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By Canal Manifesto
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The podcast currently has 13 episodes available.
No décimo episódio do Manifesto, a Cristiane Betanho, que é professora da Universidade Federal de Uberlândia, e o José Rubens Laureano, que é agricultor e membro da Cooperativa COOPERSAFRA, incubada pelo Centro de Incubação de Empreedimentos Populares Solidários da UFU, que ela coordena, contaram um pouco da sua história de encontro entre a universidade pública e os movimentos de luta pela terra e cooperativismo no campo.
As diversas experiências de economia popular solidária buscam realizar a solidariedade na prática, exercitando já no presente, e a partir de necessidades imediatas, formas livres e coletivas de trabalhar e viver, que apontam para uma transformação profunda do futuro. Um caminho, é claro, permeado por inúmeras dificuldades impostas e desafios internos, que se enfrentam na medida em que se caminha.
Faz sentido então avaliar (e reduzir) a economia popular solidária com a régua do crescimento, da eficiência ou da produtividade capitalista? Na verdade, as economias solidárias são oposição ao capitalismo, partem de outros pressupostos e almejam outros resultados, que vão além da economia e da produção em si: construir outras formas de sociabilidade.
Site do CIEPS/PROEXC/UFU: http://www.cieps.proexc.ufu.br
Feirinha Solidária da UFU: https://www.facebook.com/feirinhasolidariaufu/
Dá pra falar em igualdade, democracia e principalmente em socialismo sem levarmos a serio que o trabalho assalariado (o emprego) é o lugar da subordinação, da alienação e da exploração? E sem lutarmos pelo controle coletivo dos meios de produção e por relações de trabalho associativas e horizontais? Convidamos para essa conversa o Egeu Esteves, que é psicólogo, professor do Instituto das Cidades na Unifesp e faz parte do projeto Universidade Aberta à Economia Solidária (UAES). Pra ele, quem defende a geração de empregos acaba defendendo o capitalismo. É isso que queremos?
No nono episódio do Manifesto, conversamos sobre os problemas do trabalho assalariado e da sociedade salarial, sobre a urgência de pensarmos fora da caixinha em que emprego ou informalidade são os únicos jeitos de trabalhar, e principalmente sobre o trabalho associativo e autogerido como alternativa real. Os vínculos associativos de trabalho e de produção já existem e pautá-los precisa ser uma questão central nas nossas lutas. A história da Metalcoop, uma antiga fábrica de armas recuperada e assumida por trabalhadores que decidiram parar de fabricar bombas, é um dos exemplos de que é possível.
Canal da Universidade Aberta à Economia Solidária (UAES): https://bityli.com/6FPsA4
Texto do Egeu, sobre emprego versus trabalho associado: https://bityli.com/zFmo2a
Justa Trama: https://bityli.com/w0Vi49
O desenvolvimento e o crescimento econômico são mantras do nosso tempo. Ideias vistas como inquestionáveis, supostamente objetivos únicos para todos. O Flávio José Rocha, que é mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela UFPB e Doutor em Ciências Sociais pela PUC-SP e estuda os grandes projetos de infraestrutura e gestão da água, é uma das pessoas que estão pondo em xeque esse discurso. Que impactos sociais, econômicos e ambientais essas ideias têm provocado? A história econômica contada a partir das razões do capitalismo e da modernidade ocidental é a única narrativa possível?
No primeiro episódio da segunda temporada, nosso papo foi como um ponto de partida pros que vêm na sequência. As lutas por um mundo realmente igualitário e sustentável precisam questionar e desmontar o mantra do desenvolvimento e construir outras economias, diversas, a partir dos lugares e de outras lógicas de pensamento: lógicas de envolvimento.
Texto do Flávio, sobre o conceito de desenvolvimento do antropólogo Arturo Escobar: https://cutt.ly/ec9Vl0j
Observatório da Privatização da Água (OPA): https://cutt.ly/Rc9BPL8
Documentário "Refugiados do Desenvolvimento": https://cutt.ly/Mc9ViAY
Animação boliviana "Abuela Grillo": https://cutt.ly/yc9BCtA
Projeto de Lei Mercado da Água (PL 495/2017): https://cutt.ly/wc9VdmD
No último episódio da primeira temporada, conversamos sobre armas com o Jorge Rodrigues, que é mestre em Relações Internacionais, pesquisa a ascensão do bolsonarismo no Brasil e a participação dos militares no governo, e faz parte do Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional (GEDES), do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social e do Projeto Brasil Popular.
Relembrando a temporada, nosso debate de segurança não pode estar separado de um olhar de classe, raça e gênero, e com as armas não é diferente. Olhando com essas três lentes, discutimos como o projeto de armamento civil encampado por Bolsonaro é um projeto individualista, que não será capaz de enfrentar os problemas de insegurança urbana, e voltado para as classes mais ricas e para os homens brancos, que desejam e têm condições financeiras de acessar uma arma legalizada.
A maior parte da esquerda tem tentado obstruir esse projeto, porque sabe que ele é uma ilusão, e mais que isso, sabe que é um projeto de morte, que aprofundará muitas das formas de violência estrutural no nosso país.
Mas as mesmas lentes de classe, raça e gênero, também mostram os limites da posição de esquerda que é contra o armamento civil e defende que a segurança pública é um papel do Estado. Do Estado burguês, patriarcal e racista, que tanto temos falado aqui, e da sua polícia e seu sistema de justiça, que matam e encarceram pobres e pretos. Essa não é outra ilusão?
Como enfrentar essa contradição? Como o debate da esquerda pode buscar alternativas à segurança pública dirigida pelo Estado? Não deveríamos entender a violência como estruturante da sociedade, ao invés de ingenuamente negá-la? Concordando ou não, o olhar histórico da esquerda para a violência e as armas nas lutas coletivas e revoluções pode contribuir para a realidade de hoje?
Texto do Lênin, A Palavra de Ordem do “Desarmamento”: https://cutt.ly/VhAdLWe
Pesquisa do Datafolha sobre posse de armas: https://cutt.ly/NhAs6bd
Twitter do Jorge: https://twitter.com/JorgRodrigues
O encarceramento em massa apareceu em quase todos os nossos episódios anteriores como uma questão fundamental da cultura do medo, da violência do Estado, do racismo estrutural e da guerra às drogas. Nosso sistema de justiça atual é um sucesso como de controle social dos pobres e pretos, mas um fracasso no enfrentamento da violência, e não nos sentimos mais seguros mesmo prendendo cada vez mais gente. Existem então outras formas diferentes de lidar com os conflitos que não passem somente pelo punitivismo? Prender é mesmo a única forma possível?
No episódio #6 do MANIFESTO:, conversamos com a Bruna Diniz, que é professora de direito penal da Universidade Ibirapuera, mestre e doutoranda pela USP, e com o Gustavo Oliveira, que é advogado, jornalista e trabalha no CDHEP, o Centro de Direitos Humanos e Educação Popular de Campo Limpo, em São Paulo - uma organização que trabalha com formação, articulação, comunicação e incidência em políticas públicas para prevenir e superar as diversas formas de violência existentes nas periferias.
Nosso papo foi sobre abolicionismo penal e justiça restaurativa. São duas visões muito próximas, que trazem um olhar crítico radical para o direito penal e o sistema prisional, e propõem alternativas concretas para enfrentar a violência e os conflitos na sociedade. Conversamos sobre as limitações e as falácias do punitivismo atual, os desafios de desmontar uma cultura de justiça ligada à punição que está presente em todos nós, as estratégias de luta abolicionista e as experiências e técnicas já utilizadas hoje pela justiça restaurativa.
CDHEP: http://cdhep.org.br/
Fala da Petronella Boonen no Seminário Justiça Restaurativa: https://youtu.be/TJC1UZG7p_w
Thiago Fabres, no TEDX Justiça Restaurativa e Abolicionismo Penal: https://youtu.be/c8fM-qbIHlE
Amparar - Associação de Parentes e Amigos de Presos: https://cutt.ly/qfNQTzr
Pequeno Livro Sobre Raça e Justiça Restaurativa, da Fania Davis: https://cutt.ly/FfNQOlm
Comissão de Justiça Restaurativa da OAB-SP: https://cutt.ly/lfNQP32
Nos episódios anteriores, conversamos sobre a violência do tráfico, da milícia e da polícia na ponta, nas periferias das cidades brasileiras, comentando sempre que essa violência está diretamente ligada a uma base ou um circuito muito maior, com escala nacional e internacional. Então, qual é esse circuito?
O Thiago Rodrigues, que é cientista social, professor na Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisa o narcotráfico no Brasil e na América Latina há mais de 20 anos, nos contou mais sobre essas bases, mostrando como a produção, a venda e o próprio combate às drogas fazem parte de uma grande rede de poder e de negócios hipercapitalista, que se relaciona com inúmeros outros mercados, lícitos e ilícitos, ao redor do mundo. Na opinião dele, a violência na ponta não tem como objetivo destruir a base desse circuito. Pelo contrário, é na guerra e no fracasso permanente que os negócios do narcotráfico (e do seu combate) lucram e se reinventam.
Conversamos ainda sobre o envolvimento das facções e do Estado no narcotráfico, sobre as ideologias que embasam a guerras às drogas como um mecanismo de controle racial e social, e também sobre possibilidades alternativas de enxergar e quebrar esse gigante complexo, já que a legalização, sozinha, não será suficiente.
O Thiago Rodrigues está no Twitter: twitter.com/thethiagor
Embora o tráfico seja apenas uma parte de uma cadeia de negócios enorme que só desemboca nas favelas, é sobre os morros e as periferias brasileiras que recaem as violências de uma política de segurança pautada na guerra às drogas, e seus moradores desde sempre são excluídos das decisões.
O Movimentos é um dos coletivos de jovens que estão fazendo essa denúncia. Discutindo segurança pública, drogas, racismo e violência, e construindo alternativas a partir das muitas vozes, conhecimentos e sensibilidades das favelas: descolonizando, descentralizando e ampliando os debates.
Trocamos uma ideia com o Aristênio Gomes, que é estudante de História, educador popular, mora na Maré no Rio de Janeiro e faz parte do Movimentos. Conversamos sobre as violências e suas bases estruturais, sobre os problemas das ideias e ações que vêm de fora e como elas afetam a vida nas periferias. Ele nos contou também sobre as experiências do Movimentos com formação, arte e comunicação, e discutimos as potências e as contradições das lutas autônomas, coletivas e horizontais que nascem de baixo.
Movimentos: drogas, juventude, favela - http://movimentos.org.br
A entrevista do Raull Santiago com a Jout Jout que citamos várias vezes: https://youtu.be/dOJvdqOjfXE
Neste momento de distanciamento, com muitas falas, opiniões e incertezas, resolvemos conversar sobre alguns assuntos que estão sendo menos falados, para não despolitizar as formas como lidamos com a pandemia. E também para nos mantermos unidos. Estreando um novo formato, vários companheiros nos ajudaram com seus comentários. Suas falas apontaram para nosso senso crítico e nos ajudaram na capacidade nos manifestarmos e apoiarmos, mesmo no olho do furacão.
Ouvimos o Flávio Roberto Batista, professor da Faculdade de Direito da USP, sobre o papel do SUS no contexto de necessidade de atendimento massivo da população. Rodne Lima, professor de Direito Sanitário na UNILA e pesquisador do grupo Saúde Pública Baseada em Evidências, falou sobre a turbulência das relações de trabalho neste período de exposição perigosa à doença. Acácio Augusto apontou as preocupações com as medidas de exceção no contexto do contingenciamento do impacto social da pandemia. Ele é professor de Segurança Internacional no Departamento de Relações Internacionais da UNIFESP e coordenador do LaSInTec (Laboratório de Análise em Segurança Internacional e Tecnologias de Monitoramento). Thaiane Mendonça, doutoranda em Relações Internacionais pelo Programa San Tiago Dantas (UNESP/UNICAMP/PUC-SP) e pesquisadora do LaSInTec/UNIFESP, apontou para as medidas de segurança no caso brasileiro e suas decorrências em nossas liberdades. Por último, o Lucas de Oliveira, mestrando em Relações Internacionais pelo Programa San Tiago Dantas (UNESP/UNICAMP/PUC-SP) e pesquisador do Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional (GEDES/UNESP), tratou das medidas do Estado de Exceção e as respostas do governo Bolsonaro.
Terminamos nosso episódio com algumas possíveis perspectivas de como sairemos dessa: será que a mesma urgência mobIlizada para o autoritarismo pode nos ajudar a enxergar nossas realidades desiguais? Conseguiremos valorizar as formas de organização coletiva, a solidariedade, os direitos sociais e a proteção do trabalho?
Os Rascunhos são episódios mais livres do podcast do MANIFESTO:. Nesses episódios conversamos sobre outros assuntos que nos interessam para além dos temas das temporadas. Fique a vontade para nos mandar sugestões de episódios e convidados em nossas redes!
*Este podcast foi gravado na noite do dia 27/03/2020. Pela velocidade dos acontecimentos, algumas informações podem estar desatualizadas.
O José Cláudio Souza Alves, que é sociólogo e estuda os grupos de extermínio e as milícias há 26 anos, tem insistido que outras formas de ler e enfrentar esses grupos são possíveis, a partir das periferias e para além do ciclo infinito de violência.
Mas antes de conversarmos sobre isso, ele nos ajudou também a entender que as milícias têm muitos tentáculos: as relações com a polícia, o tráfico e as estruturas do Estado, como eles atuam diretamente dominando bairros, principalmente periféricos, a diversidade de atividades econômicas desenvolvidas pelos grupos e quem lucra com elas, e como o surgimento e a força das milícias se insere no contexto político e cultural brasileiro dos últimos tempos. Assim, como encarar esses grupos que se originam e associam ao Estado? A saída envolve esse mesmo Estado ou é preciso pensar algo além?
Entrevista do José para a Rede Brasil Atual/Fundação Perseu Abramo: bit.ly/30HKH3O
Entrevista para a Revista Exame: bit.ly/2Rfb4LD
Publicação "Segurança, tráfico e milícias no Rio de Janeiro" da Justiça Global/Fundação Heinrich Böll: bit.ly/38t9WtC
Este é um episódio de estreias: dos Rascunhos, do site do Manifesto e dos nossos novos companheiros, a Letícia e o Léo. Conversamos sobre os primeiros textos do site novo, a Série Clima, e ela foi motivo pra gente discutir muita coisa. As queimadas na Amazônia e a necessidade de pensarmos profundamente economia e ambiente: como as tragédias ambientais e políticas podem nos despertar para pensar um mundo radicalmente novo? A Cúpula do Clima e a Assembleia Geral da ONU: o que elas representam? Conversamos sobre a participação do atual governo brasileiro nas discussões internacionais sobre o meio-ambiente. A soberania do Brasil está ameaçada? E discutimos também a própria ONU: ela é um espaço de transformação?
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