No final dos anos de 1920, o bolero sofreu transformações importantes, tornando-se mais ritmado, e incorporou instrumentos de percussão e o piano. Alterou-se um cenário em que as cordas, sobretudo o violão, eram quase que exclusivas. O bolero adquiriria sua personalidade definitiva, tornando-se também um gênero dançante.
Marcaram as transformações os nomes dos mexicanos María Grever e Agustín Lara e dos cubanos Miguel Matamoros e Nilo Menéndez. María foi talvez a mulher que mais se destacou na criação de boleros.
Em 1931, ainda em NY, o trio Matamoros gravaria aquele que se tornou o bolero mais popular de Miguel: Lágrimas negras. Ouçamos esse bolero em gravação de 2002 do catalão Diego El Cigala, acompanhado pelo pianista Bebo Valdés, e por uma plêiade de notáveis músicos: Paquito Rivera, Javier Colina e Tatá Guines.