UMA PALHAÇADA DE NATAL
Por Alexfábio Custódio
Uma produção especial de Los Nachos & À Deriva
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NARRADOR: Olá meninos e meninas, sejam muito bem-vindos. Como vocês já devem imaginar, eu sou o titio Serginho Moro, famoso por histórias como “Ouvindo Dilminha ao telefone”, e “Um lava jato muito louco”, entre outros sucessos. Enfim, hoje eu vim aqui pra compartilhar com vocês um conto natalino muito bonito intitulado “UMA PALHAÇADA DE NATAL”. Vamos lá.
INTRODUÇÃO
[musiquinha de começo de história infantil natalina]
NARRADOR: Era uma vez uma poderosa empresa chamada Nachos Corp. Ela era comandada temporariamente por um executivo intransigente e grosseiro chamado Erik, sujeito que possuía o péssimo costume de usar táticas ardis e truculentas para conseguir seus objetivos no mundo dos negócios.
NARRADOR: Certa feita, numa linda noite de natal, seus membros fundadores estavam reunidos no quadragésimo segundo andar do prédio, discutindo os próximos passos da dominação… digo, dos empreendimentos da corporação.
ERIK: Bem, senhores, precisamos de pautas para os próximos episódios do Los Nachos. Alguém tem alguma sugestão que ainda não tenha sido usada, pra variar?
ALEX: Que tal Yu Yu hakusho e a sua dublagem?
JOÃO: Podia ser sobre NachoFLIX, mas tem que ver o dia, porque vou viajar!
RODRIGO: Que tal a vida fascinante das capivaras?
CASTILHO: Que tal chamar a menina do podcast feminino e o pastor doce e fazer um feliz episódio de Natal?
NARRADOR: Erik, que estava folheando uma história em quadrinhos, interrompeu o colega com um tapa na mesa, e gritou:
ERIK: Quem de vocês disse isso? Castilho ou Castilho da Terra 2?
CASTILHO: Ele!
CASTILHO: Não, foi ele!
ERIK: Não importa, tirem esses dois daqui agora.
NARRADOR: Nesse momento, dois seguranças entraram e arremessaram os dois Castilhos por uma das janelas do prédio. Mas não se preocupem, crianças, eles estão bem. Só caíram num caminhão de farinha que estava estacionado lá embaixo.
NARRADOR: De volta à sala de reuniões, Erik falou aos demais companheiros:
ERIK: Que sirva de lição para aqueles que tentarem colocar feministas e comunistas no Los Nachos. Onde já se viu? Continuem pensando em temas para episódios e em como destruir o host do Filminhos com Macaxeira. Agora me deixem sozinho, preciso garantir uns ranks no Overwatch.
NARRADOR: Um dos integrantes permaneceu na sala após a saída do demais. Ele se aproximou do líder que contemplava a cidade pelas largas janelas do ambiente. Com um tom de pesar na voz ele perguntou:
ALEX: Erik, quando vamos falar sobre o Tuller? Você não toca no nome dele desde que ele partiu…
ERIK: E vou continuar não falando! Esse cara está morto e enterrado, e já foi tarde. Agora vá, tem um cara jogando de Hanzo no ataque, e eu preciso resolver.
NARRADOR: Nesse momento, enquanto o jogo carregava, o desagradável aspirante a gênio do mal começou a viajar em seus pensamentos, considerando quantos twites rancorosos e irônicos ele ainda poderia soltar naquela noite sem ser pego na malha fina. É então assim que, tomado por uma enorme fadiga criativa, ele acabou pegando no sono, ali mesmo na sala de reuniões.
PRIMEIRA PARTE: TRAIDORZINHO
[Musiquinha de sonho, talvez a trilha de Interstellar em fadeout]
NARRADOR: Uma sensação de incômodo o acordou. Uma luz insistia em piscar diretamente em direção aos seus olhos. Logo ele percebeu que essa luz não era do ambiente do prédio, mas que vinha do céu estrelado. A luz de uma estrela em particular, que piscava cada vez mais forte, até seu brilho criar uma escada de luz, da qual desceu uma pessoa que nosso protagonista gostaria muito de esquecer.
ERIK: Tuller? O que você está fazendo aqui?
TULLER: Precisamos conversar Erik, suas atitudes estão te levando para um caminho s...