Nesta emissão da sua análise semanal em podcast, Ana Gomes comenta o embate entre as candidaturas de José Luís Carneiro e Pedro Nuno Santos. Sobre as eleições internas do Partido Socialista, a diplomata aproveita para relembrar os elogios que sempre fez ao entendimento parlamentar à esquerda, por oposição à maioria absoluta conquistada por António Costa. A 03 de dezembro na SIC Notícias, Ana Gomes avalia ainda as promessas de Luís Montenegro aos reformados, a subida da pobreza e das desigualdades no país, e o Orçamento do Estado para 2024 que foi esta passada semana aprovado.

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Ana Gomes considera que a atitude da Procuradora-Geral da República, que diz "não ser responsável por coisa nenhuma" no que toca à queda do Governo, é "demonstrativa de uma completa inaptidão para aquele lugar, que é um lugar que exige, desde já, capacidade de comunicação". A comentadora não consegue perceber porque é que a PJ não foi envolvida na investigação e diz que é claro que "há responsabilidade judicial" e acrescenta que "há um problema de descrédito institucional do Ministério Público", ainda que tema não ser agora o momento certo para intervir.

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A análise de Ana Gomes aos detalhes judiciais da crise que está a mudar o rumo da política portuguesa e à relação entre Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa. A comentadora fala de conspiração para derrubar o anterior Governo que, segundo a mesma, virá de dentro e de fora do Partido Socialista, de toda a esquerda e direita relacionadas com “a ala da promiscuidade com os negócios”. Lamenta a ação do Ministério Público e, perante a questão referente à necessidade de escrutínio da justiça, não hesita em responder: “Acabar com uma roda livre funcional do Ministério Público é essencial. Não é acabar com a autonomia ou independência, é ter que prestar contas”. Ouça o comentário em podcast. Este programa foi emitido na SIC Notícias a 19 de novembro.

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Uma semana inesperada feita de vários casos em análise por Ana Gomes. A comentadora acredita que manter António Costa como primeiro-ministro após a aprovação do Orçamento do Estado não é uma situação sustentável:‌ “O que fazia sentido era, aprovado o Orçamento do Estado, passar o cargo para a número dois do governo“ até às eleições. Ana Gomes não elogia o comportamento do Ministério Público neste caso mas deixa um alerta: “A política nunca pode ignorar a justiça”, mesmo que fique no ar a dúvida se o processo em curso não cairá por erros judiciais. O comentário de Ana Gomes foi exibido na SIC Notícias a 12 de novembro.

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Os Estados Unidos e União Europeia estão a ser incoerentes quanto aos conflitos na Ucrânia e em Gaza, considera Ana Gomes. Se por um lado mostraram reticência em "ajudar a Ucrânia no seu direito à legítima defesa", por outro, permitem que, em Israel, "esse direito se sobreponha a tudo". A comentadora diz no seu espaço de comentário que, "aos olhos da comunidade internacional, ficamos com um tremendo problema de credibilidade e de autoridade" e releva que "já há mais mortos em Gaza em 4 semanas do que em 20 meses de guerra na Ucrânia". Oiça o podcast

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Ana Gomes analisou o discurso de António Guterres garantindo que o Secretário-geral das Nacões Unidas "fez o que devia", mas também o falhanço da maioria absoluta no SNS e a proposta de Orçamento de Estado, um documento "cheio de boas intenções", mas com uma almofada ao estilo de "Salazar"  de dois mil milhões de euros, quando o país "precisa desesperadamente" de investimento.

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A resposta ao massacre do Hamas por parte de Israel “está a ser desproporcional”, nas palavras de Ana Gomes. Apesar do direito a defender-se, “o Direito Internacional não está a ser respeitado”, acrescenta. Ao décimo sexto dia de guerra no Médio Oriente, a desgraça humanitária está mais presente que nunca. A igreja ortodoxa e até mesmo o Papa já vieram pronunciar-se sobre esta situação que está longe de ter fim à vista. Um terço das vítimas civis deste conflito são crianças.             

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“O conflito começou há 75 anos e tem na base um problema de direito à autodeterminação de um povo que se sente espoliado dos seus direitos mais básicos”, explica Ana Gomes. No seu habitual espaço na SIC Notícias, a comentadora fala sobre os extremistas de Israel que não querem um Estado da Palestina e sublinha a "prisão a céu aberto que é a Faixa de Gaza", dizendo que os EUA e a Europa foram coniventes com o abandono da causa palestiniana. Segundo a Ana Gomes, é muito possível que exista uma articulação entre Putin e o Irão no atual conflito entre Israel e o Hamas. "Isto arrasou o sentimento de invulnerabilidade dos israelitas e vai causar divisões internas sérias, é um choque brutal de humilhação e de insegurança", diz. Oiça aqui o comentário emitido na SIC Notícias na noite de 15 de outubro.

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Este sábado, Israel foi alvo de vários ataques por parte do movimento palestiniano de teor terrorista, o Hamas. O número de mortos continua a crescer, são já centenas, o ministro Benjamin Netanyahu avisa “estamos em guerra”. Ana Gomes olha para o conflito com prudência, recorda anteriores ataques ao território palestiniano e lamenta aquilo que este povo tem vivido: “Não me admira que as pessoas sejam instrumentalizadas por organizações terroristas”. Face a este novo cenário, teme que Netanyahu, apesar de dizer que vai salvar os reféns, tenha “uma vontade de vingança maior” e que se vá assistir a “um banho de sangue”. Aponta a Rússia como principal beneficiária dos acontecimentos e prevê a subida dos preços do petróleo. Há ainda tempo para comentar o Orçamento de Estado deste ano: “não se traduz num orçamento que mude o que precisa de ser mudado”. Para ouvir em podcast, a opinião da comentadora Ana Gomes, programa emitido a 8 de outubro na SIC Notícias. 

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No rescaldo das intensas manifestações de sábado contra a crise na habitação, Ana Gomes mostra-se solidária e alerta para uma crise sem precedentes: Os despejos aumentaram 20%, há estudantes a deixar de estudar pois não têm ou podem pagar quarto num país onde a habitação social é só de 2%. A privatização da TAP foi outro dos temas em análise neste comentário exibido na SIC Notícias a 1 de outubro.

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