Eric Hobsbawm em A era dos extremos (1995) chamou o século XX de breve - o breve século XX. Recortando seu início em 1914 (com o prolongamento do século XIX) e encerrando o século XX no ano de 1991 (antecipando o século XXI). Tal operação historiográfica decorreu dos eventos que ocorreram durante o século XX, mas por duas compreensões de fundo: o horror da guerra - em contraposição ao fracasso da civilização do século XIX (e assim poderíamos estabelecer uma paralelo maior com Euclides da Cunha: progredir ou desaparecer?); e uma outra compreensão que é a da rápida perda da memória desses horrores (é nesta percepção que se aproxima de Zygmunt Bauman como uma chave para compreender o tempo presente), entre a geração dele (Hobsbawm) e a do presente vivido (geração de 1990) o horror da guerra se esvaia das lembranças permitindo um germinar das ideologias radicais que levaram a desumanização e ao horror do século marcado pelas 1ª, 2ª e tantas outras guerras... Neste sentido a leitura do Diário de Anne Frank é obrigatório, assim como a apreciação lenta da obra de Coppola e a problematização do tema Guerra na cultura pop dos HQ's.