Abundância é um conceito relativo à metas. A relação que temos com a abundância está sempre relativizada às metas que temos.

Eu posso dizer que tudo está ocorrendo de forma abundante para que eu consiga fazer a viagem que planejei ou tudo está ocorrendo de forma abundante para a minha festa de casamento. 

Porém, se buscarmos uma forma realista para pensarmos no real significado do conceito abundância, teremos que nos aprofundar em assuntos existenciais para que possamos ter uma visão universalista sobre esse conceito.

Se pensarmos em metas para buscar a resposta real para abundância, precisamos examinar com profundidade o que chamamos de meta.

Meta é algo que quando se alcança, chegamos ao fim e não precisamos mais de nada ou não temos mais necessidade de ir a lugar algum, pois já chegamos onde realmente queríamos chegar.

Qual é, afinal, a sua meta de vida? Onde você quer que a sua vida chegue?

O que você espera das incontáveis metas que já estabeleceu e continua estabelecendo.

O que você espera que aconteça ao cumprir uma meta?

Com certeza, por trás de todas as suas metas há uma busca pela felicidade. 

Isso significa que a sua meta é a felicidade e que você acredita que a sua felicidade pode ser alcançada através do que você está chamando de metas.

Se a sua meta é a felicidade, então tudo o que você hoje chama de meta é, na verdade, caminho que você escolheu para buscar a sua única meta que é a felicidade.

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CORTE: #276

Precisamos abolir todos os falsos julgamentos que fizemos sobre nosso Criador para que possamos ver que não foi o Nosso Criador Quem julgou o Seu Filho, mas foram os nossos julgamentos que obscureceram os reais efeitos da Criação. 

Precisamos retirar todos os nossos julgamentos e percepções equivocadas para que a relação real entre o Criador e a Criação seja plenamente restabelecida, ou seja, para que a relação entre Causa real e Efeito real seja vista na memória eternamente presente.

Essa função de correção não sabemos fazer, mas podemos perdoar todos os nossos julgamentos e todas as percepções nascidas em nossos julgamentos. 

Esse é o espaço vazio que, sem julgamentos, mas na quietude da mente, será ocupado pelo pensamento de Deus, trazido pelo Espírito Santo que Deus criou para essa função.

Perdoemos então todos os nossos julgamentos e percepções que chamamos de pecado e que ficaram em um passado que nunca existiu mas que pareceu existir em nossa memória em forma de sonhos de julgamentos e percepções sem causa.

Deixemos então que o Espírito Santo nos traga a memória do que é eterno e imutável em pleno estado de Amor e unidade com Deus.

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O caminho do saber não é o caminho que parte de uma perspectiva.

Uma perspectiva não é um compromisso com a visão.

O compromisso com a visão não nasce dentro de uma perspectiva.

O compromisso com a visão nasce em uma pergunta que não parte de uma perspectiva, mas do reconhecimento de que, antes de uma perspectiva, há uma resposta que antecede qualquer perspectiva.

O mundo é apenas uma perspectiva que não contém respostas fora dela.

Em uma perspectiva não há uma pergunta, mas apenas uma intenção de confirmar a própria perspectiva que não foi estruturada para ser autoquestionada, mas para ser mantida.

Uma perspectiva é uma resposta em si mesma. A partir de uma perspectiva a pergunta será acompanhada de uma resposta que não permite outra resposta que não seja a que já está inclusa na pergunta.

Quem pergunta a partir de uma perspectiva, não está fazendo perguntas, mas apenas testemunhando uma perspectiva já estabelecida, na qual todas as perguntas são apenas formas de confirmação da própria perspectiva que ainda não abriu espaço para para ser desconsiderada totalmente a partir da inconsistência de suas bases.

Admitir a inconsistência das bases de uma perspectiva é admitir que a perspectiva possa ser apenas uma ilusão projetada para encobrir um fato que não foi visto por não se ter a intenção de ver.

Vamos com Kaw Yin e Yan Yin nesse episódio, lembrar que uma pergunta sincera, não nasce em uma perspectiva, mas na intenção de desfazer qualquer perspectiva que esteja encobrindo a verdade.

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Quando se fala em espiritualidade, autoconhecimento, o caminho da iluminação, etc, é natural admitirmos que estamos buscando respostas para perguntas tipo:

O que sou eu? De onde eu vim? Para onde estou indo? O que eu estou fazendo aqui? O que é a vida? O que é o mundo? O que é Deus? Como alcançar respostas sobre as questões que ocorrem no dia a dia das pessoas no mundo e nos relacionamentos?

Quando estudamos os legados deixados por grandes sábios, estamos estudando sobre respostas e caminhos para respostas, porém, precisamos compreender que são compartilhamentos de resultados de quem alcançou um lugar muito avançado do caminho, mas que ainda não alcançamos e, por isso, não sabemos qual é a sensação de estar olhando a partir desse lugar.

Quando estudamos esses legados, estamos querendo entender essas experiências compartilhadas, mas a partir de onde estamos e da perspectiva que temos de onde estamos.

Não podemos condicionar a aceitação do que estudamos como se a nossa perspectiva pudesse conter o discernimento suficiente para avaliarmos esses conteúdos vindos de um lugar que ainda não alcançamos.

Ver para crer ou crer para ver?

Talvez esse seja um entendimento importante nesse processo.

Quando somos orientados é porque nos submetemos conscientemente a receber o amor de quem ama e que, por amor, se disponibiliza para facilitar o caminho de quem está caminhando em pontos menos avançados dessa estrada da consciência.

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O plano de Deus precisa colocar um símbolo intermediário entre a ilusão e a realidade que não pode ser retratada através de símbolos.

Nesse momento, o plano de Deus necessita que aceitemos dar uma passo a partir do qual o Espírito Santo pode agir. Esse é o momento em que fazemos a nossa parte que é perdoar.

Podemos aceitar o perdão como um representante da verdade sendo essa a nossa função no processo de verdadeira cura.

É essa nossa função que permite que o Espírito faça a Sua função em nós que é a substituição da percepção equivocada pela verdade correspondente, até que possamos ter contato com a realidade que não é alcançada por um sistema de percepção de símbolos.

Essa substituição em nossa forma de perceber que nos é entregue pelo Espírito Santo é temporária, até que não precisemos mais de recursos de aprendizado por termos alcançado a meta final.

Porém, precisamos substituir o medo pela confiança para que as substituições possam ser feitas através do trabalho conjunto entre o nosso perdão e as amorosas e perfeitas entregas do Espírito Santo.

A nova percepção que o Espírito Santo trará na medida em que perdoamos é tudo o que queremos alcançar, mas que não nos damos conta enquanto não acontece, e somente acontece quando nos abrimos para perdoar para que, a partir do nosso perdão a tudo o que percebemos, o Espírito Santo faça a substituição da nossa forma de perceber.

Vamos com Kaw Yin e Yan Yin nesse episódio, lembrar que essa nova percepção é uma outra forma de ver nossos irmãos em nossos relacionamentos, de forma a reconhecê-los como o que realmente são e a função de cada um em nosso caminho, assim como a nossa função no caminho de cada um que nos é precisamente enviado por Deus.

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Quando pensamos em poder, pensamos também em limite de poder. 

Dificilmente alguém pensará em poder sem limites.

Porém, associar poder com limite é associar princípios antagônicos com frustração de não ter o poder  de ultrapassar os limites. 

Esse limitado poder com o qual estamos acostumados a conviver é, na verdade, um poder de oposição, como se tivéssemos que desenvolver e aprimorar um poder de disputar com forças contrárias ao que estabelecemos como sendo o fluxo que queremos que as coisas sigam de acordo com as metas que estabelecemos e seus valores correspondentes.

Mesmo que não estejamos vendo algo diferente disso, há no fundo uma esperança de que venhamos a alcançar uma outra visão da nossa realidade que possa nos mostrar que há um Deus realmente amoroso que nos criou para vivermos em condições que não são essas que estamos entendendo como sendo a nossa vida.

Somente quando pensamos no poder de Deus, começamos a admitir que há um poder sem limites, embora não tenhamos contato com essa realidade de forma a constatar realmente o que significa esse poder.

O real poder de Deus não pertence ao mundo perceptível, mas pertence à realidade da existência que não está no nível da percepção, mas no nível da realidade e do conhecimento, onde Deus é, suas Criações são e onde nada jamais deixa de ser o que é.

Vamos nesse episódio junto com Kaw Yin e Yan Yin, c em direção ao reconhecimento do que seja esse real poder de Deus, precisamos construir em nossa mente um espaço sem oposições. Um espaço vazio de tudo o que já imaginamos para que o pensamento de Deus ocupe esse vazio e faça desse vazio de pensamentos, o lar do amor que nos devolve o contato com o que é realmente a nossa realidade e o nosso real poder que é a extensão do poder de Deus.

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O amor é a lei que define toda a existência cuja Fonte é Deus.

A partir do que Deus criou, Suas criações são tão criativas como Ele próprio, sendo também co-criadoras.

A liberdade é um atributo de Deus.

A liberdade é um atributo das criações de Deus e Deus cria por extensão de si mesmo, compartilhando todos os seus atributos eternos e imutáveis com as Suas criações.

Isso nos dá a certeza de que não há nada no que percebemos que possa contrariar a lei que garante que somos livres.

Não há dualidades ou contradições na realidade e suas leis.

Onde há dualidade não há realidade. Onde há contradições não há realidade.

Onde há ameaça não há realidade e isso nos dá a certeza de que nossa paz é também imutável. Onde não há paz não há também realidade.

Quando estamos percebendo ausência de liberdade, estamos inventando ou imaginando uma ausência de liberdade que não existe.

Se queremos não nos enganar, e se queremos aceitar a liberdade de mudar nossas imaginações ao percebermos que não está confortável imaginar algo, temos que aceitar que somos livres para mudar nossos pensamentos, porque são nossos.

Se compreendermos isso, teremos certeza de que somos livres, somos amados e somos protegidos pelas leis de Deus que nos avisa os efeitos imaginados por causas imaginadas que podem sempre ser mudadas em nossas imaginações, nas quais fomos livres para imaginar e que continuamos livres para retirá-las de nossa mente e lembrarmos que, na realidade, tudo continua perfeito como Deus criou.

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Todos aqueles que acreditam em Jesus e em sua demonstração de amor por todos, precisam considerar coisas básicas que foram ditas e demonstradas por ele.

Há coisas fundamentais a serem compreendidas para que possamos aceitar a presença de Jesus em nossa vida, em nossos pensamentos e em nossas ações.

Jesus disse: 

"Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles."

"Em verdade, em verdade vos asseguro que aquele que crê em mim fará também as obras que Eu faço e outras maiores fará, pois eu vou para o meu Pai."

Para aceitar conhecer Jesus é também necessário aceitar conhecer a si mesmo, pois Jesus sempre quis compartilhar com todos a forma como ele vê a todos e a forma como ele vê a si mesmo. 

Jesus sempre confiou que podemos segui-lo até alcançá-lo.

Jesus confia em todos mais do que todos confiam em si mesmos.

Para usufruir profundamente do pensamento de Jesus é fundamental que aceitemos compartilhar com ele a confiança que ele tem em todos nós.

É necessário compartilhar com Jesus o que ele pensa sobre todos nós.

Jesus compartilha com Deus o pensamento de Deus.

Portanto, compartilhar o pensamento de Jesus sobre nós é compartilhar o pensamento de Deus sobre nós.

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Em um mundo constantemente mutável, onde poderemos encontrar segurança e estabilidade?

Se tudo muda constantemente, não sabemos como serão os próximos momentos, os próximos dias, os próximos anos e como serão as nossas vivências até que não estejamos mais percebendo as imagens que hoje percebemos e que chamamos de mundo.

Se há alguma base que pode estabilizar o nosso estado interno, isso não está em nossa forma de perceber o mundo que muda a todo instante.

Se olharmos para o mundo com mais profundidade, será que podemos ver algo que não muda?

Será que se encontrarmos algo que não muda, isso poderia restabelecer a nossa segurança?

Sim, se observarmos atentamente tudo o que ocorre no mundo e todas as suas mudanças, poderemos perceber que há algo imutável e que garante a nossa paz.

Se observarmos atentamente e muito sinceramente, vamos perceber que as ocorrências e as mudanças seguem, necessariamente, uma relação de causa e efeito.

Essa relação de causa e efeito é absolutamente constante e imutável. É uma lei que mantém tudo de forma perfeitamente ajustada, de maneira que possamos compreender as ocorrências e entrar em contato com essa lei que sempre se manterá, enquanto houver a percepção de tempo/espaço.

Isso pode realmente nos trazer a paz, pela certeza de nunca estarmos abandonados ao desconhecido e ao incerto. Há uma lei que nos garante que tudo nos leva para o aprendizado e tudo nos leva para o contato definitivo com a realidade do que somos.

As leis universais ou as leis de Deus são fundamentadas na realidade e, portanto, nos conduzem até ela necessariamente.

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Quando paramos para pensar na pergunta "PARA ONDE ESTOU INDO?", podemos perceber que não se trata de uma pequena meta como todas as outras que temos diariamente, tipo: estou indo ao shopping.

Quando fazemos essa pergunta, queremos saber sobre qual é o fim da nossa jornada no mundo.

Isso significa que queremos saber qual é a meta pela qual nascemos, pela qual passaremos todos os nossos dias, pela qual continuaremos a investir nossas energias mesmo após o que chamamos de morte e inclusive pela qual haveremos de voltar para um novo período neste mundo. 

Mas se não temos claro essa meta, como poderemos priorizar o investimento de nossas energias? Todos os nossos dias e em todos os momentos dos nossos dias, estamos investindo em algo como se esse algo fosse o que realmente queremos em cada momento.

Cada uma dessas nossas pequenas metas como por exemplo: almoçar, tomar banho, trabalhar, se divertir, etc, parecem autônomas em si mesmas, mas se fossem realmente autônomas e auto-suficientes, não precisaríamos fazer essa pergunta tão ampla: PARA ONDE ESTOU INDO?

Quando nos conscientizamos que temos que fazer essa pergunta sobre a meta última da nossa jornada no mundo, começamos a perceber que todas as pequenas metas que traçamos não são realmente metas, mas caminhos com suas ferramentas para uma única e verdadeira meta.

Isso muda radicalmente a forma com a qual atuamos em nossos cenários diários e em nossos relacionamentos.

Tudo o que fazemos em nossos dias passa a ser visto como uma forma de investimento para que possamos otimizar nosso caminho para essa meta última.

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