Se você pesquisar a história das ciências ou das artes, descobrirá que para uma mulher se destacar em seu ofício não basta ser tão boa quanto os homens de sua época. É obrigada a ser três ou quatro vezes melhor. Janis Joplin é um retrato disso. Em sua época, e talvez até hoje, não havia ninguém que cantasse como ela: na qualidade, no poder, no estilo único e na emoção que transparece na sua voz. Ao contrário de Jimmy Hendrix, Jim Morrison e outros contemporâneos, Janis só teve uma banda maravilhosa, com um grande produtor, em seu último disco. Lutou a vida inteira para ser reconhecida e ter condições de divulgar sua arte. Era duramente criticada quando estava alcoolizada ou quando um show não era perfeito; enquanto homens, em iguais condições, eram exaltados como rebeldes ébrios e rockstars. O mundo tentou calar Janis de todas as maneiras, mas o poder de sua voz sempre falou mais alto. O Pearl é uma das maiores obras da história do Rock and Roll e é uma pena que seja a despedida, cedo demais, de um dos maiores fenômenos que este mundo já viu. Nesse episódio, Caverna, Daniel e Gigola abrem o livro do clube dos 27 para exalatar uma das maiores ícones roqueiras de todos os tempos.
---
Send in a voice message: https://anchor.fm/podcalia/message