O quanto nos conectamos genuinamente a nós mesmos para tomar uma atitude? É necessário que tentemos dioturnamente agir de forma consciente, conectando o nosso agir com o que pensamos e sentimos, para nos conectamos com o que verdadeiramente vive em nós e motiva nossas atitudes.

O bem e o mal no altruísmo

O egoísmo tem uma papel fundamental na evolução da humanidade, você já pensou sobre isso?  Ao longo da história da humanidade percebemos que a vida inicia em comunidade e o egoísmo faz com que o ser humano passe a tomar consciência de si como individualidade; toma consciência do EU, esse movimento nomeamos como individuação, mas qual o limite do egoísmo?

A luta do ser humano contra o mal ao longo da história da humanidade tem o mal colocado como algo externo, a partir da modernidade esse mal é identificado dentro de nós, o que nos traz uma necessidade de protagonismo individual e coletivo. A busca por uma ação no mundo de forma mais humana, solidária ou de compaixão é uma das tarefas mais presente para nós na atualidade.

A relação entre as pessoas pode traduzir o altruísmo e o egoísmo, quando há uma intenção na relação ou um objetivo para servir alguém, nesse caso não há relação pessoa a pessoa e sim uma relação pessoa coisa, ou seja, coisificamos alguém para que atinjamos um objetivo, aí está o egoísmo. É preciso estabelecer relações saudáveis e conscientes, onde ambas as pessoas tenham objetivos comuns que as unam para que haja palco para o altruísmo.

Todas as nossas atitudes diárias são pautadas por decisões que tomamos, mas a pergunta importante é: o que baseia cada decisão que tomamos? Ao fazermos essa pergunta tomamos consciência do que nos motiva, entendemos se usamos nossa sabedoria e força única e exclusivamente a serviço de nós mesmo ou dos grupos que atuamos. Assista o vídeo e veja o que ele te suscita sobre sua atuação no mundo!

A Escola do Altruísmo desenvolve as conversas internas e nos grupos de estudos tendo como pano de fundo o tripé: altruísmo, egoísmo e liberdade.  Entendendo que sempre o nosso julgar que está colocando as atitudes de outrem como altruísta ou egoísta e quando não julgamos podemos nos conectar com o real contexto da atitude tomada ou simplesmente respeitamos a escolha em tomá-la, reconhecendo a liberdade de quem era protagonista mesmo sem conhecer o contexto.

A liberdade é um tema bastante amplo e muito discutido de forma bastante filosófica e contraditoriamente corriqueira, já diria Cecília Meirelles: "Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda."  Mas é importante analisarmos e discutirmos a liberdade a partir do pensar, onde somos livres e devemos respeitar o pensar alheio, mesmo que muito divergente do nosso, mas presando pela fraternidade no agir, quando colocamos a liberdade no agir abrimos uma atuação muito perigosa no mundo.

Grupos são compostos por indivíduos que por sua vez buscam lideranças e assim como no desenvolvimento individual o egoísmo exacerbado atrapalha na relação liderança e liderados, criando uma relação de dependência que afeta a sanidade do grupo. E muitas vezes é diante desse cenário que um talento rompe com o grupo; com a organização por perceber quão dissonante é essa atuação do que individualmente almeja pra vida. Compartilha com a gente se você já passou por uma situação assim na sua jornada profissional, quais os aprendizados?

As tomadas de decisões em grupo nos trazem a ilusão do consenso, mas a prática nos mostra que após um encaminhamento muitas vezes surgem divergências fora desse espaço de decisão. Porque precisamos sempre acelerar os processos, não ouvimos genuinamente toda a equipe ou por que simplesmente as pessoas não se sentem à vontade de se manifestar. As mudanças culturais na atuação dos grupos, seja através de uma consultoria ou de um processo de desenvolvimento traz a possibilidade de consentimento, onde criamos um espaço de escuta e participação genuína reconhecemos que há discordância, mas há uma permissão para que o grupo encaminhe; avance e reavalie novamente depois de um tempo. Esse caminho traz ao grupo uma força de aprendizado muito grande, por que passa a existir essa egrégora de que o coletivo é importante para todas as pessoas e que todas as pessoas são importantes para o grupo.