"Nos dias em que se exaltam pastores de mega igrejas, é animador este relato de um pastor comum - representando heróis desconhecidos entre nós que não aspiram a grandeza, mas sim piedade e fidelidade.
A Vida e Ministério de Tom Carson é um livro profundamente edificante e oportuno.
Fidelidade, não números, não sucesso não inovação, não relevância', mas simplesmente fidelidade é a marca aprovada do ministério do evangelho.
[Mas não posso permitir que isso me leve ao desespero; em vez disso, deve me conduzir a uma maior compreensão da simples e profunda verdade que pregamos e visitamos e servimos sob o evangelho da graça, e Deus nos aceita por causa de seu filho.
Preciso aprender a me aceitar não por causa dos meus supostos sucessos, mas, pelos méritos do Filho de Deus.
A maioria dos pastores não prega regularmente a milhares, muito menos a dezenas de milhares.
Eles não escrevem livros influentes, não supervisionam grandes equipes, e nunca verão nada além de um crescimento modesto.
Eles engajam em visitar os idosos, em aconselhamento, em estudos bíblicos e pregações.
Alguns trabalham com tão pouco apoio que preparam seus próprios boletins ou fazem pequenas reformas no templo.
Quando eu era jovem, ouvi que o Dr. Martin Lloyd-Jones, capelão da rainha da Inglaterra, que ele não atravessaria a rua para ouvir a si mesmo pregando.
Agora que tenho quase a idade que ele tinha quando eu o ouvi pregar, começo a entender.
Eu raramente termino um sermão sem me sentir em algum lugar entre levemente desanimado e moderadamente depressivo, de que eu não preguei com mais unção, que eu não articulei estas gloriosas verdades com mais poder e com grande insight(Clareza), e assim por diante.
O ministério é tão ilimitado que jamais sentimos que todo o trabalho possível foi feito, ou feito tão bem quanto alguém gostaria que fosse.
De fato, quanto mais perto o crente está de Deus, tanto mais ele reconhece e sente o peso do pecado pessoal.
No caso de Tom, ele não somente sentia seu próprio pecado, mas, as falhas e pecados daqueles em sua congregação, inglesa ou francesa, ele as creditava ao seu próprio fracasso como pastor.
Ele entendeu que a sua prioridade deveria ser o discipulado de uma nova geração de líderes.
Quando Tom morreu, não houve multidões do lado de fora do hospital, nenhum editorial nos jornais, nenhum comunicado na televisão, nenhuma menção no parlamento, nenhuma atenção dada pela nação.
Em seu quarto de hospital não havia ninguém ao seu lado. Havia apenas o calmo sibilar do oxigênio, ventilando em vão porque ele tinha parado de respirar e nunca mais precisaria dele.
Mas do outro lado todas as trombetas soaram.
Ele ganhou a entrada para o único salão do trono que importa, não porque ele foi um homem bom ou um homem importante - ele foi, afinal, um pastor mais que comum - mas porque ele era um homem perdoado.
E ele ouviu a voz de quem ele almejava ouvir dizendo, "Bem está servo bom e fiel; entra no gozo do teu senhor."
(Texto do Livro: Memórias de um Pastor Comum - A Vida e Ministério de Tom Carson- enviado por Pastor Ademir T. Freitas-adaptação Pr.Argeu Rocha)