A desaprovação de Lula oscilou para cima dentro da margem de erro e chegou a 57% dos eleitores brasileiros na pesquisa Quaest divulgada hoje de manhã. É o pior índice desde o início do mandato. Do outro lado, a aprovação da gestão do presidente oscilou para baixo, também dentro da margem de erro, para 40%, e é a menor desde 2023. Pela 1ª vez, católicos desaprovam o governo mais do que aprovam. Lula também deixou de ser mais aprovado que desaprovado entre quem tem ensino fundamental. Agora, há um empate técnico inédito entre os dois grupos. No Nordeste, por outro lado, Lula voltou a ter aprovação maior que desaprovação. Entre os eleitores mais pobres, houve oscilação para baixo da aprovação e para cima, da desaprovação, e os dois grupos seguem em empate técnico. Entre os que ganham mais, Lula segue mais desaprovado, mas a aprovação oscilou para cima e a desaprovação, para baixo. O Central Meio de hoje recebe o cientista político Elizeu Santiago.

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Na tentativa de pacificar a crise entre o Executivo e o Legislativo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prometeu ao Congresso entregar ainda hoje uma nova proposta sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Haddad afirmou que teve um novo encontro com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para negociar detalhes da nova proposta. Segundo Haddad, o governo também quer discutir uma série de reformas que classificou como “estruturais” e que afetariam o equilíbrio das contas públicas. Há tempos o ministro reclama que o Parlamento não vem dando atenção a propostas para acabar com regalias da elite do serviço público. Uma delas propõe que os militares só possam ir para a reserva com, no mínimo, 55 anos. Já o projeto que pretende cortar os supersalários dos servidores — em especial de juízes e promotores — foi aprovado há mais de dez anos, mas ainda precisa ser analisado pelo Senado.

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Depois de uma semana tensa entre o Congresso e o Ministério da Fazenda em torno do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), o presidente Lula decidiu intervir e tentar impedir que a crise evolua. Ao contrário do que esperava a equipe econômica, Lula fez afagos não ao ministro Fernando Haddad, mas sim ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que deu a entender que os deputados derrubariam o aumento do IOF se o governo não recuasse. Em um evento em Brasília, Lula deu razão às reclamações de Motta e disse que o governo não pode tomar uma decisão e só depois comunicar a seus aliados. Lula e Motta compareceram juntos à convenção nacional do PSB, na qual o prefeito de Recife, João Campos, assumiu a presidência do partido.

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O Central Meio de hoje analisa a prisão do funkeiro MC Poze no Rio de Janeiro. O mandado foi motivado pela ligação do funkeiro com o Comando Vermelho, organização criminosa que domina a Cidade de Deus, favela onde Poze nasceu. A ligação é declarada em diversas letras do MC, como “Fala Que a Tropa É Comando Vermelho”. Guilherme Werneck, colunista de Cultura do Meio e Vera Araújo, repórter especializada em coberturas policiais do jornal O Globo, comentam o assunto. Em seguida, a presidente do Instituto Talanoa, Natalie Unterstell, fala sobre a relação da ministra Marina Silva com o governo Lula e das mudanças aprovadas no Senado em relação à concessão de licenças ambientais.

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Uma decisão judicial paralisou em grande parte a guerra comercial deflagrada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O entendimento é de que o presidente extrapolou seu poder ao anunciar tarifas comerciais generalizadas sobre produtos importados, em particular da China, do Canadá e do México, impactando desde grandes empresas até cidadãos comuns. Foram mantidas, porém, as taxações de 25% para carros, autopeças, aço e alumínio, estabelecidas com base em uma lei diferente da usada por Trump como justificativa para o tarifaço. A expectativa é de que o caso, como diversas outras decisões judiciais contra ações do presidente, chegue à Suprema Corte.

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A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, é a convidada de hoje do Central Meio. Entre os assuntos abordados estão a sessão da qual ela precisou se retirar no Senado ontem, ao ser desrespeitada por parlamentares; a aprovação, neste mesmo Senado, das mudanças nas regras para licenciamento ambiental, que segundo o Ministério representam representam risco à segurança ambiental no país"; a possibilidade de exploração de Petróleo na foz do Amazonas; e da COP que será sediada no Brasil no ano que vem.

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O ministro do STF, Alexandre de Moraes, será o relator do inquérito que investiga se o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro tem atuado contra o Judiciário brasileiro durante sua estada nos Estados Unidos. Em uma de suas primeiras decisões, Moraes determinou que o ex-presidente Jair Bolsonaro deponha no inquérito em até dez dias. Ele quer que Bolsonaro esclareça o que o filho está fazendo nos Estados Unidos, já que o ex-presidente afirmou que sustenta Eduardo no exterior. O inquérito investiga se Eduardo tem atuado nas redes sociais e concedido entrevistas a veículos de imprensa com a intenção de influenciar o julgamento do processo que vai decidir se seu pai atuou na tentativa de golpe de Estado em 2022.

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A pouco mais de um ano da eleição presidencial de 2026, tudo o que se sabe é que haverá um candidato do atual governo, provavelmente o próprio presidente Lula. Mas o cenário no campo da Direita está totalmente aberto. Embora tenha demonstrado fidelidade a Jair Bolsonaro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pode perder o posto de candidato para a família do ex-presidente, que está inelegível. Dois nomes são cogitados: o do filho Eduardo e o da esposa Michelle.

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Poucas horas depois de anunciar um aumento da alíquota para aplicações de investimentos de fundos nacionais no exterior, o Governo voltou atrás. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse hoje de manhã que o governo não vê problema em corrigir decisões. Haddad disse que a medida foi revista após alertas de agentes do mercado financeiro, que apontaram que ela poderia "passar uma mensagem que não era a desejada pelo Ministério da Fazenda". O Central Meio recebe o economista Samuel Pessoa e o cientista político Paulo Velasco, que falam sobre a decisão, o recuo e o recado político que essa movimentação passa.

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O Senado aprovou o projeto da Lei Geral do Licenciamento Ambiental, que, na prática, afrouxa regras de autorização para atividades que afetam o meio ambiente. Uma emenda de Davi Alcolumbre criou o licenciamento por decreto, que poderia ser aplicado à exploração de petróleo na foz do Amazonas. O Ministério do Meio Ambiente divulgou nota criticando o projeto. Como foi modificado, o texto voltará para a Câmara. Também passou no Senado uma PEC que acaba com a reeleição para prefeitos, governadores e presidente da República. O texto amplia pra cinco anos os mandatos de todos os cargos eletivos, como vereadores, deputados estaduais, deputados federais e presidente. Para comentar os assuntos, o Central Meio de hoje recebe o advogado eleitoral Ricardo Penteado.

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