Os poderes paralelos sempre foram um grande problema em nosso país, incluindo a cidade do Rio de Janeiro, que é considerada um dos berços da criminalidade. Atualmente, mesmo com a pandemia, os crimes não param de acontecer, e isso, já virou uma grande rotina para a sociedade. Um grande exemplo de violência covarde foi a morte da jovem Kathlen Romeu, de 24 anos, grávida de quatro meses, morta com um tiro de fuzil no peito na Favela do Lins, zona norte do Rio, no último dia oito de junho. E não para por aí; como se não bastasse, essa guerra interminável entre polícia, milícia e traficantes, em diferentes pontos da cidade, não param de acontecer. Segundo o levantamento de dados, do laboratório Fogo Cruzado, durante o mês de janeiro de 2021, a cidade registrou um crescimento de 224 tiroteios, sendo o maior em todo o Estado.
Na minha opinião, as políticas públicas fracassaram em não adotarem medidas simples que pudessem reduzir o aumento da criminalidade, deixando assim de lado a educação, a saúde e o entretenimento das pessoas, em especial, os jovens e adolescentes que residem nas comunidades cariocas. Outro exemplo, foram as unidades de polícia pacificadoras (UPP), que trouxeram uma grande segurança ilusória. A corrupção entranhada nas cúpulas das esferas públicas, também ajudam a agravar a situação e o sentimento de impunidade.
O crime organizado tem crescido assombrosamente e as guerras não param. Um dos criminosos mais procurados do Estado foi executado, no último dia 12/06. Wellington da Silva Braga, o Ecko, como era conhecido, foi mais um grande exemplo de como isso não tem fim. O mesmo se foi, contudo, a guerra continua acirrada pelos territórios demarcados pelo grupo paramilitar, denominado de milícia. Outras dificuldades ainda assolam a cidade como: construções irregulares, bocas de fumo, lavagem de dinheiro, pacientes morrendo sem leitos. Os crimes dentro desse sistema sem medidas têm nos afetado a cada dia e, independentemente do viés político, estamos presos nele, completamente perdidos. Vivenciamos o caos sem precedentes e sem uma luz no fim do túnel, todavia, a sociedade carioca, independentemente de crença, sobrevive como pode!
Texto: André Felix