Um dos piores desastres ambientais da história dos Estados Unidos, o vazamento de petróleo no Golfo do México, em 2010, já custou à petroleira britânica BP, principal empresa envolvida, mais de US$ 65 bilhões (R$ 238,5 bilhões) - e a conta continua a aumentar.
Após o acidente, a empresa teve sua avaliação rebaixada por agências de risco, viu suas ações despencarem e teve de vender bilhões de dólares em ativos. No auge da crise, sua sobrevivência chegou a ser colocada em dúvida.
Quase nove anos depois, a BP ainda está se recuperando. Procurada pela BBC News Brasil, a empresa disse por meio da assessoria de imprensa que não iria se pronunciar.
Além do impacto financeiro, o desastre levou a mudanças não apenas nas operações da BP, mas na indústria de petróleo e gás como um todo.
"A indústria está mais segura hoje, porque o governo implementou certas exigências para melhorar o processo de segurança", disse à BBC News Brasil o professor de ciências marinhas Donald Boesch, da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.
BP foi alvo de múltiplos processos judiciais
O vazamento começou em 20 de abril de 2010, quando a plataforma Deepwater Horizon, que era propriedade da empresa suíça Transocean e operada pela BP, explodiu e afundou, matando 11 funcionários.
A explosão danificou o poço de Macondo, a cerca de 1,5 mil metros de profundidade, e durante os meses seguintes quase 5 milhões de barris de petróleo foram despejados no oceano, no que é considerado o maior vazamento acidental de petróleo da história - o maior vazamento intencional foi registrado durante a invasão iraquiana do Kuwait, quando soldados do Iraque lançaram mais de 6 milhões de barris ao mar.