Entre flechas e tacapes, facas, fuzis e canhões, brasileiros irmanados. A senhora dos prazeres transformava pedra em bala. Nassau já foi embora, fez-se a Revolução. Quem dera a história do Brasil fosse tão bela e tão acolhedora quantos os versos de Martinho da Vila.  O samba "Guararapes, onde o Brasil aprendeu a liberdade" conta um dos episódios centrais da nossa história colonial: a expulsão dos holandeses do nordeste. Foram 24 anos de controle dos Países Baixos. Maurício de Nassau talvez personifique a experiência, talvez seja o seu expoente mais famoso. Trouxe ao Brasil a primeira missão artística, projetou milimetricamente a primeira cidade e emprestou dinheiro aos senhores de engenhos quebrados. Mas colônia é colônia, pouco importa se for domínio holandês, domínio inglês ou domínio francês. Colonização tem a ver com violência, exploração e genocídio. No episódio de hoje revisitamos um ponto de inflexão do Brasil Colônia, o Brasil Holandês. Já fomos de todos: Portugueses, Espanhóis, Franceses, Holandeses, até os ingleses se aventuraram por aqui, mas nunca fomos nossos. Nunca fomos livres. Sobre mitos, distorções e equívocos, vos  apresentamos a história. E com direito a show off, uma verdadeira aula sobre a pintura e a produção artística do século XVII com o nosso especialista em história moderna, Douglas Coutinho.

"CIDADÃO NÃO! OUVINTE DO NAVIO DOS LOUCOS E MUITO, MUITO MELHOR QUE VOCÊ!"

Cena recorrente do nosso cotidiano que muitos de nós já presenciamos, o brasileiro tem medo da igualdade. O brasileiro tem medo de ser só mais um indivíduo na fila. O brasileiro tem medo de ser apenas um brasileiro. Ele precisa ter um sobrenome. Na ausência deste ele precisa de um cargo. Se não tiver sobrenome, nem cargo, ele precisa conhecer alguém que o tenha. No Brasil as pessoas são verdadeiras instituições nas relações promíscuas de clientela entre o público e o privado. Sou filho de fulano, primo de não sei quem. Posições de poder que escancaram um Brasil nada cordial. Ou será cordial até demais? No episódio de hoje discutimos as trajetórias históricas e alguns autores que refletiram sobre ela. Mas, decerto, que nem toda 'carteirada' é problemática: podcast feito por três historiadores, melhor que muito comunicador/youtuber por aí...

E já se passaram cinco longos meses desde do fatídico 17 de março. Data que nenhum colégio abriu no Rio de Janeiro. Aquela segunda que pensamos poder durar apenas 15 dias de um recesso antecipado. E parece mesmo que são 15 dias, eternos 15 dias. Outros acham que na verdade são 15 anos. O tempo pouco a pouco dá lugar ao desgaste. Físico, psicológico e mental. A educação está na pandemia. Alguns colégios com mais recursos não pararam. Outros se viram como pode. Municípios e Estados reféns de governos pouco preocupados com a vida.. Corpo docente e Corpo Discente, exaustos. Parece curioso, mas é preciso lembrar: estamos em pandemia. No episódio de hoje um desabafo de três professores sobre a educação no "novo normal". Ou completando a coleção de Paulo Freire: A Pedagogia do Google Meet!

A caneta retirada do bolso fora guardada para aquele momento especial. Um esforço hercúleo rompendo com tudo aquilo que era aconselhável. A tensão angustiava o ambiente, angustiava Winston Smith e também vai te angustiar. 1984 é um livraço!

Já pensou passar um final de semana na casa de praia com a família, você, seu pai, sua mãe e sua/seu irmã(o) e, chegando lá, descobrir que existe uma família exatamente igual a sua? Uma espécie de clones de todos vocês. E de todas os seus amigos. E de todo mundo. E QUE ELES ESTÃO VINDO TE MATAR? Essa seria a sinopse que o Viug escreveria de US, filme do cineasta Jordan Peele. Ao mesclar terror e crítica social, o ganhador do Oscar com Corra! (Get Out) te deixa com uma tensão do 'caralho' (palavras do menino Viug) e com a cabeça doendo. E nós, como de costume, analisamos a obra e colocamos sua cabeça pra doer ainda mais. Neoliberalismo? Luta de classes? Imigração? Criança esperança? Coelho? Tesoura? Macacão vermelho? Tudo isso e mais um pouco na nossa interpretação desse baita filme! Com vocês o nosso 12º episódio, solta o play!

Dutty Boukman, enviado da Jamaica para Saint Domingue, subversivo e destemido, fora mandado para ser "quebrado" pelos franceses. Organizou o levante de 1791 que fez a eclodir a Revolução Haitiana. No meio da mata, ele e a sacerdotiza Cécile Fatiman, em Bois Caiaman, conclamaram os escravizados para o levante. O ritual, a crença e a religião Vodu organizando corpos, mente e espírito. O corpo como arma, a guerra de guerrilha responsável por verter o ódio contra o algoz. "Violência se adapta, um dia ela volta pra vocês".  Cem mil se levantaram na "pérola" do Caribe, que de maneira irônica enchia de dinheiro o bolso dos burgueses revolucionários da França.  Toussaint L'Overture, aquele que abre caminhos e teve os seus fechados por Napoleão, foi jogado numa cela dentro do país bastião da liberdade. As bastilhas continuavam existindo para os negros. Então, Jean Jacques Dessalines proclamou para o mundo: Independência ou Morte! Literalmente. Em Janeiro de 1804 estava consolidada a vitória antiescravista e anticolonialista. Está no ar a parte 2 da Revolução Haitiana!

Em 1791, mais de cem mil escravizados, liderados por Dutty Boukman, davam início ao maior processo revolucionário da América Latina. Até então conhecida como pérola do caribe, responsável por um lucro inimaginável aos cofres da coroa francesa, a ilha da Saint Domingue se lançava no caminho sem volta da Revolução. Após quase dois séculos de domínio francês, contando com quase meio milhão de escravizados, o Haiti pegava em armas. Inspirados pelo Vodú, organizados pelas guerrilhas, utilizando o próprio corpo como arma, derrotaram franceses, ingleses e espanhóis. Nem o exército e marinha do poderoso Napoleão Bonaparte puderam resistir. Toussaint L’Overture, Joseph Berkley, Vincent Ogé, Jean Jacques Dessalines: "permitam que eles falem, não somente suas cicatrizes". Para quem não esquece um 4 de Julho e adora postar foto da Bastilha no dia 14 do mesmo mês, nós apresentamos a Revolução Negra, Anti Racista e Anti Imperialista, do século XVIII. Contada por CLR James, Michel-Rolph Truillot e muitos outros intelectuais que saíram da região do Caribe. Com vocês, nosso 10 episódio, a parte 1 da Revolução Haitiana.

Em 2012 uma profecia Maia ameaçava o mundo. Segundo ela, o fim estaria próximo. Hollywood fez até filme. Como podemos perceber o mundo não acabou. Mas a verdade é que os Maias não erraram. Talvez 2012 fosse o fim do mundo deles. Os mundos são diferentes. As culturas são diferentes. As visões são diferentes. As vidas são diferentes. No nosso nono episódio tentamos demonstrar para vocês a riqueza do diferente. A organização do grande Tawantisuyu. O poder do Huey Tlatoani. O mundo Inca e o mundo Asteca muito antes da chegada de Colombos, Pizarros e Cortes. Os povos originários, os impérios originários.

#incas #astecas #história #educação #professores #alteridade #antropologia

Calma, CALMA!!! O episódio de hoje não é uma sobre nenhum genocídio felino, pelo menos no século XXI. O Navio dos Loucos traz hoje O Grande Massacre de Gatos, livro que narra episódios da história francesa. 

Na verdade, iremos apresentar um pouco do mundo dos historiadores para vocês. Voltamos para a graduação e buscamos um clássico da historiografia francesa, escrito por Robert Darnton, um historiador de referência. 

Hoje, no nosso quadro "Você indica o livro?", nós analisamos esse livro que vai acabar que vai acabar com sua infância quando você descobrir que a Chapeuzinho Vermelho e a Cinderela não são nada do que te contaram na Disney. Estamos certo que você vai se encantar quando perceber que a História acontece dentro daqueles episódios e acontecimentos que num primeiro olhar parecem não fazer sentido nenhum. 

Sejam bem-vindos ao mundo da História Cultural e ao nosso oitavo episódio.  

O amor já foi cantado pelos mais apaixonantes dos poetas. Desde os mais eruditos até os mais populares. Tamanha a aflição que causa, também já foi tema da trinca de poetas gregos, Sócrates, Platão e Aristóteles. Mas não precisamos ir tão longe no tempo. Podemos ficar com Alexandre Pires e Luiz Cláudio do Raça Negra, que também falaram muito desse sentimento. Fato é que não escaparemos das dores e delícias desse sentimento intenso, apaixonante, efêmero e fulgaz. Nos resta encará-lo. Assim como encarou Theodore Twombly, protagonista do filme HER. Qual a qualidade do amor que vale a pena? Qual vida vale a pena ser vivida? Esses e mais outros temas no nosso Um Filme, Uma História: Her.