Tito, Tito,

já te tenho dito,

que não é bonito,

andares-me a enganar…

A Jade foi protagonista da primeira edição da Casa dos Segredos. Uma participação que lhe trouxe o reconhecimento que ela não queria, a glória que ela não pediu, e a fama pior que podia ter. Por não ter boas coisas a dizer sobre o programa, a Jade nunca mais apareceu, até hoje. Bonita... por dentro, conta-nos segredos que é suposto os espectadores não saberem, denuncia o preconceito que sentiu por ser ex-concorrente, fala de câmaras na casa de banho, conversa com o convidado do próximo episódio (que entretanto apareceu), e muito mais neste episódio em que não apareceu nenhuma voz a cortar-lhe a voz. Acostumada a falar para o boneco, esta fã incondicional do Yoda, é a nossa convidada. A não perder.

A Filipa já esteve perto de bater a bota muitas vezes. Teve armas apontadas à cabeça, foi mordida por bichos, teve envolvida em acidentes e até queimada por dentro já ficou. A morte deve olhar para ela como o Cristiano Ronaldo dos vivos, pela quantidade de vezes que já a fintou. Ao bonito vem contar muitas dessas histórias.

Quem não fintou a morte foi o nosso Ricardo e porque ele seria uma das próximas pessoas a vir ao bonito, fica aqui a homenagem a ele na forma de dedicatória deste episódio.

Desengane-se quem julga que a falta de visão é uma inultrapassável limitação e ter pena do nosso convidado é algo que não vai existir. O Diogo capitaliza como ninguém a sua condição a começar pelo uso que faz dela nos seus textos de stand up até às relações que têm. O Diogo tem a sorte de ter a vida muito facilitada e neste episódio vamos descobrir entre muitas outras coisas se para ele atuar para uma ou para cem mil pessoas é igual, se ele apanha as necessidades que o cão guia faz na rua, como vê pornografia e se a sua namorada o trata por "amor" para que possa dizer com legitimidade que o amor é cego.

Começamos em grande com uma entrevista ao neto de António Oliveira Salazar. Com ele falamos do peso que é alguém existir com um nome de um ditador e de como isso influencia a vida do Gonçalo. Com os 50 anos do 25 de Abril não podíamos ter melhor presença e acabamos por constatar que apesar do nome, o Gonçalo Oliveira Salazar até é bonito... por dentro, claro.