Ensaísta Paula Sibilia constrói rico panorama crítico e reflexivo sobre a fábrica virtual de si mesmo, resultante das mutações de subjetividades e eclosão de novos hábitos do século XXI. Nos faz compreender o sucesso nas redes sociais do show do EU e do imperativo da intimidade como espetáculo.

Filósofo sul-coreano nos traz reflexão sobre as relações contemporâneas e suas implicações subjetivas e/ou simbólicas. Apresenta o mundo on-line como o novo totalitarismo e o LIKE como espécie de analgésico da sociedade do desempenho. A ideia central da obra é mostrar que a obsessão pela própria imagem faz com que o OUTRO desapareça.

Pesquisadora Joana Novaes constrói valiosas reflexões sobre a relação das mulheres e seus corpos. Aponta teias e camadas simbólicas que envolvem a história dos corpos diante das mutações de olhares em variadas épocas. Traz o agravamento da obsessão pela busca do corpo pefeito e pela juventude em nossa sociedade, vista nas relações entre sujeitos sobretudo via redes sociais.

O ator Bayard Tonelli, um dos fundadores do grupo Dzi Croquettes, faz importante balanço da contexto e percurso do mesmo. Fala do lugar transgressor do grupo em meio ao período de maior repressão politica e vigilância às artes impostas pela ditadura militar em tempos sombrios de vigência do AI-5.

Neste episódio construímos importante resumo sobre o legado de Bezerra da Silva, que sempre foi reconhecido por nós como o punk do samba por conta de sua discursividade incomum diante do que esperavam de um sambista originário das periferias cariocas. Seu legado, seus poderosos Lps e canções merecem valorização e lugar de destaque, pelo de representarem resistência e arte feita nas periferias em contextos repletos de particularidades.

Neste episódio são construídas reflexões sobre particularidades do racismo no Brasil a partir de necessária historicização. Esta que identifica silenciamentos e produções discursivas sobre o negro no Brasil ao longo dos séculos. Abordamos também a mazela racista na contemporaneidade, que prevalece a partir da dificuldade de parcelas de nossa sociedade, que não conseguem reconhecer o negro no lugar de cidadão.

Neste episódio construímos reflexões sobre as particulares do racismo no Brasil a partir de importante historicização. Esta que reconhece os silenciamentos e produções discursivas sobre o negro no Brasil ao longo dos séculos. Abordamos também a mazela racista na contemporaneidade que prevalece a partir da dificuldade de parcelas de nossa sociedade em reconhecer o negro como cidadão.

O vocalista/guitarrista/letrista da banda Dorsal Atlântica fala das singularidades da trajetória (desde 1981) e de como procurou se reinventar como artista nas últimas décadas. Lopes traz com muita ênfase a conotação politica de sua arte ("guerrilha por liberdade"...), faz apontamentos sobre a cena Metal atual. Também traz reflexões sobre as variadas e desafiantes intempéries da contemporaneidade, a partir do retorno (24 anos longe dos palcos) da banda em recente show no Circo Voador (RJ) junto com Sepultura.

Psicanalista Gilberto Souza traz reflexões sobre as particularidades do racismo estrutural no Brasil. E ainda pontuações sobre as dinâmicas psíquicas numa atmosfera racista em que a dor não tem espaço para nomeação, representação diante desmentido que sustenta o mito da democracia racial.

Historiador Paulo César Araújo traz relevante pesquisa (livro 'Eu não sou cachorro não' lançado em 2002) sobre a relação dos cantores considerados "cafonas" durante a ditadura militar (mais precisamente o tempo de vigência do AI-5) que também foram censurados e vigiados pelos órgãos e repressão. Mesmo assim tratados como irrelevantes historicamente e pouco citados em publicações sobre a censura do período, não tendo suas músicas consideradas como forma de resistência à ditadura militar.