Em um contexto desesperançoso, um Deus que a faz nascer preservando

Os últimos eventos que levaram a visitação de um Deus que É

Uma conversa sobre como o Reino de Deus é abordado sobre uma perspectiva artística, com Lucas Souza

Manhã se faz, com um foco de luz entre meus olhos.

Levanto-me, para descer a terra de que um dia saí, apegando-me ao cabo da boa esperança.

Cabo este que me puxa para fora, me cinge sem demora, a amarra opressora do deserto horizonte.

Os sonhos que lá haviam,se foram e as esperanças de lá partiram, por entre meus dedos como areia, se esvairam.

Exilado em terra estranha, preso do lado de cá do rio, clamo a você que se lembre, no lugar de quem parece ter se esquecido.

De mim Ele se lembrou, fez um sonho surgir, nesta agora urgência tem eles por mim preferência, o horizonte não demora a se colorir.

Novamente recheado, de planos e sonhos que ora quebrados, o amor entre os irmãos uma vez mais restaurado, grilhão de escravo pra sempre quebrado.

Sonhe, sonhe de verdade, acompanhado sempre do que torna os sonhos em realidade, uma vez por Ele lembrado há certeza da real felicidade.

Uma rápida reflexão da importância dos sonhos na narrativa de José, e de quem os torna em realidade

Vamos irmãos,vamos,pois não mais ninguém que aqui permaneça

Vamos deixá-la só,por mais cruel que pareça, o véu envolto em sua cabeça, ascende a nossa ira e fará com que o outro pereça

Véu este uma vez rompido de nossas mãos e não do céu a vingança e " justiça" se cumprirão, nem que para isso uma cidade ao chão venha e nós partamos, vamos irmãos, pois aqui não há aliança

Essas são frágeis, facilmente quebradas basta que haja traição,abuso, opressão e maldição para serem continuadas

Vamos irmãos, de uma vez, vamos dessa terra sem família e sem amor

Penhorados foi o meu caráter e vendidos os meus valores

Tudo a revelia do próximo na tentativa de me esconder de quem o acordo descumpri

A aliança rompi

A injustiça perpetrei

A confiança que trai

A família que abandonei

Meus olhos hoje contemplam maior justiça do que jamais tive das vítimas que acumulei na malograda existência da terra que aqui passei

Vamos irmãos, pois não há esperança

Ao longe posso ver um arco íris , entre nuvens de sonhos e ventos de alegria

Rompem em nossa direção irmãos , um bom presságio

E é iniciada a discussão: " O mataremos ou venderemos como escravo!?"

Não nos restou nada pois tudo, nós matamos, a aliança, a família, a esperança, nenhuma dessas coisas sobrou

Vamos irmãos, vamos, pois nos resta ir para o nada que tudo se tornou, nada.

Uma aproximação das narrativas que exilaram o povo de Israel no Egito através de seus ancestrais

O sono galopa aveso aos meus olhos

Por uma ninharia

De noites chuvosas e frias

Agora alto o sol se faz , ao meio dias

Trazendo a pele o calor mordaz nesta terra ressequida

Assaltado,expropriado, oprimido e abusado apenas por ir atrás do meu pão

Tudo isso pouco importa

Assim como pouco é meu quinhão

Das vivicitudes desses dias em que fui devotado em minha função

No qual o passo descompensado, sofria desconsiderando o dissabor de uma ilusão

Conteto-me, ou assim eu tento, ter sempre o dia seguinte até o presente momento

Das vigias solitárias

Noites não dormidas

Uma vida desperdiçada

Desacompanhado em minha caminhada

Está se faz a última,o qual o salário não recebo ,mas pago com minha vida desgraçada.

A luta com Deus de um servo problemático que aprende como é andar retamente em Sua presença

Quem sou eu pra ser lembrado?

E meu problema pra incomodá-lo!?

Na minha insignificância achei ter uma família

Pai distante , irmão furioso, mãe enganadora

Na irreconciliaçao familiar a esperança da minha vergonha a ser perdoada se esvai

Tua atenção voltada pra meu drama familiar reflete meus questionamentos

Porque tenho teu favor!?

Que compaixão proferida a mim me parece algo intangível, quase inexistente

Os amados se foram na certeza de que permanecerão em ausência

Sem casa

Sem remissão

Sem o Senhor

De que vale ainda estar vivo pra ser espírito

murmurador, está pedra sendo minha única testemunha , pois não sei se me ouves

Maldito dia daquele jantar, ruína da minha existência e pecado a mim imputado

O silêncio demonstra teu cuidado

E se escondendo me responde

Muitas histórias de teus livramentos

Mas hoje estou longe

De Ti e dos meus

Me ajude a lembrar em quem tenho crido, seu poder e cuidado até que o fim chegue, findando então a minha angústia