Tudo começou na década de 1960, quando as leis dos Estados Unidos oprimiam e puniam os LGBTQIAPN+. As ações policiais em bares frequentados por essa população eram constantes. Em 28 de junho de 1969, os frequentadores do bar Stonewall Inn, em Nova Iorque, se uniram contra uma dessas abordagens, o que incentivou uma série de manifestações e confrontos.
A Rebelião de Stonewall, como ficou conhecida, é considerada o marco zero do movimento moderno pelos direitos humanos da comunidade LGBTQIAPN+. No ano seguinte, na mesma data, foi realizada a primeira marcha do Orgulho Gay, que comemorou as conquistas da comunidade.
Em terras brasileiras, a primeira parada do Orgulho aconteceu em 1997 na cidade de São Paulo e reuniu cerca de 2 mil pessoas. Atualmente, é considerada uma das maiores do mundo. A deste ano, ocorrida no dia 2 de junho, teve público estimado em 3 milhões de pessoas. No entanto, mais de uma década se passou até que os direitos dos LGBT fossem documentados e normatizados. Em 2009, o Brasil lançou o Programa Nacional de Direitos Humanos III, que trouxe Objetivos Estratégicos voltados para a promoção da cidadania da população LGBTQIAPN+, como “a garantia do respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero”, “acesso universal a um sistema de saúde de qualidade” e a elaboração de “políticas de prevenção da violência”.
Apesar do aparente avanço que o PNDH III traria em relação ao respeito e segurança das pessoas LGBTQIA+, nos 15 anos após a sua publicação a violência continuou atingindo essa parcela da população de forma intensa e ininterrupta.
Segundo o último Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o Espírito Santo foi o estado que registrou o maior aumento de homicídios de pessoas LGBTQIAPN+ em todo o país. O número de homicídios entre 2021 e 2022 aumentou 350%. Além disso, as ocorrências de homofobia ou transfobia passaram de 316 para 488, o que representa aumento de 54% no período.
Para conversar sobre a importância de celebrar o Orgulho LGBTQIAPN+ e seus desdobramentos para combater a homo e a transfobia e sensibilizar a sociedade quanto ao tema, convidamos a professora do Departamento de Letras da Ufes e ativista, Jeffa Santana.
ES Ouve tem edição de Eduardo Couto, texto e produção de Carol Boueri e apresentação e direção de jornalismo de Danieleh Coutinho.
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