"Me perdi em mim" – disse-me com os olhos cansados e uma feição apática.
Como se eu ao menos soubesse o que era,
antes de me perguntar se realmente "me perdi em mim".
Despi minh'alma e fiz o que não Soube
Como a parte que não coube
No eterno que vivi.
Desprendi a máscara que agarrou-se a minha face,
Me atirei ao espelho
E fiquei por ali…
Me questionando se inconscientemente "Me perdi em mim".
Minha glória é essa:
Escrever essa história para me provar eterno em si.
Como se vivo sem ninguém,
Nem comigo mesmo
Alguém que não se acompanha para não ser acompanhado.
O que há em mim são pedaços.
Não pedaços de algo, ou fragmentos do que já foi… apenas pedaços, assim mesmo.
Sublime, sem significado.
Poesia completa de versos desconexos como se eu soubesse quando "Me perdi em mim".
Pedaços
De paixões completas, por coisa nenhuma.
De fotografias deixadas por alguém que não sei… essas coisas que se terminam com algo que é eternamente inexplicável. Que fazem pedaços do que já foi "Eu" antes de chegar aqui.
Há, sem dúvidas
Quem se quer sendo infinito.
Desvivendo o que é possível
Sem deixar de ser a si.
Há sem dúvidas,
quem não quer nada…
Mas eu?
Eu não sou nenhum deles.
Sou aquilo que quer ser o que pode,
Aquilo que é
E até aquilo que não se pode ser…
Eu quero me encontrar em mim...
por: Kevyn Zornita