O tema deste quarto episódio é outro livro: “As flores do Mal”, de Charles Baudelaire, em homenagem aos 200 anos de nascimento do poeta francês. A II Festa Digital do Livro, da Fundaj, traz rica "palestra" de um dos mais renomados especialistas da obra de Baudelaire no Brasil: Gilles Jean Abes, professor do Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras (da área do Francês) e da Pós-Graduação em Estudos da Tradução na Universidade Federal de Santa Catarina.
Giles pesquisa a obra de Baudelaire, sobretudo a correspondência do poeta, que o professor vem traduzindo. Nessa apresentação, ele mostra aspectos polêmicos, ainda hoje, do livro publicado pela primeira vez em 1857, e avalia seus contrastes estéticos, relacionando poemas como “Carniça” e “A serpente que dança”.
O poema é lido por Luciana Calado Deplagne, professora de Literatura na Universidade Federal da Paraíba, tradutora e coordenadora do grupo Christine de Pizan, que desenvolve pesquisa em crítica feminista e obras de escritoras medievais.
Ainda no reino da poesia, o poeta e cronista Samarone Lima comenta a obra do poeta argentino Juan Gelman e explica por que todos deveriam ler sua obra.
O contista Marcelino Freire, Prêmio Jabuti de Literatura, comenta o livro que o tem marcado muito nesses tempos de isolamento: “Eu”, de Augusto dos Anjos, e nos aponta os seus contrastes.
O cronista recifense Antônio Maria é trazido à cena neste episódio, não somente para comemorarmos seu centenário de nascimento, nesta II Festa Digital do Livro, mas para comentar, em crônica (sua especialidade), os impactos da publicação de outro livro importante: “Le petit prince”, de Saint- Exupéry. Na deliciosa crônica “O pequeno príncipe”, lida pelo ator e diretor teatral Manoel Constantino, o ouvinte poderá entrar em contato com a inteligência e bom humor de Antônio Maria, um dos maiores cronistas do país, morto em 1964.
Para fechar este episódio no mundo da crônica, convidamos Ignácio de Loyola Brandão, da Academia Brasileira de Letras, para comentar a literatura mundial, e como, em especial a americana, foi importante para sua formação como leitor e escritor. Em “Livros inesquecíveis”, Loylola mostra porque o americano F. Scott Fitzgerald é grandioso e porque é mesmo grande “O grande Gatby”, que teve sua primeira publicação em um abril como este, de 1925.