procrastinar é uma pedra no caminho de todos os humanos. tanta coisa para fazer, e ainda assim somos capazes de criar uma falsa utilidade em tarefas irrelevantes, para evitar as prioridades. não compreendemos bem a procrastinação, mas sabemos que que o fazemos. vamos tentar perceber porquê.

creio que já todos criámos expectativas sobre a alguém e acabámos desiludidos. o que é que acontece quando o nosso standard deixa de ser realista e passa a ser uma fasquia inantigível? como nos relacionamos quando começamos a exigir ao outro aquilo que é o nosso nível confortável de expectativa? acho que exigimos demais. eu exijo demais.

colar cabelos na parede do chuveiro, imaginar funerais ou pessoas nuas...vamos ter de reconhecer: as coisas que achamos que só nós é que fazemos, são feitas por muito mais pessoas.

almas e reencarnação, vidas noutros planetas e a história de como tentei reanimar um homem no banco de trás do meu carro. foi muita coisa hoje. demasiada? obrigada por enviarem perguntas e pelo amor habitual ehe.

voltei de marrocos a pensar no papel da religião na humanidade. para variar, não sei exatamente onde me posiciono, mas o meu contexto tem-me feito refletir.

parece que, para alguns, é preciso penar para usufruir de ser humano. eu pensava que bastava nascer, para se ter direito a viver. mas à partida, eu também não sou a pessoa indicada para definir esse conceito.

estamos cansados, com dificuldade em estabelecer limites entre trabalho e descanso e, no meu caso, às vezes esqueço-me de quem sou nos tempos livres. mas por algum motivo, ainda há algumas cabeças-de-alho-chocho que acham que a carreira é o cerne da existência.

esta descrição era a minha oportunidade de me redimir pela fraca articulação de pensamentos do episódio, mas acho que o título passa a mensagem. férias é bom, voluntariado é bom, nenhum deles precisa de romantizar e explorar a pobreza.

de repente há 49765 ferramentas de inteligência artificial à nossa disposição e entrámos todos num thriller, daqueles em que há aproximadamente zero pessoas que acreditam na sobrevivência do protagonista. mas não me parece que seja tudo assim tão linear, especialmente no que toca ao mundo da arte.

referências:

bella hadid - vogue, edição maio

projeto dada-data

the next rembrant

comecei a ler o livro "polysecure" da piscoterapeuta jessica fern e estava aqui a pensar. o poliamor, a poligamia, não são certamente para toda a gente, mas têm muitos pontos interessantes a desconstruir, bué pontos.