Uma vida longa, saudável e com direitos assegurados deveria estar ao alcance de todas as pessoas e criar condições para que isso ocorra é um dever de toda a sociedade. O relatório World Population Prospects 2022, lançado nesta segunda-feira (11) pela ONU, reforça os dados sobre o acelerado envelhecimento da população brasileira. Enquanto em 1950 só 2,4% dos brasileiros tinham mais de 65 anos, esse número chega a 10% em 2022.
Campinas possui mais de 1 milhão de habitantes e uma população idosa próxima a 160 mil pessoas, segundo pesquisa da Fundação Seade. A pandemia acendeu um alerta sobre a violência contra a pessoa idosa, que registrou aumento de notificações e denúncias durante o isolamento social. Diante deste cenário, a prefeitura de Campinas lançou a campanha Idadismo: em Campinas o preconceito com idade não tem vez, que tem ações programadas até o final do ano.
"A violência contra a pessoa idosa tem dois pontos primordiais: é uma violência doméstica e cometida, em 90% dos casos, pelos próprios filhos, filhas e esposo – e 70% das vítimas são mulheres", afirma Karla Borghi, da coordenadoria de políticas públicas para as pessoas idosas, da Secretaria de Assistência Social, Pessoas com Deficiência e Direitos Humanos, de Campinas.
Ela é a convidada deste podcast para conversar sobre o tema. "Quando você começa a fazer rodas de conversa, explicar e falar dos direitos da pessoa idosa você percebe as muitas falsas verdades naturalizadas na sociedade sobre o envelhecimento", aponta Karla, destacando a importância de desconstruir estereótipos. Assista! Apresentação de Natália Rangel.