No evangelho de Mateus, vimos que repetidamente Jesus pregou sobre o Reino dos Céus. E este foi um tema importante no sermão do monte. A partir daqui, o Reino passa a ser o foco principal das parábolas.
Nessa parábola o Semeador é Jesus, o campo é o mundo, a boa semente são os filhos do Reino e o joio são os filhos do maligno. Os inimigos do Reino, o joio, sempre coexistirão juntos com os filhos do Reino. Deus permite que crentes e descrentes vivam no mundo até o dia do juízo.
O joio mencionado na parábola é o Joio Farpado, uma erva destruidora que é quase indistinguível do trigo ao nascer. Sua verdadeira natureza revela-se na época da colheita, e o fazendeiro precisa separá-la do verdadeiro trigo, pois é venenosa para o homem e para o gado.
O inimigo que semeou é o diabo, que também semeia no mundo as suas sementes, pois é um opositor da obra de Deus. Como ele não pode destruir o crente verdadeiro, a boa semente semeada na boa terra, ele planta no meio do povo de Deus o falso crente. (II Co. 11:13-15)
O diabo semeou o joio para atrapalhar o crescimento do reino. Satanás semeia no coração do falso crente, ele pode até achar que é trigo, pois está na igreja no meio dos crentes, mas no seu coração não foi semeada a boa semente, aquela que caiu em terra boa. Ele honra ao Senhor com os lábios, mas o seu coração está longe de Deus. Essa pessoa não teve um arrependimento verdadeiro, uma metanoia, uma mudança de vida em relação a Deus.
A colheita é o julgamento que acompanhará o retorno de Jesus no fim dos tempos, para estabelecer seu Reino. No começo os falsos crentes podem até se parecer com os crentes verdadeiros, mas na época da colheita sua natureza será revelada, e os anjos que são os ceifeiros, serão encarregados de colher o joio, eles não errarão no diagnóstico. Eles farão uma separação rigorosa e precisa entre joio e trigo.
Essa parábola nos adverte que nesse tempo o joio sempre estará no meio do trigo, ele só poderá ser separado no fim, e não antes disso. Não cabe a nós essa tarefa, correríamos o perigo de arrancar trigo como se fosse joio, só o Senhor conhece os que são seus 2 Tm 2:19. Então, essa separação só acontecerá na segunda vinda de Cristo, quando os anjos farão precisa distinção entre um e outro, a serviço de Jesus.
A separação do joio e do trigo, a vida eterna e a condenação eterna são realidades inevitáveis, mostradas por Cristo nessa parábola. Muitas vezes não queremos encarar a realidade do juízo de Deus. O trigo, os crentes verdadeiros serão reunidos no celeiro, já o joio será reunido e lançado na fornalha, que simboliza o inferno, onde haverá choro e ranger de dentes.
Por isso Jesus nos ensina e alerta através das parábolas, para não sermos enganados e sim conhecedores de Jesus e da sua verdadeira palavra, semeada por Ele em nossos corações que produz o fruto da salvação.
Jesus encerra dizendo que o “justos resplandecerão como o sol, no Reino de seu Pai”, isto é, o povo de Deus, aqueles que obedecem a Deus, esses são os filhos de Deus e moradores do Reino, que refletirão em menor grau o brilho da glória do Pai.
Pra. Nathália F. Tonezer
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