Apesar de ainda ser muito cedo para “cravar verdades em pedra”, a quarta rodada do Campeonato Brasileiro trouxe algumas situações interessantes.
Em primeiro lugar, a inesperada liderança da Chapecoense que, após a vitória/revanche contra o Cruzeiro ontem, assumiu a ponta da tabela ao lado do Corinthians que, derrotou o Santos na Arena Itaquera no Sábado, chegou aos mesmos 10 pontos e ajudou na demissão do técnico Dorival Júnior.
Em segundo lugar – e mantendo o gancho do líderes – Chape e Corinthians, ao lado do Flamengo que empatou mais uma vez, são os únicos times invictos na quarta rodada do Brasileirão. A diferença é que enquanto os líderes, com um aproveitamento de 83,3%, ganharam 10 dos 12 pontos disputados – e, curiosamente o “1” ponto veio do empate entre ambos na rodada de abertura –, o Mengão faturou apenas 6 dos 12 pontos disputados (aproveitamento de 50%). Uma invencibilidade que deixa o time da Gávea a 4 pontos dos líderes, o que é muito para um time que, acreditava-se no início do campeonato, disputaria o título.
Muito mas não tanto quanto a nossa terceira situação de interesse: Palmeiras e Atlético-MG. Dois times apontados como os melhores elencos, grandes estruturas, favoritos ao título, mas que não embalam no Brasileirão. O empate em 0 a 0 entre ambos no último domingo foi ruim para as duas equipes que agora precisam correr atrás de uma diferença de 7 (Atlético-MG) e 6 pontos (Palmeiras) para os líderes. Pouco, sim, mas, no confronto direto o Palmeiras, por exemplo, perdeu a chance de tomar pontos da Chapecoense. E no que diz respeito ao futebol apresentado, os dois times estão jogando muito abaixo do que podem (o Galo, pelo menos, está jogando melhor na Libertadores e na Copa do Brasil – o Palmeiras, nem isso).
Vale prestar atenção também ao fato de que Grêmio, Coritiba e Fluminense não são líderes com 100% de aproveitamento por conta de pequenos deslizes: o Grêmio, num risco calculado, escalou um time de reservas na terceira rodada e perdeu para o Sport num jogão de 7 gols; o Coritiba desperdiçou um caminhão de gols contra o Santos na segunda rodada e perdeu o jogo por 1 a 0 e o Fluminense foi surpreendido pelo Vasco na terceira rodada e tomou um inesperado 3 a 2 em São Januário.
Em seguida temos ali Ponte Preta, Botafogo e Cruzeiro no “bloco dos 7 pontos” (todos com 2 vitórias, 1 empate e 1 derrota), seguidos pelo “bloco dos 50%” que tem o São Paulo – que de novo fez um partida medonha no final de semana – na liderança. Vasco e Flamengo vêm logo atrás nos critérios de desempate.
Abaixo deles, temos o “bloco dos 4 pontos” onde o Palmeiras vem escoltado pelo Avaí e pelo Sport – que, diga-se, perdeu para os catarinenses no final de semana.
Daí pra baixo começa o desespero, nesta ordem: Bahia (que ainda joga hoje contra o Atlético-GO), Santos, o favorito Atlético-MG, Vitória, Atlético-PR e Atlético-GO. Se o campeonato terminasse hoje, não teríamos nenhum “atlético” em 2018: estariam os três rebaixados ao lado do Vitória.
É claro que é muito cedo para se dizer qualquer coisa. É apenas a quarta rodada e, só para citar um exemplo, ano passado o Internacional estava no alto do tabela a esta altura do Brasileirão e terminou como terminou.
Palpites
Posições na tabela à parte, meu score pessoal de palpites melhorou muito e, faltando apenas o jogo entre Bahia e Atlético-GO (hoje as 20h), posso afirmar que fui muito bem:
• Acertei o time vencedor (ou empate) em seis jogos: Coritiba x Atlético-PR, Fluminense x Vitória, Corinthians x Santos, Flamengo x Botafogo, Grêmio x Vasco (acerto do placar também) e Ponte Preta x São Paulo – se o Bahia ganhar a partida de hoje, terei um score de sete acertos em dez possíveis.
• Errei com Cruzeiro x Chapecoense (mas este eu até gostei de ter errado, a Chape merecia a vitória desde a última quinta-feira pela Copa do Brasil), Avaí x Sport e Palmeiras x Atlético-MG.