Mulheres não têm mais direitos. Escravidão, trabalhos forçados, violências sexuais, torturas, justiça com as próprias mãos, traição de gênero: tudo isso agora é normal e dita como a sociedade vai ser regida. A Constituição é a Bíblia, o vermelho simboliza as Aias, o azul, as Esposas, o preto, os Comandantes. Não há liberdade nem escolhas. Isto é Gilead, a teocracia que se instaura no que antes fora os Estados Unidos da América. É aqui que vive - ou sobrevive - Ofred, quem antes fora June. Quem antes fora mãe, filha, esposa, amiga, trabalhadora, estudante. Quem agora é uma Aia, construída sob a opressão para servir de incubadora para o nascimento de crianças. É isso tudo que ela tem que enfrentar. Essa é a obra distópica que estaremos falando no Livro do Mês de Fevereiro: O Conto da Aia, de Margaret Atwood. Dá play e vem quebrar a cabeça com a gente tentando entender as controvérsias de Gilead - e de nós mesmos, na sociedade em que vivemos.