#imagemacessível – descrição da imagem no final do post
Na minha forma de entender, são as pessoas negras que devem conduzir o debate sobre racismo. Mas o antirracismo pode e deve ser debatido por brancos. Afinal, não basta não ser racista, precisamos ser antirracistas. E qual melhor forma de fazer isso? Creio que falando e apontando, exaustivamente, o assunto, mesmo que essa fala esbarre na fragilidade branca e raivosa de quem não aceita privilégios que começam a existir pelo simples fato de termos nascidos com a pele branca.
Acredito que se nossa energia branca abandonasse essa frágil defesa e focasse em mudar pensamentos e ações, em prol do antirracismo, todos ganharíamos. Meu convidado e eu temos esse objetivo com nossa conversa.
Importante frisar que não somos especialistas na temática. Eu, por exemplo, estou engatinhando, mas o PP, que tem estudado mais, certamente aponta outros pontos de vistas para além dos meus. E isso se percebe no decorrer de nossa conversa em que ele me demonstrou que não sou uma racista estrutural. Sou racista. Infelizmente, e ponto!!! Porém, uma coisa temos em comum: reconhecemos nossa parcela de culpa no racismo, estrutural ou não. Mas há quem não a reconheça de forma alguma.
Para essas pessoas é inadmissível reparar a dor de quem viveu a escravidão e de quem veio dela. E me parece estranho que essas mesmas pessoas lutem pela herança de seus antepassados construída às custas do trabalho escravo. Não é contraditório buscar o bônus e desprezar o ônus do que nos é de direito? Entender que essa conta faz parte de minha vida atual foi condutora importante para minha luta contra o racismo. Já para o PP, a supremacia branca precisa acabar e isso só acontecerá a partir do momento em que houver uma mudança de dentro da branquitude, pois só assim é possível pagar essa dívida moral que contraímos há séculos. Mas e vocês banquetes brancos e brancas: como se veem diante dessa temática tão relevante?
Te convido a acompanhar o debate entre mim e PP neste 56º episódio, urgente e instrutivo, que nomeei de Banca do Antirracismo.
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DIQUINHAS
Livros: Pequeno manual antirracista - Djamila Ribeiro; Eu e a supremacia branca - Layla Saad e Não basta não ser racista, sejamos antirracistas - Robin DiAngelo
Podcasts: Não inviabilize, Vidas Negras e Mano a Mano
Vídeo - tutorial sobre antirracismo da UFRGS
https://youtu.be/Y63dm0P0hp8
Perfis instagram: @prapretoler e @joiceberth
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FICHA TÉCNICA DO EPISÓDIO
Participação: Pedro Paulo @ppediatra
Arte: Felipe Marques @eufelipem
Editora e Podcaster: Rosana Tibúrcio
DESCRIÇÃO DA IMAGEM
Há um plano de fundo vermelho escuro frio com bordas verde-água e detalhes - como pontos de costuras - azuis e rosas. À esquerda da imagem, na parte superior, está escrito #56, na cor branca, que representa o número do episódio e, à direita, está escrito, em branco e em caixa alta, Banca do Antirracismo, sendo que a palavra Banca é bem maior que as outras. Do lado esquerdo da imagem, abaixo do #56, há uma ilustração caricata de mulher grisalha com cabelos curtos, em plano médio, com sorriso largo. Usa óculos de armação azul e brinco pequeno na orelha direita. Está com as mãos posicionadas dentro do bolso da blusa azul de mangas curtas. E, no canto inferior direito, com letras menores e brancas está escrito: participação Pedro Paulo @ppediatra e mais abaixo, também em letras brancas @rosanatiburcio