que alguém, aproximando-se, lhe perguntou: Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna? 17 Respondeu-lhe Jesus: Por que me perguntas acerca do que é bom? Bom só existe um. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos.18 E ele lhe perguntou: Quais? Respondeu Jesus: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho; 19 honra a teu pai e a tua mãe e amarás o teu próximo como a ti mesmo. 20 Replicou-lhe o jovem: Tudo isso tenho observado; que me falta ainda?