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By Sesc SP
The podcast currently has 13 episodes available.
Doze autores contemporâneos refletem sobre o lugar da dramaturgia para teatro no Brasil. Provocadores deste diálogo, Isabel Diegues, escritora, editora e cineasta; Kil Abreu, diretor, curador e crítico teatral; e o diretor e dramaturgo José Fernando Azevedo definiram cinco eixos de reflexão, questões levadas a cada um dos dramaturgos. Alexandre Dal Farra, Dione Carlos, Emanuel Aragão, Francisco Carlos, Grace Passô, Jô Bilac, Michelle Ferreira, Newton Moreno, Pedro Brício, Pedro Kosovski, Roberto Alvim e Silvia Gomez comentam sua relação com a escrita a partir destas questões. O primeiro eixo trata das formas e do processo de criação, em relação ao conteúdo. O segundo eixo questiona a experiência do tempo presente e do contexto e como eles influenciam o trabalho do dramaturgo. Já o terceiro eixo diz respeito às condições de produção, para além da individualidade de expressão, com relação à experiência coletiva, às formas de financiamento e de trabalho. O quarto eixo investiga como a dramaturgia dialoga com a tradição, e quais tradições os dramaturgos trazem para os seus textos. Por fim, o quinto eixo de indagações fala sobre o importante lugar do público na dramaturgia contemporânea, para quem escrevem e com quem se relacionam os autores participantes.
Alexandre Dal Farra é dramaturgo, diretor e escritor. Neste episódio, ele discute territórios, camadas e fendas de sua escrita, e o encontro com o estranho familiar dentro de si durante a criação. Autor de diversas peças apresentadas por todo o Brasil e no exterior, suas principais produções foram “Mateus, 10” (2012), “Trilogia Abnegação” (2014-2016), “Branco, o cheiro do lírio e do formol” (2017), “Teorema 21” (2016) e “O Filho” (2015), entre outros, tendo recebido por elas indicações nas principais premiações nacionais. Foi contemplado no prêmio Shell 2012 como melhor autor e finalista do Prêmio Aplauso Brasil. É doutorando pela ECA/USP e autor do romance “Manual da Destruição”. Encara, com suas peças, temas como religião, política e racismo no Brasil. Dramaturgias é um painel da dramaturgia brasileira contemporânea e suas inquietações. Série de podcasts em 13 programas gravados no Sesc Ipiranga em junho de 2018.
Dione Carlos é dramaturga, atriz e escritora. Neste episódio, ela analisa as questões do inconsciente e do encontro com o público no seu processo criativo e como o olhar para si e o olhar para o mundo se mesclam na sua obra. A dramaturga cursou Jornalismo na Universidade Metodista de São Paulo e estudou atuação na escola de teatro Globe-SP. Atuou como atriz na cia Teatro Promíscuo, de Renato Borghi e Élcio Nogueira. Formada em dramaturgia pela SP Escola de Teatro, desenvolve parcerias com companhias de teatro e colabora com textos para sites e revistas. Estreou com a peça “Sete”, na Cia Club Noir, sob a direção de Juliana Galdino, em 2011. É autora das peças “Oriki”, “Titio”, “Baquaqua”, “Sereias”, “Bonita” e “Mamute”. Atualmente é orientadora do Núcleo de Dramaturgia, da Escola Livre de Santo André-SP. Dione só se descobriu no teatro com quase 30 anos de idade. Ancestralidade e oralidade são componentes importantes da sua dramaturgia, focada nos temas do presente. Dramaturgias é um painel da dramaturgia brasileira contemporânea e suas inquietações. Série de podcasts em 13 programas gravados no Sesc Ipiranga em junho de 2018.
Emanuel Aragão é formado em Filosofia e Teatro e trabalha como roteirista, dramaturgo e ator. Neste episódio, ele comenta sobre a dramaturgia feita em cena com o público: cada plateia é um universo à parte. Já publicou um romance e está em processo de edição do segundo. Escreveu muitas peças de teatro e alguns roteiros para cinema e televisão. É autor das peças “nãotemnemnome”, “24por1” e da adaptação de “Hamlet – Processo de Revelação”, com a qual viajou pelo Brasil pelo projeto Palco Giratório. Ultimamente, tem tentado entender como é possível lidar com a escrita e a elaboração de sentido em mídias como o Instagram e o Youtube. Por mais estranho que isso pareça, até para ele. Dramaturgias é um painel da dramaturgia brasileira contemporânea e suas inquietações. Série de podcasts em 13 programas gravados no Sesc Ipiranga em junho de 2018.
Dramaturgo e encenador amazonense radicado em São Paulo, Francisco Carlos escreveu e dirigiu mais de quarenta espetáculos de sua autoria, além de shows, óperas, vídeos, performances, ações cênicas e atividades formativas até seu falecimento, em 2020. Neste episódio, ele evoca os temas de sua obra, antigos e novos colonialismos, antologias indígenas e periferias: da assombração ao sublime. No teatro, desenvolveu trabalhos em Manaus, Belém, Brasília e Rio de Janeiro, além de São Paulo. Estudou filosofia na Universidade do Amazonas (UFAM) e aplicou esses conhecimentos em processos de invenção de um teatro poético-míticofilosófico-etnográfico. Autor das peças “Banana Mecânica”, “Românticos da Idade Mídia” e “Jaguar Cibernético”, recebeu indicação ao prêmio Shell de melhor texto pela obra “Namorados da Catedral Bêbada”. Sua trajetória une as vivências na metrópole e na floresta, do animal e do humano, da encenação e da dramaturgia. Dramaturgias é um painel da dramaturgia brasileira contemporânea e suas inquietações. Série de podcasts em 13 programas gravados no Sesc Ipiranga em junho de 2018.
Grace Passô é diretora, dramaturga e atriz que trabalha em parceria com artistas e companhias teatrais brasileiras. Neste episódio, ela propõe a atuação como performance e escrever como necessidade de existir, criar uma língua no mundo. Dentre seus últimos trabalhos, dirigiu “Contrações” (Grupo3 de Teatro, SP), “Carne Moída” (com formandos da EAD/USP), “Os Bem Intencionados” (Grupo LUME, SP) e “Sarabanda” (a partir do último longa de Bergman). Fundou o Espanca!, grupo mineiro no qual permaneceu por dez anos, assinando a dramaturgia de espetáculos como “Marcha para Zenturo”, “Amores Surdos”, “Por Elise” e “Congresso Internacional do Medo”, sendo diretora dos dois últimos trabalhos. É autora de “Mata Teu Pai” e do solo “Vaga Carne” e teve trabalhos traduzidos para francês, inglês, espanhol, mandarim e polonês. Sua relação com a dramaturgia passa primordialmente pela sua vivência de atriz em cena e pela experiência de formação em grupos de teatro. Por meio de sua relação com os escritos de Bertolt Brecht, Grace se interessa em trazer à tona a dimensão social do teatro. Racismo, feminismo e xenofobia são questões que perpassam algumas de suas obras. Dramaturgias é um painel da dramaturgia brasileira contemporânea e suas inquietações. Série de podcasts em 13 programas gravados no Sesc Ipiranga em junho de 2018.
Jô Bilac é dramaturgo e roteirista. Neste episódio, ele explica que escreve para ser provocado e também para provocar o coletivo. O autor fala sobre dramaturgia e atravessamento político. É autor de “Conselho de Classe” (prêmio Cesgranrio, Shell, ACTR, e indicação ao APCA), “Savana Glacial” (prêmio Shell), “Fluxorama” (indicado ao APCA), “Beije minha lápide” (indicado a Shell, APTR, CesGranrio) e “Cachorro”. Teve textos encenados em Bogotá, Londres, Nova Iorque, Paris e Estocolmo. “Fluxorama” foi publicado pela Yale, nos Estados Unidos. Tem textos publicados na Suécia, Itália, França, Estados Unidos e Colômbia. Questões sociais, contextos urbanos e a opressão de mulher são centrais na sua dramaturgia. Jô se aproximou do teatro por entendê-lo como processo da palavra viva. Dramaturgias é um painel da dramaturgia brasileira contemporânea e suas inquietações. Série de podcasts em 13 programas gravados no Sesc Ipiranga em junho de 2018.
Michelle Ferreira é atriz, dramaturga, roteirista e diretora. Neste episódio, ela comenta que sua dramaturgia é marcada pela tentativa de imaginar outras vidas, outros mundos e falar com todos os públicos. Escrever é subverter a gravidade no conteúdo e na estética. Formada pela Escola de Arte Dramática e pela Faculdade de Ciências Sociais, ambas na Universidade de São Paulo, é pós-graduada em audiovisual. Foi integrante do Núcleo de Dramaturgia do CPT, com coordenação de Antunes Filho, por oito anos. Foi duas vezes finalista do Prêmio Luso-Brasileiro de Dramaturgia (em 2009, com “Reality Final” e, em 2011, com “Tem alguém que nos odeia”). Recebeu indicação ao prêmio Shell 2013 de melhor autora por “Os Adultos Estão na Sala”, ganhou o segundo lugar do Prêmio Heleny Guariba de Dramaturgia Feminina e foi uma das classificadas para o concurso Nova Dramaturgia Brasileira realizado pelo CCBB (com “Reality Final”). Assina também “Animais na Pista”. Tem doze peças escritas e encenadas por diretores como Cacá Carvalho, Hugo Possolo e Mário Bortolotto. A quebra de paradigmas entre feminino e masculino, gênero, identidade, relações contemporâneas e o flerte com o humor e com o terror são elementos importantes na sua obra. Dramaturgias é um painel da dramaturgia brasileira contemporânea e suas inquietações. Série de podcasts em 13 programas gravados no Sesc Ipiranga em junho de 2018.
Nascido em Recife, Newton Moreno é dramaturgo, ator, roteirista e diretor teatral. Neste episódio, ele diz que parte da ideia da personagem. Como ator, ele desenvolveu seu processo de escrita de dentro para fora da cena, guiado por eixos periféricos e fraturas do real
Formado em Artes Cênicas pela Unicamp, com mestrado e doutorado pela USP, é fundador da cia Os Fofos Encenam, onde dirigiu os espetáculos “Deus Sabia de Tudo e Não Fez Nada”, “Assombrações do Recife Velho”, “Memória da Cana” e “Terra de Santo”. É autor, dentre outros textos, de “Agreste” (prêmios Shell e APCA de melhor texto), “As Centenárias”, “A Refeição”, “Jacinta” e, mais recentemente, “Imortais” e “Justa”. Foi um dos dramaturgos brasileiros a fazer intercâmbio com a The Royal Court Theatre, em Londres, em 2005. Sexualidade, desejo e homoafetividade estão no cerne de sua dramaturgia, que surge a partir do contágio artístico com figuras populares e brincantes.
Dramaturgias é um painel da dramaturgia brasileira contemporânea e suas inquietações. Série de podcasts em 13 programas gravados no Sesc Ipiranga em junho de 2018.
Pedro Brício é dramaturgo, ator e diretor. Neste episódio, ele analisa como sua obra dialoga com a violência de expressão ou potência atômica, priorizando a relação com a realidade e as vozes silenciadas na sociedade. Pedro estudou Cinema na Universidade Federal Fluminense e fez Mestrado em Teatro na Uni-Rio. Cursou a Desmond Jones School of Mime (Londres), a Scuola Internazionalle dell’atore Comico (Itália), e a École Philippe Gaulier (Londres). Escreveu as peças “As palavras e as coisas”, “A Outra Cidade”, “Breu”, “Me salve, musical!”, “Trabalhos de amores quase perdidos”, “Cine-Teatro Limite”, “A Incrível Confeitaria do Sr. Pellica”, entre outras. Recebeu alguns dos principais prêmios do país pelo seu trabalho, como o Shell, Questão de Crítica, Contigo e APCA. Seu teatro transita pelo universo da memória, da fantasmagoria, da História e do passado, jogando com a mistura dos diferentes gêneros teatrais. Dramaturgias é um painel da dramaturgia brasileira contemporânea e suas inquietações. Série de podcasts em 13 programas gravados no Sesc Ipiranga em junho de 2018.
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