Em 1795, na França, em meio a um cenário político conturbado, é preso Jean Valjean, um jardineiro que, ao não conseguir dinheiro suficiente para sustentar sua irmã e seus sete filhos, rouba um pão na esperança de alimentar, no mínimo, as crianças. Condenado a 5 anos de trabalho forçado nas galés, Valjean se vê em um ambiente miserável, sem nenhum tipo de direito e perdido em seus próprios pensamentos por começar a duvidar de si mesmo. Depois de algumas tentativas de fuga e rebelião, o jardineiro é condenado a 19 anos de prisão, saindo de lá sem nenhum tipo de amparo ou conhecimento do que deveria fazer a seguir. Sem esperança sobre seu futuro, Valjean começa seu auto julgamento, reconhecendo que foi uma pena injusta por apenas um pedaço de pão, colocando-a assim como algo feroz e excessivo. Além disso, reconhece também que a sociedade possui uma grande culpa pelos fatos que se passaram, o que faz com que ele a condene por todos os problemas em sua vida. Durante sua vida, todos os anos de encarceramento o perseguiram. Seja por não ter tido assistência ou por não ter conseguido ajudar sua família, Valjean passou dos seus 50 anos pensando sobre as galés, sobre como foi tratado lá dentro e o que poderia ter sido diferente, e essa é a questão, o que poderia ter sido diferente da vida de Valjean se ele tivesse todos os seus direitos dentro da prisão e até mesmo fora dela?
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