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By Agitcast
The podcast currently has 17 episodes available.
O Regulador Janaina é uma iniciativa da indústria farmacêutica feminista, desenvolvida pelas alquimistas Mayara Nardo e Janaina Carrer, para tratar os machismos cotidianos e o machismo estrutural, alertando para o perigo do negacionismo e das associações entre esse vírus e o do capitalismo, que provoca milhares de mortes todos os anos no mundo inteiro. O episódio acontece em dois tempos: o primeiro, com as alquimistas, o segundo, com as artistas e idealizadoras do projeto-denúncia.
Alguns trechos do dossiê do projeto evidenciam a caminhada artística da dupla de feministas: "Inspirada em alguns temas apresentados por Valerie Solanas em seu manifesto, apontando o machismo como um tipo de “doença”, a artista Mayara Nardo, de maneira satírica, decidiu que seria importante o desenvolvimento de um fármaco específico que atue no combate desta “síndrome do homem irritável” ou “síndrome fálica”, conhecida popularmente como machismo. [...] O projeto tem por referência um medicamento natural criado no Brasil em meados dos anos 40 chamado “Regulador Xavier”, desenvolvido para o tratamento de duas supostas doenças uterinas regulando a menstruação, assim o medicamento possuía duas fórmulas e cujo slogan era “O Remédio de Confiança das Senhoras”. Seu nome, Regulador Xavier, rende homenagem a seu criador, o farmacêutico João Gomes Xavier. Seguindo suas diretrizes, em nossa versão, é a mulher a reguladora da enfermidade masculina, por isso seu nome “Regulador Janaina” - e o slogan igualmente se transformou em “O Remédio de Confiança dos Senhores”.
"[...] A colaboração entre a artista visual Mayara Nardo e a artista performer Janaina Carrer, surge durante uma estância na Espanha, entre o ano de 2019 e 2020, onde Mayara cursava mestrado e Janaina doutorado na Universidad de Castilla-La Mancha. Após algumas experiências cotidianas vividas conjuntamente por ambas as artistas, em situações e comentários machistas respondidos de forma irônica e cortante por Janaina Carrer, Mayara Nardo decidiu nomear seu “produto” com o nome de Janaina. Este gesto marcou o nascimento da colaboração entre as duas artistas que passaram a desenvolver juntas, a proposta artística em distintos suportes, desde sua visualidade, textos para a bula, performances “promocionais”, vídeos “publicitários” para o produto fictício e vinhetas para a rádio."
Deleite-se com este episódio, que também conta com trechos extraídos do quadrinho A origem do mundo - uma história cultural da vagina ou a vulva vs. o patriarcado, da autora e cientista política sueca Liv Strömquist.
O casamento entre o capitalismo e a extrema-direita só é lucrativo para quem está envolvido. Para quem não detém os modos de produção, para quem não dissemina o ódio e promove genocídio e para quem não está explorando a classe trabalhadora, esse casamento traz mais precarização, empobrecimento e piora das condições de vida da imensa maioria das pessoas. Neste episódio, falamos sobre como o apoio do pequeno e grande capital foram (e são) condicionantes para o estabelecimento e manutenção dos regimes de estado de exceção.
Rosa Luxemburgo foi uma mulher judia polonesa que lutou, até seu último respiro, pelo socialismo. Sua atuação política e seu legado teórico são tratados neste primeiro episódio de Mulheres que Lutam, série do Agitcast para conhecermos um pouco mais sobre vida e obra de mulheres que são referência para a nossa militância.
Viver para trabalhar. Viver para manter a vida de quem trabalha. Trabalhar para produzir lucro. Já pensou nesse ciclo de vida (ou de morte)? No episódio do mês de março, convidamos a pesquisadora Maíra Mee Silva para falar sobre esse tema que tem pautado os debates mais pulsantes do feminismo marxista: a teoria da reprodução social (TRS). Reprodução social são todos os trabalhos que ficam invisíveis, mas que são necessários para a manutenção da vida da classe trabalhadora, como os cuidados com as crianças, com a casa e com a população idosa ou com comorbidades. São trabalhos realizados gratuitamente, em quase sua totalidade, por mulheres, e que são apropriados pelo capitalismo que precisa que essas atividades sejam gratuitas para manter seu lucro e, portanto, precisa que dessa classe trabalhadora minimamente saudável para continuar trabalhando. Sair dessa lógica no sistema capitalista é impossível. A saída é sempre pela esquerda! Bora ouvir como.
A cozinheira e cientista social Naomi Mayer, autora de Fome de Entender (Instagram e Medium), compartilha suas reflexões políticas neste que é o primeiro episódio dedicado à íntima relação entre comida e capitalismo. Nele, falamos sobre como a fome volta às estatísticas brasileiras, situando a comida num contexto neoliberal, dominado pelo agronegócio e industriais ruralistas. Sobre como os movimentos sociais do campo se caracterizam como atores importantíssimos na luta pelo acesso democrático à terra e por nossa soberania alimentar. Sobre como, afinal, a história pode ser contada pelos hábitos alimentares, servindo para construirmos um repertório de consciência crítica sobre o que comemos ou deixamos de comer.
Para o primeiro Agitcast do ano de 2021, nos colocamos o importante (e árduo) exercício de análise de conjuntura brasileira. Convidamos a atriz e militante da cultura Fernanda Azevedo para falarmos sobre a necessidade de denúncia permanente do neoliberalismo e sua política de morte. Para tanto, passamos em revista o início da pandemia da covid-19, as manifestações populares puxadas pelas torcidas organizadas, pelo movimento de negritude e da greve dos entregadores, falamos sobre os aspectos relacionados às eleições municipais de 2020 e o caótico cenário pandêmico que se estabeleceu em meio ao cabo de guerra Bolsonaro x Doria, um projeto político genocida que está sendo implementado diante de nossos olhos. Mas, sempre, falamos também de esperança e, em meio a isso, a possibilidade de impedimento do presidente. Será?
O último episódio do ano de 2020 faz um pequeno giro pela América Latina, apresentando um panorama dos últimos acontecimentos políticos na Venezuela, na Argentina e no Chile para que as lutas de nossos vizinhos inspirem as mobilizações aqui no Brasil por uma vida mais digna, por direitos às mulheres, por uma Constituição com paridade e representatividade, na esperança de apagar os resquícios das violentas ditaduras que marcaram nosso continente e do projeto neoliberal que se aprofunda a cada dia. Para somar a essa luta, convidamos a historiadora e militante feminista Sabrina Aquino, que comenta esses acontecimentos em perspectiva histórica diretamente de Valparaíso, no Chile.
Recomendações neste episódio:
A jornalista Helena Martins, integrante do Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social e docente da Universidade Federal do Ceará, é a nossa convidada para o bate-papo sobre os processos antidemocráticos, as manipulações e os propósitos das mídias, barreiras gigantes para parte da esquerda que se propõe a ocupar os meios de comunicação com o objetivo de dissolver a hegemonia difundida por eles e burlar as estratégias de manipulação dessas grandes corporações.
Quando o foco é o lucro, as questões pedagógicas ficam em segundo plano. Para uma educação pública de qualidade, não é possível aceitar interferência de grupos privados, menos ainda aceitar que o ensino público nunca vai mudar. Ele DEVE mudar e é nosso dever lutar por essa mudança. Nesse episódio de Agitcast, apontamos os problemas da mercantilização da educação no Brasil e algumas alternativas a essa cooptação pelo capital. Dedicamos esta edição a Paulo Freire, nosso querido e amado mestre que tanto nos deixou de legado para uma outra educação possível e que, em setembro de 2020, completaria 99 anos. Paulo Freire presente!
Recebemos novamente Carla Benitez Martins, professora da Universidade Federal de Jataí no curso de Direito e secretária nacional do Instituto de Pesquisa, Direitos e Movimentos Sociais. Dessa vez, conversamos sobre a diferença de feminismo antipunitivista e feminismo carcerário e sobre como a mulher se relaciona com o sistema penal, que é androcêntrico: foi criado por e para homens e reproduz a violência patriarcal sobre essas mulheres.
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