A radiofrequência (RF) é a espinha dorsal da comunicação moderna, baseada nas ondas eletromagnéticas que transportam energia. A modulação é fundamental, alterando características da onda portadora (amplitude, frequência, fase) para codificar informações, existindo técnicas analógicas (AM, FM) e digitais (ASK, FSK, PSK, QAM, OFDM, DSSS).
Diversas tecnologias utilizam RF: redes celulares (3G, 4G, 5G) para conectividade móvel e IoT; Wi-Fi para redes locais; Bluetooth para curto alcance; LoRa e Zigbee para IoT de baixo consumo; TV por satélite e Starlink para cobertura global; e sistemas como alarmes de carro e portão.
Jammers são dispositivos que bloqueiam intencionalmente sinais ao sobrepor-se à frequência alvo, degradando a Relação Sinal-Ruído (SNR). Desenvolvidos militarmente para Guerra Eletrônica, são ilegalmente usados no setor civil para crimes (ex: roubo de cargas) ou interrupção de comunicações (ex: prisões, exames). No Brasil, a ANATEL proíbe jammers devido a graves riscos à segurança pública, como interferências em aviação e serviços de emergência.
As contramedidas anti-jamming (ECCM) incluem agilidade de frequência, espectro espalhado e técnicas de antena (nulling, beamforming) para aumentar a resiliência do sinal. A Inteligência Artificial (IA) e a computação quântica estão transformando a guerra tecnológica no espectro eletromagnético, tornando os ataques e defesas mais sofisticados.