nenhum sentimento existe sozinho e a felicidade não deve ser exceção. imagina criar expectativas sobre um momento feliz, só para chegar lá e perceber que poderá ser vivido com culpa, angústia ou até algumas tristezas. a vida adulta é uma permanente consciência das dificuldades do mundo, nossas e dos outros...talvez por isso seja melhor aceitar que a felicidade talvez tenha de coexistir com outras emoções.

a vida ensina, não é verdade? hoje falo sobre algumas coisas que aprendi sobre o amor e as relações. uma conversa entre amigos, como é costume aqui.

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o que é fútil? o que é raso? talvez as coisas menos profundas da vida sejam necessárias à felicidade e não necessariamente antagonistas de uma existência com propósito. nem tudo tem de simbolizar grande coisa, nem tudo serve um grande fim, e hoje falo sobre o que significa realmente ter gostos e hobbies "de valor questionável" para a sociedade, e como até estes conceitos mudam com os tempos.

comparação, a maior inimiga de todos os nossos planos e talvez a pior forma de nos distrairmos do nosso próprio caminho. é mais fácil pensar naquilo que o outro é ou tem, do que naquilo que precisamos de fazer para sermos mais nós. vamos tentar ter mais amor pela nossa realidade?

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há uns anos apercebi-me que tenho dificuldade em pedir ajuda. é um lugar solitário para se estar, por isso mergulhei nos porquês e percebi que vai ser um tema presente para o resto da vida.

com tantos desafios que temos de resolver na vida, ainda precisamos de procurar um equilíbrio entre o que queremos fazer e o que os outros esperam que façamos. caímos no receio de ser embaraçosos, parecer ridículos, quando talvez ser "cringe" seja o primeiro passo para autenticidade. até porque, se pensarmos bem nisso, quantas coisas não foram já vergonhosas e entretanto viraram moda ou tornaram-se socialmente aceites?

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a raiva faz parte da vida e talvez não estejamos habituados a conviver com ela. uma das nossas emoções principais e ainda assim a que gerimos pior. um desabafo sobre bloqueios e regulação emocional.

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quanto tempo já perdi à espera de ter as circunstâncias todas alinhadas para avançar com algo? quantos momentos já deixei escapar porque ainda não era a altura perfeita? a vida não para, e talvez por isso tenhamos de seguir mais as vontades e menos as circunstâncias, já que essas não controlamos.

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as pessoas já não se tornam famosas apenas por talento, as redes sociais fazem-nos querer estar presentes de forma compulsória e outras reflexões que me deixam inquieta. o habituée.

o que mais gostamos é de estar ocupados. sentir um propósito, ter objetivos, coisas para fazer. e na verdade, ensinaram-nos que tudo isto é sinónimo de uma vida com sentido. talvez por isso se tenha tornado assustador estar aborrecido. tenho estado mais atenta aos meus momentos vazios e tenho ideia de que quando me deixo estar, é quando coisas boas acontecem.

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