Eventos dos últimos dias trouxeram preocupação para os cenários econômicos mundial e brasileiro. No Oriente Médio, o ataque do Irã a Israel, apesar de menos destrutivo que o previsto, reforça a pressão sobre o preço do petróleo, com todos os impactos ligados à commodity.

No Brasil, a alteração na meta fiscal do governo federal para os próximos anos prejudica a confiança dos investidores na estabilidade da economia nacional.

Confira a análise do economista-chefe da FIESC, Pablo Bittencourt, sobre a articulação entre esses eventos e seus efeitos práticos.

O economista-chefe da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Pablo Bittencourt, em sua análise semanal do cenário econômico brasileiro, avalia que mesmo os dados positivos da economia brasileira são insuficientes para uma melhor perspectiva de crescimento futuro, dada a conjuntura ruim dos Estados Unidos. "É o custo de ser uma economia pequena, em desenvolvimento", salienta.

Além disso, Bittencourt avalia os dados recentes de atividade industrial e aponta suas expectativas.

Índices de inflação mostram bons resultados no Brasil, com desaceleração de indicadores. Apesar da queda da atividade industrial de fevereiro de 0,3% frente a janeiro, os setores de bens de consumo duráveis e bens de capital continuam num processo cíclico de recuperação, como esperado.

Confira a análise do economista do Observatório FIESC Arthur Della Vecchia sobre o emprego industrial em Santa Catarina.

A atividade industrial catarinense cresceu em janeiro, refletindo o bom desempenho dos setores mais sensíveis à taxa de juros. Segmentos exportadores também contribuíram para o resultado, na avaliação da economista do Observatório FIESC, Camila Morais.

Divulgada nesta terça (26), a ata do Copom confirma o cenário de incertezas para as próximas reuniões de definição da taxa Selic. Além dos dados inflação e mercado de trabalho, o documento cita a dinâmica global de desinflação, que está mais lenta que o previsto.

Para o economista-chefe da FIESC, Pablo Bittencourt, a ata confirma uma possível desaceleração no ritmo de queda da taxa básica brasileira.

Ele analisa ainda o IPCA-15, também divulgado nesta terça. Apesar de um pouco acima do previsto no geral, Bittencourt destaca que o índice mostra desaceleração de importantes núcleos de inflação.

Para o economista-chefe da FIESC, Pablo Bittencourt, o ritmo de queda da Selic deve ser reduzido, com o Copom prestando mais atenção aos indicadores de inflação, inclusive no exterior.

Dados mostram que a economia brasileira começou 2024 significativamente mais acelerada que o esperado. Especialmente nos indicadores de emprego, vendas e IBC-Br, que é conhecido como "prévia do PIB".

O economista-chefe da FIESC, Pablo Bittencourt, analisa os possíveis desdobramentos desse desempenho no ritmo de queda da taxa básica de juros e projeta quais setores da indústria devem se destacar ao longo do ano.

O economista-chefe da FIESC, Pablo Bittencourt, explica ajuste que motivou queda da produção industrial catarinense em janeiro, em relação ao mês de dezembro de 2023.

A semana começa com os dados de inflação no Brasil e nos EUA. Para o economista-chefe da FIESC, Pablo Bittencourt, o número brasileiro traz otimismo, já que o setor de serviços, que vinha com altas elevadas, dá sinais de aceleração. Porém, nos EUA, o emprego, e o próprio setor de serviços, seguem em alta e devem retardar a queda dos juros por lá. Com isso, o piso para a Selic acaba se elevando. Confira a análise completa.