Nesse papo, entrevisto a advogada de formação Ana Lucia Barbosa, CEO do negócio de impacto social Visão do Bem.
Todo negócio começa a partir de uma visão. No caso a da Ana Lúcia é democratizar o acesso aos óculos e gerar renda para as mulheres nas comunidades. A partir disso, e das experiências que acumulou em sua trajetória, em novembro de 2017, Ana Lucia Barbosa resolveu empreender. Em princípio, achou que no ramo das organizações não-governamentais mas, ao ter contato com a ONG Asplande e participar de uma aceleração oferecida pela organização, entendeu que o que tinha nas mãos era um negócio de impacto socioambiental. "Nessa aceleração, tive a oportunidade de ir a Londres e conhecer negócios que nascem com foco na solução de um problema e geram impactos visíveis, invisíveis, individuais e coletivos", enumera Ana Lucia, ao lembrar das conquistas de seus parceiros e agentes do Visão do Bem.
Sustentado nos pilares da democratização do acesso à saúde visual, da consulta a exames de vista e óculos a preços justos, e em inserir mulheres que estão fora do mercado de trabalho, Ana Lucia partiu para a formação de agentes de saúde da visão nas comunidades, capazes de acompanhar os clientes e conscientizá-los sobre o cuidado que devem ter com a visão.
O impacto na vida dos pais também é enorme. "Colecionamos histórias de pais que chegam com receitas de óculos caríssimos e que conseguimos viabilizar com a ajuda de padrinhos e madrinhas. E a evolução desses casos é incrível", conta. O modelo de negócio está baseado no marketing porta e porta. Do início, no Morro de Sáo Carlos, até hoje, cresceu e já se desenvolve em mais de 30 comunidades na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, com data para chegar na Zona Oeste, e em São Gonçalo. O Visão do Bem possui ainda mais de 35 clínicas oftamológicas parceiras, que atendem os clientes a um preço mas acessível.
O sonho? Chegar a mais países e continuar esse círculo virtuoso.
Sobre a concorrência com as óticas, Ana afirma que atua com um público que nem pensa em entrar nela. "Na verdade, somos a porta de entrada de clientes para as óticas. Não concorremos: formamos os futuros clientes que na medida em que entendem a importância da saúde visual e têm mais recursos vão procurá-las. O que quero é quebrar essa barreira. Óculos não pode ser caro, e o oftamologista inacessível".
Durante a conversa falamos sobre a importância da família e dos mentores, que ajudaram a formatar o projeto e a unir as peças desse grande quebra cabeças que une empresas de lente, fábricas de óculos, clínicas oftamológicas, agentes da visão, e a formatação de nanofranquias que ajudam a espalhar o negócio pelo território. "Quando estou cansada, me recolho, me abasteço na minha família. Negócio de impacto tem meta, e temos que cuidar do nosso time, motivando as mulheres para buscarem o que elas desejam. Elas têm que ver a consequência do impacto." Sobre a importância da rede, Ana ensina que em sua caminhada foi o contato com profissionais de diferentes áreas e a sede por conhecimento que permitiram que ela estruturasse a sua própria rede. "Você não precisa ter dinheiro para ter o seu negócio. O que precisa é de pessoas do teu lado que acreditam em você e dizem: vamos caminhar juntos! O visao do bem é uma rede porque sem a mentoria jamais teriamos chegado até aqui", reconhece essa mulher porreta que você precisa conhecer!
Tá esperando o que? Só aperta o play!
Ah, e se você tiver na sua gaveta óculos que não usa mais, procure o Instagram do Visão do Bem.
Eles recebem esses óculos e trabalham para dar a destinação adequada a esse material!
Você pode, ainda, fazer contato com o Visão do Bem pelo whatsapp (21)983757923
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