Por isso, se lhe ofereceram uma chávena ou um poster com aquela famosa frase de Confúcio que diz «Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida», trate de partir a chávena em mil pedaços e rasgar o poster, pois Confúcio de certeza que não trabalhou como freelancer!

Um episódio bom, barato e rápido

Se for como eu, tudo fará para evitar encontros pessoais com o cliente. Ou mesmo por Skype. Para quem é tímido é de facto um enorme desconforto este tipo de situações.

Mas mesmo sentindo enorme desconforto neste tipo de encontros, considero muito importante que eles aconteçam, até porque, há sinais que só conseguimos ler nas outras pessoas quando as olhamos olhos-nos-olhos.

No episódio passado falei sobre o que é um briefing e o seu objectivo. Apresentei um breve modelo de briefing que tal como expliquei, não é um modelo fechado ou final.

Quero hoje continuar a explorar este tema de briefing, pois há uma ideia errada de que esse documento deve apresentar além do problema, a solução. Isto é, o cliente aborda o freelancer e diz-lhe: quero que faça isto e aquilo, deste modo e daquele.

Não há um modelo de briefing perfeito. Cada um tem o seu. Procure no Google por modelos de briefing e receberá cerca de 630 000 resultados! Nem é o meu propósito dizer aqui qual o modelo perfeito à prova de qualquer arma para criar um briefing de um projecto.Este documento servirá para informar todos os intervenientes – cliente e freelancer – sobre o propósito daquele trabalho: qual o problema a ser resolvido, os objectivos a alcançar e outros aspectos a ter em conta – por exemplo, orçamento, tecnologia ou impedimentos legais.

De certeza que já teve aquele tipo de cliente de que gosta de tudo o que lhe mostra… pelo menos enquanto está consigo na mesma sala. Depois vem com aquela conversa que tem de pensar um pouco ou até pedir umas autorizações e mostrar aos seus superiores hierárquicos… No dia seguinte, por email ou telefone, a mensagem é totalmente diferente, diz o cliente que pensou melhor e que afinal já não está satisfeito com a proposta mostrada no dia anterior. E percebemos que esse é o padrão: quando estamos juntos pessoalmente, o trabalho é sempre bom e está muito satisfeito; no dia seguinte envia uma lista sem fim de alterações, porque afinal esteve a pensar melhor.Para o freelancer é fundamental que o cliente lhe diga a verdade.

Lancei o desafio aos membros de vários grupos de freelancers no Facebook para enviarem as suas dúvidas sobre trabalhar por conta-próprio. Obrigado a todos os que participaram. Vamos escutar mais algumas?

Lancei o desafio aos membros de vários grupos de freelancers no Facebook para enviarem as suas dúvidas sobre trabalhar por conta-própria.

É verdade que o freelancer precisa de clientes. Afinal são eles que pagam o salário! Mas não é só uma questão de utilidade, a maior parte dos freelancers gostam dos seus clientes, ou melhor, gostam de ter clientes! E quando isso acontece, o resultado do trabalho é seguramente admirável. Os projectos devem a ser muito mais do que o simples concretizar algo: devem a ser uma experiência admirável entre cliente e freelancer.

Eu pensei em desistir de trabalhar como freelancer. Num determinado momento da minha vida comecei a questionar-me se faria sentido continuar a trabalhar como freelancer. Desistir não é vergonha nenhuma, mas antes de o fazer, avalie se o faz pelas razões certas. Se considerar que é capaz de concertar o que está errado no seu negócio, força, vá aprender, estude, mude!