Domingos Lobo tem sido, na crítica literária em Portugal, uma voz única, pelos critérios, pelas leituras, pelas perspectivas. Na amplidão do seu trabalho, entre jornais e revistas, conferências e encontros vários, tem dado também ao Neo-Realismo a importância que esse movimento, sem paralelo na literatura portuguesa – pela fértil produção, pela relevância política, pelo legado histórico –, justifica, tanto mais quando, em regra, vem sendo mais ou menos paulatinamente ignorado.