Daniele Cavalcante

Sempre tive uma relação muito forte com o olhar. Tenho uma lembrança muito vívida de uma situação que passei no ônibus, na época em que morava na cidade de Manaus. Estava indo para a escola (IFAM) quando meu olhar cruza com o olhar de um senhor de uns 60 anos e, naquele momento eu senti uma tristeza devastadora e uma vontade de chorar muito grande. Sério, fiquei tão assustada com essa experiência que lembro até hoje da sensação que senti. 

Seja muito bem vindo a este podcast. 

Prazer, meu nome é Daniele Cavalcante, sou especialista em reabilitação neurocognitiva e neste novo episódio conto um pouco sobre essa relação como a expressão facial e a minha prática profissional se conectam.

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Sejam muito bem-vindos ao podcast do Neuroeducando, meu nome é Daniele Cavalcante, sou neuropsicopedagoga e hoje continuo a série de podcasts sobre neuroreabilitação após o Acidente Vascular Cerebral ou AVC como é mais conhecido. 

No episódio de hoje, vou conversar com vocês sobre como foi encarar as limitações das sequelas do AVC e de como comecei a superá-las.

Chegou o tão esperado dia da alta hospitalar, ir para casa, passou de um desejo quase irrealizável para realizado. E, ir para casa deu medo e algumas muitas confusões familiares. Talvez, algum dia, conte essa parte em um livro... Quem sabe.

Assim como tudo para eles seria novo, para mim também foi. Passei de uma pessoa independente para uma pessoa dependente até para pentear os cabelos e só isso já causa confusão emocional em qualquer idade, mas vocês conseguem imaginar o que se passa na cabeça de alguém que tem 29 anos, era independente financeiramente, tinha acabado de tirar a carteira de motorista e mais detalhes estão no podcast de hoje.

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Sejam muito bem-vindos ao podcast do Neuroeducando, meu nome é Daniele Cavalcante, sou neuropsicopedagoga e hoje chegamos ao último episódio da série Genialidade e Ciência. No episódio derradeiro, vou contar a história de  Jason Padgett o homem que virou um gênio da matemática após sofrer vários golpes na cabeça. 

Jason adquiriu a habilidade de enxergar matemática em tudo. De repente, ele percebeu que tudo o que via "podia ser separado em pedaços menores, mas idênticos" e passou a desenhar essas formas fractais obsessivamente. Então, Padgett procurou ajuda psicológica para tratar o TOC e se matriculou em um curso de matemática em uma universidade próxima a sua casa.

Lembram do episódio em que falo sobre o Daniel Tammet? Então! Jason fala que ver na televisão uma entrevista com Daniel Tammet, pois foi a primeira vez em que alguém (além dele) atribuía formas para os sons e números. Falei sobre o Daniel no episódio "Capitão Pi". Isso o motivou a procurar especialistas e ser diagnosticado com a síndrome de savant e sinestesia.

Padgett viajou o mundo contando sua história e escreveu um livro sobre suas experiências: Struck by genius (Algo como "Golpeado pela genialidade").

Ficou curioso? Tem um TEDx dele no Youtube: deixei o link na descrição https://youtu.be/CyYQIcZacvA.

E é com essa maravilhosa história de superação que encerro a série Genialidade e Ciência.

Até mais!

Sejam muito bem-vindos ao podcast do Neuroeducando, meu nome é Daniele Cavalcante, sou neuropsicopedagoga e hoje chegamos ao caso 11º de Genialidade e Ciência envolvendo a Síndrome de Savant. Nossa estrela de hoje é John Forbes Nash Jr. reconhecido como gênio da matemática aos 21 anos. 

Você certamente já viu a história dele na TV.

Será que é possível fazer cálculos sem nunca ter sido ensinado? Essa é a mais antiga história que se sabe sobre alguém com a síndrome de Savant. Sejam muito bem-vindos ao podcast do Neuroeducando, meu nome é Daniele Cavalcante, sou neuropsicopedagoga e hoje vamos a mais um episódio da série Ciência e Genialidade. No episódio de hoje vou apresentar para vocês Jedediah Buxton ou mais conhecido como "Calculadora Humana".

Jedediah Buxton, nasceu na Inglaterra em 1707 e faleceu em 1772, aos 65 anos. Foi um dos primeiros e mais conhecidos casos de savantismo. 

Ele conseguia fazer cálculos com números de até 39 dígitos, além de ter medido com precisão a extensão da vila em que vivia apenas andando por ela. Ficou tão famoso, na época, que recebeu o apelido de “Calculadora Humana”.

Apesar de seu pai ser mestre na escola de Elmton, seu avô ter sido o vigário, teve sua educação negligenciada, não sabia escrever e seu conhecimento, exceto em números, era extremamente limitado.

Como ele veio a conhecer as proporções relativas de números, e suas denominações progressivas, não se sabe. Mas em tais assuntos sua atenção era tão focada que freqüentemente não tomava conhecimento de objetos externos, e quando o fazia, era apenas com referência a seus números.

Ele mediu todo a extensão de Elmton, a vila onde morava, que consistia de alguns milhares de hectares (cerca 4 km²), simplesmente andando por ela, e fez isso não só em acres,  mas também em centímetros quadrados.

Sua memória era tão espetacular que, ao resolver uma pergunta, ele poderia parar e retomar a operação novamente no mesmo ponto após o lapso de uma semana, ou mesmo de vários meses. Sua aplicação perpétua a números  impediu  que adquirisse conhecimento em qualquer outra área.

Entre os muitos exemplos das proezas aritméticas de Buxton estão o seu cálculo do produto de um farthing dobrado 139 vezes. O resultado, expresso em libras, estende-se a trinta e nove dígitos, e é correto na medida em que pode ser facilmente verificado pelo uso de logaritmos. Buxton depois multiplicou esse enorme número por si só. Parece que ele inventou uma nomenclatura original para grandes números, uma “tribo” sendo o cubo de um milhão, e um “cãibra” .

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Feliz 2022, hoje continuamos com a série Ciência e Genialidade e hoje vamos retomar à série Ciência e Genialidade, contando a história de Daniel Tammet ou Capitão Pi. Esse é o 8º episódio e 11 casos de pessoas com a Síndrome de Savant que possuem habilidades  extraordinárias.

Nesse ano, algumas novidades aparecerão aqui pelo podcast então já assina o feed e clica no sininho aí pra ser notificado a cada episódio novo.

Você conhece o número pi apenas como 3,14. Mas essa pessoa consegue recitar mais de 22 mil algarismos após a vírgula! Além de sofrer de sinestesia, que é uma condição que o faz “sentir” cada número até 10.000 com forma, textura e cores únicas. Ah! E não para por aí... Ele é poliglota: aprendeu islandês em uma semana e fala outros dez idiomas. Então, vamos lá... Quem é o Capitão Pi ou Daniel Tammet?

Daniel é uma pessoa com a síndrome de savant autista, altamente-funcional. Em uma palestra dele no TED Talks, vou colocar o link neste episódio... Porque nessa palestra ele explica como é ter uma condição rara. E ainda mais rara quando acompanhada de autoconsciência e domínio da linguagem.

Os mundos de palavras e números para Daniel se misturam em cor, emoção e personalidade. No TED ele explica como é a sua sinestesia e diz como o número 1 aparece para ele, com forma própria e caráter. Olha só que legal!!!!

Além dos números, para ele, as palavras possuem cores, emoções e texturas.

Bem, vou deixar de dar spoilers e deixar que vocês vejam e sintam a emoção da palestra dele.

Até o próximo episódio!

Link da palestra dele: https://www.ted.com/talks/daniel_tammet_different_ways_of_knowing/transcript?language=pt-br#t-228127

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