Share Estudando o Universo
Share to email
Share to Facebook
Share to X
By Eduardo Sousa
The podcast currently has 5 episodes available.
Neste episódio venho contar para vocês sobre as luas galileanas, em outras palavras, os satélites naturais de Júpiter que foram descobertos por Galileu Galilei. Nesse primeiro episódio trago um pouco da história sobre essa descoberta que causou uma grande revolução na ciência e no mundo.
O episódio contém duas partes. A primeira trata da história sobre a descoberta de Galileu e a segunda fala sobre algumas características das luas.
► Para ver mais conteúdos do Estudando o Universo visite o link a seguir https://www.flowcode.com/page/estudandoouniverso .
Transcrição parcial
No dia 7 de janeiro do ano de 1610, o astrônomo italiano Galileu Galilei observou as luas de Júpiter pela primeira vez utilizando seu telescópio caseiro, que foi aprimorado e projetado por ele mesmo.
Galileu notou três pontos de luz perto de Júpiter e acreditou, inicialmente, que eram estrelas distantes. Seus primeiros pensamentos foram de que se tratavam de 'estrelas fixas'. Ele também ficou intrigado com o fato de elas estarem "dispostas exatamente ao longo de uma linha reta e paralela à eclíptica", ou seja, todos os três objetos luminosos estavam perto de Júpiter e formavam uma linha reta.
[...] As supostas estrelas aparentemente realizaram um movimento na direção errada em relação às estrelas de fundo, permanecendo nas proximidades de Júpiter, mas mudando suas posições em relação umas às outras, e isso chamou a atenção de Galileu, que continuou suas observações durante a semana seguinte.
[...] Galileu, ao final, concluiu corretamente que elas não eram estrelas, mas corpos planetários que estavam em órbita ao redor de Júpiter, fornecendo fortes evidências em apoio ao sistema copernicano, mostrando que nem tudo girava em torno da Terra.
A nomeação inicial que Galileu pensou para dar aos satélites foi para reconhecer o patrocínio que ele recebeu de Cosimo II de Médici, o grão-duque da Toscana, a quem Galileu serviu como tutor de matemática no ano de 1605. As luas de Júpiter foram chamadas de "planetas mediceanos", em homenagem à família Médici. Cada um dos satélites recebeu o nome de seus patronos Médici e referiam-se às luas individuais de Júpiter, I, II, III e IV, numeradas de acordo com sua proximidade com o planeta.
[...]
Galileu publicou suas descobertas em março do ano de 1610, em um trabalho chamado de Sidereus Nuncius, que significa O mensageiro sideral e que foi o primeiro trabalho astronômico baseado em observações com telescópio. Na introdução do livro o autor diz: “grandes e surpreendentemente maravilhosas vistas… observadas por Galileo Galilei, patrício florentino e matemático público da Universidade de Pádua”.
Em 1614, cerca de quatro anos após a publicação de Sidereus Nuncius, o astrônomo alemão Simon Marius publicou seu trabalho Mundus Iovialis, no qual também falou sobre o planeta Júpiter e suas luas.
Simon Marius afirmou ter observado a lua de Júpiter já no final de novembro de 1609, cerca de cinco semanas antes de Galileu, e começou a registrar suas observações em janeiro de 1610, mais ou menos na mesma época em que Galileu estava fazendo suas observações pela primeira vez. No entanto, como Marius não publicou suas observações imediatamente, como Galileu havia feito, suas afirmações eram impossíveis de serem verificadas. Uma vez que o trabalho de Galileu era mais confiável e extenso, ele recebe o crédito pela descoberta. Apesar disso, foi graças a publicação de Marius que se utilizam os nomes das luas de Júpiter que estamos familiarizados nos dias atuais, seguindo a sugestão de Johannes Kepler de nomear os satélites com base em figuras mitológicas associadas a Júpiter: Io, Europa, Ganimedes e Calisto.
Um grande olá a você, amante da astronomia e do universo. Pra começar, utilize os fones de ouvido, se preferir, e prepare-se para ouvir o nosso podcast e desfrutar das curiosidades sobre o cosmos e da ciência que estuda ele.
Eu sou o Eduardo Sousa, criador do Estudando o Universo. A partir de hoje serei seu guia nessa jornada para conhecer um pouco mais sobre as coisas incríveis do universo e tudo o que é possível de ser encontrado nele.
Está preparado? Então vamos lá. Vamos estudar o universo.
Olá pessoas!
Esta é a chamada e apresentação do Estudando o Universo para acompanhar os conteúdos do nosso podcast. Em breve estaremos trazendo conteúdo de astronomia para vocês. Acompanhem nossos canais de podcast (escolha a sua plataforma preferida), nossos vídeos no YouTube (para aqueles que gostam de umas imagens) e nossas redes sociais.
Segue aqui o link para nossa flowpage para vc encontrar com mais facilidade as plataformas onde é possível acompanhar os conteúdos do EoU > https://flow.page/estudandoouniverso <.
Um grande abraço, e até mais!
Marte é o quarto planeta do sistema solar, contando a partir da proximidade com o Sol, e também um dos planetas rochosos da vizinhança, foi nomeado em homenagem ao deus da guerra romano. Também é muito conhecido como “O Planeta Vermelho” devido possuir uma coloração laranja-avermelhada, resultado da forte presença de ferro, o mesmo composto que dá a cor ao sangue e à ferrugem.
Nosso vizinho planetário, que desde os tempos mais antigos da humanidade desperta a atenção do ser humano, muitas vezes como indicativo de um mau presságio, também já foi retratado diversas vezes nas telonas dos cinemas como sendo o lar dos hipotéticos extraterrestres ou civilizações inteligentes. Um verdadeiro palco de muitas aventuras sci-fi, como no filme Perdido em Marte e John Carter, dentre outros títulos.
Devido à essa proximidade com a Terra, e mesmo pela própria curiosidade do ser humano, ao longo dos anos foram feitos estudos sobre nosso vizinho. Será que é possível Marte abrigar vida? O planeta já foi parecido com a Terra durante algum período de sua existência? Como é o solo e a atmosfera marciana? Essas e outras questões vêm sendo respondidas através de diversas pesquisas e de resultados de missões enviadas ao planeta vermelho.
Bom, e para aumentar a lista de missões que irão ajudar a compreender esse vizinho cósmico, apresentamos nesse episódio 3 missões que irão explorar Marte ainda neste ano de 2021.
As fontes para a produção desse episódio foram:
Em 21 de março, o asteroide 2001 FO32 vai passar pela Terra, se movendo em um ritmo tão rápido que os observadores usando seus telescópios poderão detectar seu movimento em tempo real.
O asteroide 2001 FO32, que foi descoberto em 23 de março de 2001, pelo LINEAR, sigla em inglês para Lincoln Near-Earth Asteroid Research, tem cerca de 1 km de diâmetro e está viajando com uma velocidade de 123.887 km/h ou 34,4 km/s.
Mas não se preocupem, a órbita deste asteroide é bem conhecida e apesar de ser considerado um asteroide potencialmente perigoso ele não está oferecendo riscos para nosso planeta.
A máxima aproximação desse asteroide em relação à Terra ocorrerá às 13 horas e 03 minutos, quando o asteroide 2001 FO32 estará a uma distância de 2.016.351 km, que é um pouquinho maior que 5 vezes a distância entre a Terra e a Lua.
2001 FO32 orbita o Sol a cada 810 dias, equivalente a 2,22 anos. Seu afélio, ou seja, a distância mais afastada em relação ao Sol, é de 3,11 UA (unidades astronômicas) e seu periélio, ou seja, a sua máxima aproximação em relação ao Sol, é de 0,30 UA.
Além disso sua órbita é altamente elíptica.
Uma elipse possui valores de excentricidade, ou “achatamento”, por assim dizer, entre 0 e 1. Quanto mais próximo do 0 mais se parece com uma circunferência. Quanto mais próximo de 1, mais elipsado é a órbita. 2001 FO32 possui uma excentricidade igual a 0,8261.
Um aspecto fascinante dos asteroides é que os observadores usando telescópios de quintal podem identificá-los como rastros de luz aparentemente lentos. Normalmente levam poucos minutos para que usuários de telescópio em casa detectem o movimento na frente de seu campo estelar.
O asteroide 2001 FO32 estará passando pela Terra em um ritmo tão rápido que, quando estiver mais próximo, os observadores com telescópios de 200mm ou mais poderão detectar seu movimento em tempo real, mas não será visto a olho nu. Caso queira observar com seu telescópio é interessante usar simuladores do céu e localizar onde será a passagem do asteroide.
A próxima aproximação deste asteroide com nosso planeta ocorrerá em 31 anos, em 22 de março de 2052, porém a passagem de 2021 será a mais próxima pelos próximos 200 anos para os quais sua órbita foi calculada.
Se você gostou desse conteúdo corre lá no nosso Instagram ou Facebook e nos conte o que achou. Não se esqueça de compartilhar para seus amigos nas suas redes sociais, combinado? Valeu e até a próxima!
Fontes utilizadas para esse episódio:
1. https://earthsky.org/astronomy-essentials/asteroid-2001-fo32-big-fast-pass-near-earth-2021
2. https://www.spacereference.org/asteroid/231937-2001-fo32
The podcast currently has 5 episodes available.