das coisas que deixamos passar, por ferrugem, por canto de armário, por secura.

nomes apagados com água: onda vento nuvem cegueira perdão borracha fita corretiva delete memória tempo espaço

pôneis selvagens

Foi assim que tu acendeste a luz no começo dos tempos para espantar as asas hematófagas que te nasciam.

É sempre a busca do mesmo berço.

Há rosas que só abrem no sereno, quando (quase) ninguém vê. Mas elas existem.

Por tudo aquilo que deixamos esperando e vira cinza.

se um lar dentro de mim for desafio, de um barco o sal do céu olho o caminho/ de estrelas que só brilham se eu singrar.

Libidos e livros e lírios.

Texto criado na Oficina de escrita matinal , com Liana Ferraz a partir de foto de Hildegard Rosenthal.