O Banco Central americano vai divulgar a ata da sua última reunião de política monetária na semana que vem. Para Alexandre Schwartsman, o aumento não deve representar 'grande surpresa'. 'O que preocupa é até quanto eles terão que ir. Essa é a grande dúvida que assola o mercado', pontua.

Alexandre Schwartsman analisa ata da última reunião do Copom e avalia que o Banco Central criou um cenário fictício para justificar o fim do ciclo de alta dos juros quando a Selic se aproximar de 13%. De acordo com o comentarista, atitude demonstra que o BC 'não está preparado para pagar o preço da desinflação'.

Alexandre Schwartsman comenta os últimos resultados de indicadores econômicos. Retração da indústria, por exemplo, é para ele mais um indício de que a recuperação da economia tende a ser difícil neste ano. 'Economia não está conseguindo sequer manter uma tendência de crescimento muito modesta que vinha desde 2016', explica. Ele destaca, ainda, que propostas para baixar o preço dos combustíveis podem acabar tendo resultados negativos para a sociedade.

Alexandre Schwartsman analisa as consequências de sanções à Rússia por causa da guerra na Ucrânia. Ele explica que a exclusão de alguns bancos de uma rede internacional compromete o sistema bancário russo como um todo. O comentarista destaca, ainda, que guerra deve provocar inflação em alta e desvalorização da moeda na Rússia. 'País vai passar por uma crise considerável', conclui.

Alexandre Schwartsman fala sobre o IPCA 15 e o aumento da inflação. Ele explica que o consenso de mercado foi bem abaixo do que foi divulgado. O comentarista também fala que o objetivo do Banco Central é trazer a inflação para a meta no próximo an.

Alexandre Schwartsman fala sobre a credibilidade da autoridade monetária do Banco Central Americano. Ele explica que ela está em jogo em meio à escalada da inflação nos Estados Unidos e fala que, nesse momento, o dólar tende a se valorizar no Brasil.

A ata do Copom, divulgada nesta semana, prevê novo estouro da meta de inflação em 2022, indicação de alta pouco menor dos juros em março, além da citação de ações que podem piorar a trajetória fiscal futura. Alexandre Schwartsman lembra a discussão em torno de uma possível PEC dos combustíveis, levantada por Bolsonaro, e pontua: 'basicamente, o BC deixa a mensagem de que não é para fazer isso, porque seria um tiro que sairia pela culatra'.

Alexandre Schwartsman comenta a alta nos juros observada nos últimos meses, que reduz tanto o consumo, quanto o investimento. Schwartsman destaca que o 'custo' de se combater a inflação acaba se refletindo no mercado de trabalho, com aumento do desemprego. O comentarista avalia, no entanto, que o aperto monetário deve ocorrer logo, para que o problema inflacionário não aumente.

A prévia da inflação ficou em 0,58% em janeiro, de acordo com o IBGE. Alexandre Schwartsman lembra que as previsões do IPCA-15 apontavam algo em torno de 0,44% e 0,45%. 'Era esperado um número mais tranquilo, porque havia tido uma redução no preço dos combustíveis. De fato, ela foi capturada pelo índice, mas a má notícia é que as outras coisas seguiram subindo', analisa.

Alexandre Schwartsman analisa últimos resultados dos índices econômicos. Para ele, terceiro trimestre de 2021 deve ter resultado próximo ao 'zero a zero', mantendo tendência dos trimestres anteriores e confirmando o quadro de estagnação da economia brasileira. Ele alerta, ainda, que impacto da alta na taxa de juros, quando aparecer, pode provocar uma retração. Discussões sobre o fim dos estímulos econômicos em outros países também estão entre os assuntos do 'Call de abertura'