As marcas de moda estão, cada vez mais, expandindo seus negócios para diferentes segmentos. Além de roupas e acessórios, muitas grifes entenderam que seu consumidor deseja estar ainda mais próximo do lifestyle – e levar a estética que tanto se identifica para novos cenários. É aí que entra o design, que permite possibilidades para levar características de estilo do que é apresentado na passarela ou que já faz parte do universo da etiqueta para o mobiliário ou décor do seu cliente. Para o episódio 62 do Self-Portrait, Renata Brosina recebe Waldick Jatobá, fundador e diretor da MADE, feira de design colecionável que acontece em São Paulo e teve sua décima edição em 2022. Neste bate-papo, Waldick compartilha sobre o que viu em Milão ao longo da semana da Salone del Mobile e traz pontos interessantes para entender como cada marca de moda ou joalheria leva seus códigos para o design.

A parceria entre marcas de diferentes segmentos não é novidade na moda. Se no passado, as redes de fast fashion encontravam nas grifes de luxo formas de atrair os olhos de quem buscava peças mais acessíveis de nomes renomados, hoje, não é exatamente o valor da etiqueta que interfere na decisão da compra – ou não. Durante a recente apresentação de Resort 2023 da Balenciaga, o Demna Gvasalia apresentou looks criados em parceria com a Adidas Originals. As composições trazem com força o DNA inconfundível da marca esportiva alemã, com interpretações do diretor criativo georgiano que, desde tempos de Vetements, mostra flertar fortemente com o streetwear genuíno. Meses antes, já na passarela de Inverno 2022, Alessandro Michele trouxe a Adidas Originals, também, para sua coleção, mas seguindo os padrões maximalistas e com perfume vintage que o diretor criativo da Gucci gosta – e segue desde a sua entrada na label italiana. Para o episódio 60 do Self-Portrait, Renata Brosina e Sylvain Justum discutem sobre o que há de interessante nessas alianças de dois nomes poderosos do conglomerado de luxo Kering e a Adidas Originals. 

Nas últimas semanas, grifes de luxo iniciaram as apresentações das suas coleções de Resort 2023 em destinos encantadores. Louis Vuitton escolheu o Salk Institute, em San Diego, para desfilar – acompanhado de um espetacular pôr do sol. Enquanto isso, dias depois, a Gucci elegeu a Puglia para realizar seu novo show dentro do Castel Del Monte. Mesmo com passarelas propostas em continentes diferentes, o que as duas marcas têm em comum nas suas criações? No episódio 59 do Self-Portrait, Renata Brosina e Sylvain Justum discutem o movimento que algumas etiquetas estão seguindo – e que acaba fugindo da ideia original das coleções de Resort ou, também chamadas, Cruise.

Demna Gvasalia é um grande criador. Sem dúvidas, o diretor criativo georgiano tem um olhar muito apurado para a moda – assim, como para a polêmica. Desde a sua entrada na Balenciaga, a marca tem apresentado uma série de produtos que geram buzz, seja ele um Crocs de salto alto ou uma das suas peças de Prêt-à-Porter com partes rasgadas. Recentemente, o tênis da coleção Paris Sneaker, que tem aparência destruída e usada até o seu último dia, gerou barulho mundo afora. No episódio 58 do Self-Portrait, Renata Brosina e Sylvain Justum discutem sobre o lançamento do tênis e respondem à pergunta: "O que de fato há por trás dessa peça criada por Demna?".

Com a saída de algumas marcas do line-up oficial de fashion week, temporadas diferentes acabam se encontrando em apenas uma semana. Esse foi o caso da Celine que, sem previsão para voltar ao calendário parisiense, apresentou seu Inverno 2022 com um vídeo coordenado por Hedi Slimane em duas locações na capital francesa. Na mesma semana, a Chanel, de Virginie Viard, ocupou as areias monegascas para desfilar o seu Cruise 2023 com uma série de inspirações locais que dão uma injeção de frescor e sensualidade na medida certa. Já na semana anterior, a Emilio Pucci reuniu convidados para uma experiência inusitada em Capri, com direito à presentation da coleção da diretora criativa Camille Miceli, mezzo francesa mezzo italiana, que trouxe um espírito jovem às peças da marca fundada em 1947 conhecida pela vibração maximalista das suas estampas. No episódio 57 do Self-Portrait, Renata Brosina e Sylvain Justum fazem um resumo e analisam os pontos de cada uma das coleções – e dos seus respectivos destinos também.

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Trilha, mixagem e masterização: Edu Cesar

Além das temporadas fixas de moda, quando as marcas se reúnem em Nova York, Londres, Milão ou Paris para apresentar suas coleções de Inverno ou Verão, há desfiles extras, em cenários deslumbrantes, para celebrar criações de Resort (também chamada de Cruise) ou Pre-Fall. Seja Louis Vuitton no Rio de Janeiro ou Dior em Marrocos, os fashionistas ficam em êxtase na hora de arrumar as malas para embarcar para experiências únicas e dedicadas exclusivamente para aquela grife – com um planejamento minucioso de cada detalhe. Durante a pandemia foi questionada a necessidade de deslocar milhares de pessoas para outros continentes e desenvolver estruturas que não são sustentáveis, incluindo as próprias coleções que ganham os holofotes apenas três meses após o calendário oficial de moda. Para o episódio 56 do Self-Portrait, Renata Brosina e Sylvain Justum discutem sobre os prós e contras dos desfiles com destino, apontam possíveis alternativas para torná-los menos agressivos ao meio ambiente e ainda questionam: qual é a real necessidade de uma pré-coleção para as araras das marcas de luxo?

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A corrida pelas formas de abraçar a sustentabilidade tem sido forte, principalmente, no mercado de luxo. O conceito de consumo slow, atemporal e de qualidade tem favorecido um consumo ainda mais consciente. Do lado oposto, há redes de fast fashion que também estão em busca de caminhos para gerarem um pouco de menos impacto – apesar do sistema em si já estimular um consumo acelerado e ainda maior. Além delas, há um modelo que vem trazendo preocupações para a indústria, seja no quesito social quanto em relação ao meio ambiente. A Shein, que recém desembarcou no Brasil, representa o modelo ultra-fast fashion, com mais de 1000 peças chegando às araras diariamente e com diversas denúncias de trabalho abusivo, poluição e uma série de outros pontos negativos – e zero transparência. Para o episódio 6 do The Green Look, Renata Brosina e Sylvain Justum comentam a relação da ultra-fast fashion que acaba de anunciar uma parceria com a cantora brasileira Anitta, trazendo ainda mais força para a rede chinesa ao país – e, aparentemente, quase nenhum questionamento.

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Há algumas temporadas, sendo elas de Alta Costura ou prêt-à-porter, o público tem questionado sobre "grandes novidades" nas coleções apresentadas nas passarelas. O que vemos, tanto em marcas que desfilam em solo italiano quanto em francês, é que há uma continuidade consistente (e também muito coerente) na linha estética de diversos diretores criativos. Não só por serem minimalistas ou maximalistas, por exemplo, mas hoje, mais do que antigamente, eles vêm bebendo da fonte, do heritage, de cada grife. Para o episódio 55 do Self-Portrait, Renata Brosina e Sylvain Justum discutem sobre o que vem acontecendo com as marcas de luxo que, diferente da expectativa do grande público que espera um comportamento frenético de fast fashion, vem seguindo um ritmo ainda mais slow, mantendo um olhar de moda fiel ao que o seu consumidor espera – e não apenas por um caminho de holofotes.

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Há alguns anos, vestir estampas de temporadas passadas, por exemplo, era um ato conhecido como “Oh, so last season”. Em outras palavras, nada de acordo com a atualização do dress code da estação. Tudo indica que o jogo virou. Com o resgate dos arquivos das marcas de luxo e com o aumento do consumo do mercado vintage, o momento permite (e considerado “cool”) resgatar itens de coleções antigas – e até usar bolsas que hoje são reeditadas, praticamente, 10 anos após sua onda. Nesse meio de transformação, onde se encaixa a sustentabilidade? Para o episódio 5 do The Green Look, Renata Brosina e Sylvain Justum discutem sobre como a moda sai ganhando com tantos olhares para o passado e com o aquecimento de itens esquecidos no guarda-roupa (e que sempre parece ter alguém em busca).

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