O tema deste podcast decorreu de reflexão coletiva realizada em uma reunião do NEAB – Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UEL, coordenado pela Profa. Maria Nilza da Silva, sobre o 13 de Maio. Então decidimos por organizar eventos e atividades que pudessem desconstruir o significado desta data trazendo reflexões para esfera da resistência e da luta. Assim, a equipe do Projeto Aquilombando a Universidade convidou para este desafio o professor Samuel Vida da UFBA, coordenador do Programa Direito e Relações Raciais, protagonista histórico do Movimento Negro da Bahia e do Brasil. A conversa foi conduzida pela Profa. Andréa Pires Rocha e o estudante Otávio Zucoli Zanardi. O conteúdo é imperdível, pois além de problematizar a questão do 13 de Maio, o professor Samuel traz elementos muito importantes para pensarmos o Direito a partir da crítica à sua natureza racista e burguesa, defendendo a máxima de que “o direito não deve ficar nas mãos dos especialistas: advogados, promotores e juízes”. Além disso, a história de vida do professor dialoga com os desafios enfrentados por todas as pessoas que ocuparam um modelo de universidade que não foi feito para elas. Mostra o quanto ocupar esses espaços é essencial e gera processos imensamente importantes. A partir das resistências singulares e coletivas, Samuel Vida nos estimula a pensar caminhos, reconduzir olhares e tecer redes que podem se espelhar em sociabilidades ancestrais que deram certo, porém sempre foram inviabilizadas... A trilha sonora é sensacional! Por aqui temos, Batuque, do Itamar Assunção, interpretação dele; O morro não tem vez, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, interpretado pelo fenomenal Jards Macalé; Zumbi, do Gil; FM Rebeldia, do Alceu Valença, na linda interpretação de Ney Matogrosso. Por um motivo de reflexões, tem um pequeno trecho do Hino à República. Não percam, são 180 minutos que valem a pena!