Ao conjunto das nossas análises, dedicadas ao “princípio” bíblico, desejamos acrescentar ainda uma breve passagem, tirada do capítulo 4º do Livro do Gênesis. Tendo essa intenção, é necessário todavia referirmo-nos às palavras pronunciadas por Jesus Cristo na conversa com os fariseusi1, à volta das quais se desenvolvem as nossas reflexões; estas referem-se ao contexto da existência humana, segundo o qual a morte e a conseqüente destruição do corpo (expresso pelo “em pó te hás-de tornar” de Gn 3, 19) se transformaram em sorte comum do homem. Cristo refere-se ao “princípio”, à dimensão original do mistério da criação, quando esta dimensão já tinha sido violada pelo mysterium iniquitatis, isto é pelo pecado e, ao mesmo tempo que por este, também pela morte: mysterium mortis. O pecado e a morte entraram na história do homem, em certo modo através do coração mesmo daquela unidade, que “desde o princípio” era formada pelo homem e pela mulher, criados e chamados a tornarem-se uma só carneii. Já no princípio das nossas meditações verificamos que, apelando para o princípio, Cristo nos conduz, em certo sentido, além do limite da pecabilidade hereditária do homem até à sua inocência original; e permite-nos assim encontrar a continuidade e o nexo existentes entre estas duas situações, mediante as quais se produziu o drama das origens e também a revelação do mistério do homem ao homem histórico.