Lançamento no Rio Grande do Sul a publicação “O fascismo em camisas verdes: do integralismo ao neointegralismo”, de autoria de Leandro Pereira Gonçalves e Odilon Caldeira Neto, professores de História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A atividade é promovida pelo Núcleo de Pesquisa e Documentação da Política Rio-Grandense (IFCH/UFRGS). Com mediação da professora Carla Brandalise (UFRGS), reunindo os autores e pioneiro dos estudos do integralismo, professor Hélgio Trindade (UFRGS).
A obra traça a história do fascismo no Brasil desde sua origem, com Plínio Salgado, Gustavo Barroso e Miguel Reale, até às ações mais recentes, como o ataque à produtora Porta dos Fundos, ocorrido no Natal de 2019. Os autores elucidam como foi a trajetória do integralismo, cujo principal líder foi Plínio Salgado, e descrevem o início deste movimento sob influência do fascismo original, após encontro do então futuro líder dos camisas-verdes, como era conhecido o movimento integralista no Brasil, com Benito Mussolini, líder dos fascistas italianos, conhecidos como os camisas-negras. A história também atravessa todo o período do neointergalismo, com especial atenção aos movimentos que iniciaram em 2004 e chega ao evento do Natal de 2019, considerado pelos autores como a mola propulsora para a elaboração deste livro, uma vez que nas buscas policiais aos responsáveis pelo ataque à sede da produtora, a polícia apreendeu simulacros de armas, facas e mais de 100 mil reais, além de livros relacionados com o universo da extrema direita: de Plínio Salgado a Olavo de Carvalho, cujo nome circula com frequência nas redes sociais e conversas do cotidiano. O livro traça a caminhada do integralismo e suas bases para o neointegralismo, que também conta com apoios de lideranças políticas em toda a sua história. Leandro Pereira Gonçalves e Odilon Caldeira Neto descrevem essa trajetória no livro elaborado para o grande público. Nessa perspectiva, não ficam de fora as relações do movimento com o bolsonarismo e até as questões que envolvem integralismo e a pandemia de Covid-19.