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estoicismo 2.0
Para!
Respira!
Ouve estas palavras, como se fossem ditas à tua alma e não apenas aos teus ouvidos.
Sou Epicteto, filho da razão e servo da liberdade interior. Muitos pensam que fui deixado no pó da história. Mas não! A filosofia verdadeira nunca morre. Ela espera, silenciosa, pelo coração que deseja florescer.
Hoje, venho falar-vos da verdade mais libertadora que já conheci, a distinção entre o que depende de nós e o que não depende.
Num mundo em que cada gesto é comentado, cada escolha é comparada, cada vida é exposta, esquecestes que há coisas que vos pertencem e outras que nunca vos pertenceram.
O corpo não depende inteiramente de ti. A saúde pode melhorar com cuidado, mas é vulnerável. A reputação está nas mãos dos outros. O tempo passa sem o teu consentimento.
Há algo que ninguém te pode tirar: a tua capacidade de julgar, de escolher, de interpretar com sabedoria.
Essa é tua. Só tua.
Quando compreendemos essa dicotomia, deixamos de lutar contra o vento e passamos a construir velas. Deixamos de culpar, de temer, de nos agitar em vão.
Vejo muitos a viver à espera de aprovação, como se isso determinasse o seu valor.
Depende de ti o conteúdo que publicas, a intenção com que falas, a virtude com que te expressas. Mas não depende de ti quantos gostam, partilham ou comentam. A tua liberdade está em publicar o que é justo e não em depender da reação. Se fores guiado por aplausos, serás escravo de quem nem te conhece.
Quando a alma se ancora no que é seu, nem as maiores tormentas conseguem arrastá-la.
Há quem viva ansioso no trabalho, com medo de ser dispensado, de não ser suficiente. Depende de ti o empenho, o estudo, a ética, a disciplina. Mas não depende as decisões da empresa, o mercado, os caprichos alheios.
Faz o melhor e entrega o resto com serenidade.
O que está fora do teu controlo, não merece o desespero.
Nenhuma ventania destabiliza aquele que finca raízes apenas onde tem domínio.
Alguém parte. Alguém te critica ou não corresponde. Depende de ti amar com justiça, falar com sinceridade, respeitar com firmeza. Não depende que o outro viva, que altere o comportamento, que veja o que tu vês.
O mundo pode ruir lá fora, mas aquele que investe apenas no que controla permanece inteiro.