Share Pode encostar
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By Izaias Gonçalves Avelino Júnior
The podcast currently has 7 episodes available.
[...] Após tantos desafios, um inimigo colossal, o príncipe chega na torre mais alta do castelo e, finalmente, encontra a sua amada princesa, aquela com quem viverá mares de alegrias, que farão os seus problemas deixarem de existir e serão felizes para sempre.
São tantas lições... Mas a gente ainda busca essa tal de "alma gêmea", esse tal de "amor verdadeiro". Por que a gente idealiza tanto isso? E quais outras formas de amar são possíveis?
Falar de si não é fácil. Quando a gente fala sobre o que está sentindo, a gente se vulnerabiliza. E, por instinto, é sempre bom estar em alerta, em modo defesa. O que farão com os nossos sentimentos? O que farão com tudo aquilo que falamos?
Diante deste mês que nos convida a falar sobre o que estamos sentindo a fim de evitar que as nossas emoções transbordem numa crise, o episódio de hoje busca tentar abrir esse espaço para esse tema, que ainda é tido como tabu em muitos lugares e por muitas pessoas.
Mas, atenção: é um tema que pode provocar gatilhos emocionais e, por isso, é importante ter cautela; caso deseje, convide um amigo ou um familiar para escutar com você e, juntos, batermos um papo.
É isso... Espero que seja mais um lugar de retomada de fôlego, de esticar as pernas. Pode encostar!
É muito comum, ao vivenciar uma situação difícil, desejar que o tempo passe depressa.
A gente costuma implorar ou tentar apressar o tempo só pra tentar deixar de sentir uma dor ou parar de sofrer por essa situação.
O tempo é mais importante do que a gente pensa para a construção do nosso eu. Tal como uma lagarta que, envolta em seu casulo, precisa do tempo para metamorfosear-se em uma bela borboleta (é graças ao tempo dentro da crisálida que o seu organismo pode se transformar devidamente para prosseguir com a sua nova vida). Tal como uma ostra que, ao ser invadida por um grão de areia, um pequeno ser vivo, um pedaço de coral, precisa do tempo para defender-se desse corpo estranho (é graças ao longo período de meses a anos que ela pode produzir células que envolverão esse corpo estranho e o transformarão numa pérola, tudo para tornar a sua vida menos incômoda).
Sabe quando tá muito barulho e a gente não consegue ouvir os próprios pensamentos? Quando a gente fica tentando pensar demais, mas, todo esse caos à nossa volta impede qualquer tentativa de sucesso?
Às vezes, o que vai dar pra fazer é parar e ouvir o próprio caos... É, mesmo o caos tem algo a dizer. Mesmo o barulho ensurdecedor do caos pode trazer alguma nova percepção. Quando eu comecei a escutar o caos e o vazio que há em mim, eu comecei a conseguir escutar e formar compreensões sobre o silêncio do outro.
Quando você para e pensa sobre amor, o que vem à sua mente? Amor por outra pessoa? Amor a si próprio?
Nós crescemos numa sociedade que, de formas diversas, constrói em nosso imaginário a ideia de que o amor ao outro é primordial, de que só é possível ser feliz ao amar outra pessoa. Mas, se paramos pra refletir depois de alguns tropeços e tombos da vida, começamos a ver que amor próprio não é uma coisa tão fácil de cultivar.
Amor próprio não é apenas sobre banhos de espuma, sobre compras e mimos, sobre viagens. Amor próprio envolve dizer não para pessoas e situações desconfortáveis ou inapropriadas à nossa concepção. Amor próprio envolve, também, olhar para as próprias vontades, envolve dar a mão para si e caminhar sozinho, acreditando ser a melhor companhia. Amor próprio não vem fácil, dói.
Sabe quando a gente tá numa situação tida como muita chata? Daquelas que a gente só quer que acabe logo para poder se ver livre disso tudo?
Às vezes, a gente acaba ficando tão preso na perspectiva de que está tudo ruim de mais, que acabamos esquecendo de admirar qualquer outra coisa que coexista a isso. É como se nada mais importasse, como se nada mais tivesse valor além dessa situação ruim.
Mas, se você estiver muito cansado, convido você a desacelerar. Pode encostar! Tô aqui pra gente papear um pouco, esticar as pernas. Aí, você retoma o fôlego e segue a viagem.
Há algum tempo venho buscando uma forma de dar continuidade a um trabalho que faço há algum tempo: criar espaços de fala e escuta, lugares onde a expressão do sentimentos pode acontecer sem o medo de julgamentos. Neste primeiro episódio do podcast, eu conto um pouco sobre o porquê de usar essa ferramenta para dar continuidade e como vão acontecer os próximos encontros.
Tá cansado? Pode encostar! Tô aqui pra gente papear um pouco, esticar as pernas e retomar o fôlego.
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