Gonzalo Curiel, nascido em Jalisco em 1904, foi um dos grandes compositores do bolero. Seu maior sucesso foi Vereda Tropical, mas boa parte de sua obra tem qualidade similar à desse notável bolero. Apresentamos dois dos mais apreciados boleros de Curiel, ambos da década de 1940. O primeiro, Un gran amor, na voz de Marco Antonio Muñiz, e a seguir, Sorpresa, em interpretação do trio vocal mexicano Los Tres Ases.

O mexicano Marco Antonio Muñiiz, nascido em Guadalajara, em 1933, é uma das mais destacadas vozes masculinas do bolero. Apresentamos Marco Antonio Muñiz interpretando uma canção de Hernández e outra de Flores. Dois boleros muito conhecidos: Lamento borincano e Obsesión. O primeiro é um dos poucos boleros que enfoca tema político-social.

Boleristas de um só bolero. Expressão certamente exagerada, mas existem casos de compositores do gênero que se destacaram com apenas um número. Nos anos de 1940, um bolero intitulado Corazón loco vem sendo gravado por interpretes de diferentes gerações e latitudes.

    Mas, quem é o autor de Corazón loco? Sabe-se apenas que seu autor se chamava Richard Dannemberg. Mais que isso, apenas a especulação de que ele seria um dinamarquês radicado na Espanha. Mas, que Corazón loco trata-se de um belo bolero, disso não há dúvida. Comprovem o fato escutando a gravação da cantora espanhola Mayte Martín, realizada em 2004.

a cantora e compositora cubana Concha Valdés Miranda tem sido referida como a mais atrevida criadora de boleros. A julgar pelo título de algumas de suas canções como Orgasmo, Tapame contigo e Hazmelo otra vez. Na audição de hoje apresentaremos dois dos boleros transgressores de Concha Valdés: Hazmelo otra vez, em interpretação de Silvia Rodríguez, e Las cosas buenas de la vida, na voz de Anais Abreu.

Gilberto Milfont, dublê de cantor e compositor brasileiro, nascido em 1924, está para completar 92 anos. Milfont teve seus momentos de glória, nos anos de 1950 e 1960, época em que compôs um belíssimo samba-canção intitulado Reverso, que chegou a ser gravado pelo Trio Los Panchos. Em meados dos anos 1950 Gilberto MIlfont estava no auge da carreira. O cantor cubano Bienvenido Granda também fazia grande sucesso no Brasil, com o bolero Señora, de autoria de Santos Prieto. Bolero esse que ouviremos neste episódio.

Despojada, geniosa, irreverente e atrevida, a equatoriana Patricia Gonzalez, nascida em Guayaquil, no ano de 1943, é a mais destacada voz feminina do bolero em seu país. Apresentaremos no programa de hoje duas belas canções na interpretação de Patrícia Gonzalez: Madrigal, do Porto-riquenho Don Felo, e Soy lo prohibido, do mexicano Roberto Cantoral.

Praticamente desconhecida no Brasil, Lucy Fabery teve destaque internacional na América Hispânica, nos anos de 1950 e 1960. Atuou em Cuba, no México e na Argentina, no Equador e no Peru. Toda sua trajetória profissional foi vinculada ao feeling, uma vertente do bolero.

Dona de uma bela voz, Lucy também tirou partido de sua beleza tropical, tornando-se conhecida como La Muñeca de Chocolate e atuando no cine mexicano. Seu último trabalho foi indicado pra o Grammy Latino. Escutamos duas gravações de Lucy Fabery. Dois velhos boleros cubanos. O primeiro, Eres sensacional, de Senen Suarez; o segundo, Tu felicidad, de René Touzet.

A bailarina americana Isadora Duncan, nascida em 1877 e falecida em 1927, foi uma artista que se tornou famosa, por seu extraordinário talento, por seu comportamento transgressor e pelos infortúnios que a vida lhe reservou.

Entre eles o surreal acidente em um carro conversível, no qual a ponta de sua echarpe, levada pelo vento, ficou presa à roda, enquanto a outra permaneceu em seu pescoço.

O tango de que falaremos hoje, composto em 1980 por Virgilio e Homero Expósito e talvez a última das canções da dupla. Uma declaração de fé no amor. Seu título é “Chau, no vá más.” Uma linda melodia, com versos ainda mais destacados, que inclui um achado poético: “Vivir es cambiar/en cualquier foto vieja lo veras.” A gravação que apresentaremos, de 2008, é de uma cantora não muito conhecida, mas que tem feito um belo trabalho: Liliana Barríos.

Apresentaremos dois grandes sucessos de Frank Dominguez: Imagenes, que muitos consideram sua obra prima, na voz de Pacho Alonso, e Como te atreves, com Anais Abreu.