Podcast Dagobah

Neste episódio o Augusto de Franco fala sobre o número de mortes ter alcançado a marca de 100 mil em pouco menos de 5 meses no Brasil, a responsabilidade de Bolsonaro nisso e uma pesquisa que mostra sua possibilidade de reeleição em 2022.

Pesquisa DataPoder: https://www.poder360.com.br/poderdata/hoje-eleicao-presidencial-teria-bolsonaro-a-frente-de-todos-no-1o-turno/

Neste episódio o Augusto de Franco fala sobre o que ele pensa sobre o lavajatismo e as campanhas de combate à corrupção.

Aqui um gráfico interativo com dados de 2018 do Índice de Democracia da EIU – The Economist no eixo horizontal e o Índice de Liberdade de Imprensa do RSF.org (Repórteres Sem Fronteiras no eixo vertical. Neste índice, quanto menor, maior a liberdade de imprensa de um país. O interessante deste gráfico está na observação o Índice de Percepção de Corrupção da Transparência Internacional de cada país, representado pelo diâmetro das bolhas (quanto menor, mais corrupto). Percebemos que os países mais democráticos são os de menor percepção de corrupção.

O gráfico em movimento a seguir, obtido pelos dados do V-Dem Institute / Varieties of Democracy da Universidade de Gotemburgo, nos mostra o movimento dos países de 1900 a 2006 em duas dimensões. No eixo Y a corrupção no setor público e no eixo X o índice de democracia liberal.

Neste episódio conversamos sobre um post do Augusto de Franco que traz um decálogo para uma campanha democrática para as eleições municipais de 2020. Trata-se de uma lista de critérios para escolha de candidatos nesta eleição. É preciso mandar um recado de que existem democratas que não concordam com a erosão democrática em curso. E por este motivo é necessário que se elejam prefeitos e vereadores comprometidos com a democracia.

E quais são os 10 critérios? Segue a lista:

1 – Não vote em quem ataca – ou não defende – as instituições da democracia (o Supremo Tribunal Federal, o Congresso, a imprensa livre etc.).

2 – Não vote em candidatos que pregam a volta da ditadura, que elogiam o AI5, que defendem intervenção militar (mentindo que ela seria constitucional) ou que propõem qualquer tipo de tutela militar sobre o legítimo poder civil.

3 – Não vote em quem engana a população dizendo que a pandemia do coronavírus não existe ou não tem gravidade e que receitam remédios cuja eficácia contra a Covid-19 não está comprovada cientificamente. De maneira geral, não vote em candidatos que não respeitam a ciência.

4 – Não vote em quem ataca ou não observa as medidas sanitárias para conter a propagação da pandemia colocando em risco a vida dos semelhantes (e em quem desrespeita ou ridiculariza o distanciamento social, o uso de máscaras e os hábitos de higiene como lavar as mãos e usar álcool em gel).

5 – Não vote em candidatos que acham que a crise econômica é causada pelas medidas sanitárias para conter a pandemia e não pela própria pandemia e que fazem uma falsa contraposição entre preservar a saúde da população e preservar a economia (como se a economia não dependesse da boa saúde dos seres humanos que a constroem).

6 – Não vote em candidatos demagogos, que prometem o que não podem fazer, nem em “salvadores da pátria”, populistas que – dizendo-se de esquerda ou de direita, pouco importa – convertem a política em uma guerra do nós contra eles (ou do povo contra as elites; ou do povo contra os corruptos).

7 – Não vote em candidatos que não respeitam os direitos humanos (ou que acham que os direitos humanos só devem valer para alguns, que seriam os “bons’ e não para os “maus”) e que não respeitam os direitos das minorias (índios e quilombolas, mulheres, negros etc.).

8 – Não vote em candidatos que não preservam o meio ambiente, que estimulam ou concordam com o desmatamento e as queimadas (na Amazônia e em outros biomas) sob o falso pretexto de expandir as atividades econômicas.

9 – Não vote em candidatos que atacam ou desprezam a política democrática (feita legitimamente pelos cidadãos e seus representantes) e que acham que a solução virá de cima para baixo, autoritariamente, a partir de um líder com poder para passar por cima das instituições democráticas.

10 – Não vote em candidatos que não aceitam que o Estado é laico e queiram obrigar as pessoas a seguirem sua religião e nem em candidatos que não aceitam a diversidade e a pluralidade de opiniões e que dizem que todos os que não concordam com eles são do mal (chamando-os de traidores da pátria, inimigos de Deus, da religião ou da família, exploradores do povo, corruptos, comunistas ou fascistas).

[Aceita-se sugestões para melhorar o texto]

Neste podcast conversamos um pouco com o Augusto de Franco sobre a situação atual da política e do problema Bolsonaro. Incapazes de promover manifestações de rua em função da pandemia temos que pensar no que fazer no “depois Bolsonaro”, seja antes ou depois de 2022.

O Augusto de Franco em um post no Facebook falou sobre isso:

Vamos combinar. O ano de 2020 está adiado. E tudo que poderia acontecer nele também está adiado. Inclusive o necessário impeachment do irresponsável que nos governa (e as mega-manifestações que poderiam forçar o Congresso a aceitá-lo). A preparação da campanha pelo impeachment, entretanto, deve começar agora. Vamos usar as pequenas fontes de luz que ainda temos para trabalhar na escuridão. E não apenas para parar Bolsonaro, mas também para construir as alternativas democráticas que virão depois.

A democracia se faz no presente. E não há democracia sem democratas, que hoje são poucos. Democracia é um movimento de democratização, não podemos parar de pedalar, senão ela cai.

Links:
Entrevista Benjamin Teitelbaum em apublica.org, no site Dagobah: http://dagobah.com.br/benjamin-teitelbaum-e-o-tradicionalismo-de-olavo-dugin-e-bannon/
Artigo do Gabriel Azevedo em O Tempo: https://www.otempo.com.br/politica/gabriel-azevedo/democracia-ameacada-1.2355898

Como a democracia pode resistir ao stress causado pelos ataques abertos e ao ataque velado das estratégias não declaradas como as fakenews? 
Uma frente pela vida contra Bolsonaro precisa ser uma frente ampla e única? 

Links:
Artigo Fernando Gabeira: gabeira.com.br/uma-pausa-para-avancar/
Artigo Pedro Dória: oglobo.globo.com/economia/a-verda…ocracia-24500084

Entrevista com Augusto de Franco sobre Retórica e Política.

Artigo no Dagobah: dagobah.com.br/a-democracia-no-b…-e-acao-politica/

Podcast inicial apenas de abertura